Estado de Cabo Verde e as empresas Shell Cabo Verde e Enacol vão criar uma entidade para gerir os produtos petrolíferos, que deverá começar a funcionar em Janeiro do próximo ano. Após reunião entre representantes das petrolíferas e o governo ficou definido que a Shell e a Enacol ficarão com 45 por cento das acções cada e o Estado de Cabo Verde terá 10 por cento. Apesar das negociações estarem ainda em curso, o director-geral da Indústria, Abraão Lopes, explicou que estão prontos os principais contornos do memorando assinando entre as partes. "Vai ser uma empresa participada pelo Estado, Shell e Enacol e será responsável pela logística primária, o que quer dizer que será responsável pela importação, armazenagem e distribuição inter-ilhas dos combustíveis", disse. Essa empresa terá a missão de implementar e incutir uma grande eficácia no sector dos combustíveis, reduzir os custos e garantir a segurança de abastecimento e território nacional", acrescentou Lopes. Tratando-se de um investimento essencialmente privado, o Estado não fará parte da gestão da empresa. Abraão Lopes explicou que a empresa estará dentro do sector petrolífero mas directamente sob a tutela do governo, sendo que entre as partes foi assinado um acordo para que a nova entidade seja gerida por um director-geral recrutado por concurso. As expectativas para a criação da empresa são, segundo o director geral das indústrias, elevadas. "Esperamos uma maior eficiência do sector, redução dos custos, a segurança do abastecimento e um figurino bastante completo e mais eficaz de todo o abastecimento de combustíveis", explicou. O director da Shell Cabo Verde afirmou que esta empresa vai permitir poupanças para as empresas e possivelmente para os consumidores. "Sentimos que com esta empresa poderá haver poupanças, porque já não teremos algumas operações que anteriormente faziam a Shell e a Enacol e poupa-se todos os custos associados. Mas as contas serão feitas a partir do momento que se definir o âmbito dessa empresa", explicou. Um dos maiores problemas estruturais de Cabo Verde é a falta de energia, visível nos sucessivos cortes de electricidade nas ilhas. Ainda recentemente o primeiro-ministro, José Maria Neves, afirmou que a gestão da energia no país era um dos passos necessários para resolver a questão. (Notícias Lusófonas)
quinta-feira, 31 de maio de 2007
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