A Petrobras reduziu para US$ 112 milhões o preço das duas refinarias de sua propriedade em território boliviano, um desconto de 30% em relação ao valor inicial proposto pela estatal brasileira, que girava em torno de US$ 160 milhões. O presidente da Petrobras Bolívia, José
Fernando de Freitas, no entanto, não quis revelar detalhes da "oferta final" da estatal brasileira, apresentada na reunião realizada na manhã desta quarta-feira, em La Paz, com representantes do governo e da estatal petrolífera boliviana YPFB.
Diante de informações que os dois países haviam fechado um acordo em US$ 110 milhões, o Palárcio do Planalto e o ministro Silas Rondeau, das Minas e Energia , negaram que houvesse chegado a um solução final para o impasse. O país ainda aguarda a decisão da Bolívia.
A reunião entre a Petrobras e o governo boliviano terminou sem acordo. Foi o primeiro encontro entre representantes da empresa e autoridades do governo do presidente Evo Morales, após seu decreto sobre as duas refinarias da Petrobras, no território boliviano.
- Foi um encontro cordial, muito tranqüilo, onde detalhamos a proposta da Petrobras às autoridades bolivianas - disse o brasileiro José Fernando de Freitas, presidente da Petrobras Bolívia. - Agora vamos esperar a resposta do governo boliviano para continuar as negociações, acrescentou.
O prazo dado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, lembrou Freitas, vence nesta
quinta-feira. O governo boliviano deverá responder se aceita o preço pedido pela Petrobras pela
venda total das duas refinarias que comprou nos anos noventa.
No final da tarde desta quarta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia
confirmou que o prazo de 48 horas dado pela Petrobras a estatal boliviana YPFB para se pronunciar sobre a proposta de venda das refinarias termina na quinta-feira, já que ela foi notificada na última terça-feira. A assessoria informou ainda que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, não vai se pronunciar até que sejam concluídas as negociações entre as duas empresas.
Expropriação
Com apoio do presidente Lula, Gabrielli, o ministro brasileiro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e o Itamaraty reagiram ao decreto de Morales, dizendo tratar-se de uma "expropriação" do fluxo de caixa das refinarias.
A previsão é de que o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, entregue a proposta da Petrobras ao presidente Morales no prazo.
A empresa brasileira, dona das duas das seis principais refinarias da Bolívia, teria reduzido sua oferta pelas duas unidades de refino, nas últimas horas.
Assessores do ministro Villegas afirmaram, logo após a reunião, que a "nova proposta" da Petrobras era esperada, assim como a Bolívia também deverá melhorar seu preço por esta compra (agora de 100% das duas refinarias) nas próximas horas.
Não se descarta que Morales aumente "levemente" a proposta de US$ 60 milhões, com o
argumento, para o público boliviano, de que as duas unidades são simbólicas na trajetória da
nacionalização dos hidrocarbonetos no país.
As duas refinarias – Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz –
levam nomes de defensores históricos deste processo.
Assessores de Morales recordaram, nesta quarta-feira, que ele é a favor do “diálogo” com o Brasil, como ele mesmo disse na véspera, mas que as refinarias são "muito importantes, em termos estratégicos" para fazer valer o decreto de nacionalização do petróleo e gás, assinado em maio do ano passado.
- Todos nós queremos preço justo pelas refinarias - disse um assessor de Morales, repetindo a
palavra "justo" usada pelo presidente Lula ao se referir a esta venda.
As refinarias, relativamente pequenas, possuem capacidade de processar 40 mil barris diários de petróleo, de acordo com a Petrobras, e foram compradas pela estatal no fim de 1999, por US$ 102 milhões.
Este foi o ápice de uma onda de privatizações que, na década passada, abriu as portas da indústria petrolífera boliviana a uma dezena de transnacionais. A recuperação das refinarias por meio de recompra foi estabelecida como um dos objetivos da nacionalização do setor, decretada em 1 de maio de 2006.
As refinarias são o menor negócio da Petrobras na Bolívia, onde a gigante brasileira realiza principalmente operações de produção e transporte para garantir o bombeamento diário de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural ao mercado brasileiro.
Fernando de Freitas, no entanto, não quis revelar detalhes da "oferta final" da estatal brasileira, apresentada na reunião realizada na manhã desta quarta-feira, em La Paz, com representantes do governo e da estatal petrolífera boliviana YPFB.
Diante de informações que os dois países haviam fechado um acordo em US$ 110 milhões, o Palárcio do Planalto e o ministro Silas Rondeau, das Minas e Energia , negaram que houvesse chegado a um solução final para o impasse. O país ainda aguarda a decisão da Bolívia.
A reunião entre a Petrobras e o governo boliviano terminou sem acordo. Foi o primeiro encontro entre representantes da empresa e autoridades do governo do presidente Evo Morales, após seu decreto sobre as duas refinarias da Petrobras, no território boliviano.
- Foi um encontro cordial, muito tranqüilo, onde detalhamos a proposta da Petrobras às autoridades bolivianas - disse o brasileiro José Fernando de Freitas, presidente da Petrobras Bolívia. - Agora vamos esperar a resposta do governo boliviano para continuar as negociações, acrescentou.
O prazo dado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, lembrou Freitas, vence nesta
quinta-feira. O governo boliviano deverá responder se aceita o preço pedido pela Petrobras pela
venda total das duas refinarias que comprou nos anos noventa.
No final da tarde desta quarta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia
confirmou que o prazo de 48 horas dado pela Petrobras a estatal boliviana YPFB para se pronunciar sobre a proposta de venda das refinarias termina na quinta-feira, já que ela foi notificada na última terça-feira. A assessoria informou ainda que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, não vai se pronunciar até que sejam concluídas as negociações entre as duas empresas.
Expropriação
Com apoio do presidente Lula, Gabrielli, o ministro brasileiro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e o Itamaraty reagiram ao decreto de Morales, dizendo tratar-se de uma "expropriação" do fluxo de caixa das refinarias.
A previsão é de que o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, entregue a proposta da Petrobras ao presidente Morales no prazo.
A empresa brasileira, dona das duas das seis principais refinarias da Bolívia, teria reduzido sua oferta pelas duas unidades de refino, nas últimas horas.
Assessores do ministro Villegas afirmaram, logo após a reunião, que a "nova proposta" da Petrobras era esperada, assim como a Bolívia também deverá melhorar seu preço por esta compra (agora de 100% das duas refinarias) nas próximas horas.
Não se descarta que Morales aumente "levemente" a proposta de US$ 60 milhões, com o
argumento, para o público boliviano, de que as duas unidades são simbólicas na trajetória da
nacionalização dos hidrocarbonetos no país.
As duas refinarias – Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz –
levam nomes de defensores históricos deste processo.
Assessores de Morales recordaram, nesta quarta-feira, que ele é a favor do “diálogo” com o Brasil, como ele mesmo disse na véspera, mas que as refinarias são "muito importantes, em termos estratégicos" para fazer valer o decreto de nacionalização do petróleo e gás, assinado em maio do ano passado.
- Todos nós queremos preço justo pelas refinarias - disse um assessor de Morales, repetindo a
palavra "justo" usada pelo presidente Lula ao se referir a esta venda.
As refinarias, relativamente pequenas, possuem capacidade de processar 40 mil barris diários de petróleo, de acordo com a Petrobras, e foram compradas pela estatal no fim de 1999, por US$ 102 milhões.
Este foi o ápice de uma onda de privatizações que, na década passada, abriu as portas da indústria petrolífera boliviana a uma dezena de transnacionais. A recuperação das refinarias por meio de recompra foi estabelecida como um dos objetivos da nacionalização do setor, decretada em 1 de maio de 2006.
As refinarias são o menor negócio da Petrobras na Bolívia, onde a gigante brasileira realiza principalmente operações de produção e transporte para garantir o bombeamento diário de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural ao mercado brasileiro.
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