quinta-feira, 24 de maio de 2007

Gasoduto na Amazônia na reta final

A Petrobras inicia esta semana a operação de lançamento e travessia de dutos que irão compor a parte final do gasoduto Urucu-Manaus. O trecho ligará a capital do Amazonas ao município de Iranduba, onde terminam os cerca de 670 quilômetros de dutos que partem de Urucu. Os equipamentos passarão pelo Rio Negro, por meio de uma balsa especial, que fará com que a navegação pelo rio seja alterada nos próximos dias. A previsão é de que esta etapa da implementação do gasoduto seja finalizada em junho.Os dutos que serão transportados esta semana farão parte de dois trechos do gasoduto. O primeiro, de cerca de dez quilômetros, vai ligar a Ilha de Marapatá, no distrito de Cacau Pirêra, à Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus. A outra parte consistirá de seis quilômetros, entre a Olaria Rio Negro e a Usina Termelétrica de Aparecida. Para o transporte dos dutos, será utilizada a Balsa Guindaste Lançamento 1 (BGL-1), embarcação especial com capacidade para transportar até mil toneladas, em 122 metros de comprimento e 30 metros de largura.A balsa se movimenta como uma aranha, e serão necessários pontos de ancoragem e cabos de aço para arrastar a tubulação, que será montada no convés da embarcação e lançada no leito do Rio Negro. Equipes da Capitania dos Portos e da Petrobras serão responsáveis pela sinalização especial do percurso, para manter a segurança da navegabilidade de outras embarcações.Atualmente, apenas um duto leva gás liquefeito de petróleo (GLP) da base de produção, em Urucu, até Coari. Está sendo construído um duto paralelo a ele, com 285 quilômetros de extensão, para escoar esse GLP, enquanto o antigo duto fará o transporte de gás natural.O gasoduto Urucu-Manaus terá aproximadamente 670 quilômetros de extensão, e permitirá com que o gás extraído da província petrolífera de Urucu, situada no município de Coari, seja levado até Manaus. A chegada do gás até a capital amazonense permitirá às termelétricas situadas na região substituir o diesel e o óleo combustível atualmente utilizados pelo gás natural.O reflexo disso será percebido nas contas de luz de outras regiões do País, já que a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), taxa cobrada para subsidiar a geração elétrica do Norte do Brasil, será reduzida com a utilização de gás natural nas termelétricas. A economia anual estimada é de R$ 1,2 bilhão.A previsão é de que o Urucu-Manaus esteja concluído em abril do ano que vem. O custo total da obra deverá chegar a R$ 2,4 bilhões. Na primeira fase de operação, serão transportados 4,7 milhões de metros cúbicos/dia. O gasoduto é composto por três trechos. O primeiro consiste no GLPduto Urucu-Coari. Outro trecho, denominado B-1, liga por gasoduto Coari a Iranduba, enquanto o trecho final vai de Iranduba até Manaus. (Jornal do Comércio)

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