O governo moçambicano deverá lançar até ao próximo ano um novo concurso para a atribuição de licenças para exploração de petróleo e gás natural na bacia do rio Rovuma, admitiu o director do Instituto Nacional de Petróleo, Arsénio Mabote. "O mais tardar em 2008 vamos lançar um novo concurso para a atribuição de mais licenças" para exploração de petróleo e gás natural na bacia do rio Rovuma, no extremo norte do país, disse Arsénio Mabote. Actualmente, o Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique (PCA) aguarda resultados de estudos de impacto ambiental que encomendou, avançou aquele responsável. Segundo Mabote, as novas licenças permitirão fazer a exploração daqueles recursos naturais tanto em terra como no mar. Uma equipa de pesquisadores, envolvendo empresas do Canadá, Estados Unidos da América, Malásia e Itália, está a desenvolver pesquisa para exploração de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma, mas ainda não produziu quaisquer descobertas petrolíferas. No entanto, as referidas explorações apontam para a presença de quantidades significativas de gás natural na bacia do Rovuma. Em meados de Abril, o Governo moçambicano assinou o contrato de concessão para a pesquisa e produção de petróleo na área "on shore" do Bloco do Rovuma, entregue às empresas Artumas Moçambique Petróleo e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos. De resto, as autoridades moçambicanas têm dado conta da existência de fortes indícios de presença de petróleo na bacia do Rovuma (rio que separa Moçambique da Tanzânia, no norte do país) e no delta do Zambeze (centro). "Do ponto de vista geológico, há potencial para ocorrência de petróleo", disse o presidente do PCA, indicando que a existência no país de hidrocarbonetos associados ao petróleo, como o gás e o carvão mineral, criam a expectativa de que é também possível encontrar crude nas águas moçambicanas. A possibilidade de existência em Moçambique de reservas petrolíferas passíveis de exploração comercial tem, de resto, atraído ao país algumas das principais empresas do ramo. Companhias como a Norsk Hydro (Noruega), Anadarko Petroleum Corporation (Estados Unidos), ENI (Itália) e Petronas (Malásia) têm estado activas na prospecção de petróleo no país. A Galp Energia, através ENI (accionista de referência da empresa, com 33,34 por cento do capital), poderá também entrar na exploração de blocos ganhos pela empresa italiana em Moçambique. Na corrida está também a petrolífera Petrobras, que em Outubro do ano passado firmou com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH, estatal) um acordo para a exploração de petróleo e gás natural em Moçambique, com a intenção de iniciar a exploração nos primeiros meses deste ano. A empresa brasileira já actua num bloco de exploração em Moçambique, em parceria com a Petronas (Malásia), na produção de hidrocarbonetos na foz do rio Zambeze. A companhia petrolífera malaia deverá, entretanto, começar no primeiro semestre deste ano a sua fase II de pesquisas de petróleo no Delta do Zambeze, estando prevista a realização de um furo "off shore" com um custo de 20 a 25 milhões de dólares (14,6 a 18,3 milhões de euros). A Norsk Hydro, por seu turno, manifestou recentemente o desejo de prosseguir com as actividades de pesquisa e prospecção de petróleo na bacia do rio Rovuma, embora sem confirmar a existência de crude no país. (Notícias Lusófonas)
quinta-feira, 31 de maio de 2007
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