quinta-feira, 31 de maio de 2007
Nigéria pode ser alternativa ao gás boliviano para Brasil
Parceria público-privado na gestão de energia de Cabo Verde
A meta de Angola é de 1,85 milhões de barris de petróleo por dia em 2007
Nova licitação de áreas em Moçambique
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Produção de petróleo em Angola atinge 1,8 milhão de barris por dia ao final de 2007
The source told Angop that the country's oil production has risen from 173,000 barrels a day before independence, to one million barrels in 2004.
With the increase in production, Angolan Government is seeking to immediately build a refinery with a daily capacity of 200,000 barrels a day in central Benguela province, aiming at supplying the local and international markets with refined oil derivatives, the source added.
With effect, several actions are underway at Low Congo Basin, as a result of various discoveries over the last ten years.
In the Block 17, stress goes to Rosa field, whose production will start in the second semester of this year.
Also in the Block 17, the Fields Cravo/Lírio will be developed as independent, separate from Girassol infrastructures, with a view to enabling a later connection with Orquídea/Viola fields, an option that is still being under a study.
The development of the fields Plutão, Saturno, Vénus and Marte (PSVM), localised in the northern section of Block 31, set the start of this activity in ultra-deep waters whose maximum production is estimated at 125 barrels a day, with the first output expected for 2009/10.
The country's oil sector is being examined under the ongoing Second Forum on Angolan Staff going on from May 29 to June 1, aimed at promoting dialogue among the various generations of national personnel serving the sector.
The meeting that was inaugurated by the prime minister's assistant minister, Aguinaldo Jaime, continues with an appraisal of the accomplishment of the recommendations from the first forum, held from July 24-26, in Soyo district, northern Zaire province. (Angola Press Agency)
Postado por Rui Valério
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Petrobras busca auto-suficiência também em gás natural
Por determinação do governo federal de priorizar investimentos que levem o Brasil à auto-suficiência, a Petrobras lançou o Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás). A estatal e seus parceiros estimam investir, de 2007 a 2011, US$ 22,1 bilhões na cadeia de gás natural no Brasil.
O investimento da Petrobras será de US$ 17,6 bilhões, sendo US$ 11 bilhões no segmento de exploração e produção, voltado para a cadeia de gás, e o restante na ampliação da malha de gasodutos do país.
Em entrevista concedida no Gas Summit Latin America 2007, o congresso latino-americano de gás realizado na última semana, em São Paulo, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, enfatizou que a empresa tenta descobrir campos de gás não-associado (não ligado diretamente aos campos de produção de petróleo).
Atualmente, 75% da produção nacional é de gás associado. Por ser explorado e produzido no mesmo campo que o petróleo, precisa passar por um processo de separação. A Petrobras espera ter 11 novos campos de gás não-associado em operação nos próximos anos.
Conta petróleo no Brasil ainda em déficit
Segundo a ANP, o País contabilizou importações no valor de US$ 4 089 bilhões no setor, ante exportações de US$ 3,182 bilhões no trimestre. No mês de março, isoladamente, as importações totalizaram US$ 1,553 bilhão ante exportações de US$ 1,224 bilhão, com déficit de US$ 329 milhões no mês. No total estão incluídos dados referentes ao óleo bruto, derivados e gás natural e já incorpora as mudanças nos dados estatísticos da ANP referentes às exportações. Desde novembro, a agência reguladora passou a considerar os derivados vendidos para aviões e navios que embarcam para o exterior como “exportação”, ao contrário do que vinha ocorrendo até então, reduzindo o déficit. A série divulgada pela ANP foi refeita, considerando os novos critérios.
A piora nos resultados resulta do aumento na compra do gás natural da Bolívia e ao fato de o petróleo brasileiro valer menos do que o óleo que o País importa. (Jornal O Paraná)
Peniche - capital do petróleo português?
Será que é desta vez? Será que após vários anos de expectativas quanto à prospecção no interior de Portugal e na costa atlântica portuguesa, finalmente vamos descobrir o nosso potencial petrolífero? Será que Portugal tem mesmo petróleo que lhe permita anular parte da sua dependência energética externa? Estas e outras questões justificam-se à luz do acordo que recentemente o Estado português através do Governo assinou com um consórcio formado por Galp, Partex e Petrobrás. É que esse consórcio vai investir cerca de 20 milhões de euros nos próximos três anos para a aquisição e o processamento sísmico criando assim as condições necessárias para custear os trabalhos de prospecção de petróleo na bacia lusitana. O investimento total previsto é de cerca de 227 milhões de euros. A ser utilizados em cerca de 12 mil metros quadrados divididos por quatro blocos que compõem a área a explorar ao largo de Peniche. Isso mesmo. Em Peniche Que já é actualmente o maior porto de pesca do país e que poderá ver reforçada a sua importância económica e geoestratégica não só em Leiria e no Oeste, mas também em Portugal e na Europa. O consórcio prevê a exploração durante oito anos da bacia lusitana e já no quarto ano prevê iniciar a prospecção em águas profundas e, posteriormente, deverão realizar- -se duas prospecções em cada um dos quatro blocos de exploração a fim de se solidificar a prospecção efectiva. Para os principais intervenientes não restam dúvidas de que se formou petróleo em Portugal. A grande dúvida é se a geologia permitiu(te) ou não, condições técnicas para manter esse petróleo. Até porque o petróleo é identificado com as estruturas rochosas que mantêm a parte superior da crosta terrestre e normalmente existe em maior volume nas bacias sedimentares. Com a assinatura deste protocolo a expectativa é grande. Sobretudo em Peniche e em Leiria e no Oeste.
A grande questão é esta - o que vai ganhar Peniche com tudo isto? E a Região Oeste e o distrito de Leiria? Até porque o Estado assegurou que o seu "lucro" derivará do contractualizado, que é muito (prémios de assinatura, transferências tecnológicas e redes de superfície). No período de tempo (oito anos) previsto prevê-se quatro milhões de euros de rendimento e, no caso de se confirmar a produção, o Estado receberá sete por cento do valor do barril de petróleo, mais 25 % do IRC. Daí que se justifique a pergunta - Peniche potencial capital do petróleo português ganha o quê com tudo isto? Ou melhor, Peniche e a sua região envolvente deverão fazer com que o Estado encontre o modelo adequado para alocar as infra-estruturas e as verbas adequadas ao seu desenvolvimento a vários níveis. É que o resto vem a seguir.(Jornal de Notícia)
domingo, 27 de maio de 2007
Brasil compra gás da Argélia
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Petrobras é a 8a empresa mais respeitada do mundo
Nova descoberta no Bloco 31 de Angola
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Gasoduto na Amazônia na reta final
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Novas descobertas no Bloco 32 de Angola
domingo, 20 de maio de 2007
Consórcio de empresas petrolíferas lusófonas vai explorar em Portugal
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Petrobras acusa alto custo de extração
Aprovado plano de desenvolvimento para campo da norueguesa Hydro no Brasil
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Acordo Petrobras PDVSA avança rapidamente
Bolívia não poderá usar gás para quitar dívida com Petrobras
Produção de petróleo da Petrobras ficará 2% abaixo da meta
domingo, 13 de maio de 2007
A francesa Total conclui acordos em Angola
Total will take a 30% operating stake in Block 17/06, alongside Sonangol (30%), SSI Seventeen (27.5%), Falcon Oil (5%), ACR (5%), and Partex (2.5%). Sonangol is the concessionaire of block 17/06.
Block 17/06 consists of the relinquished areas of the Block 17, in the Lower Congo basin South Zaire River, which was one of the first blocks awarded in the deep offshore by the Angolan government.
Total, as operator, made 15 separate discoveries at the block, totalling more than 3 billion barrels of recoverable oil. Block 17/06 lies in water depths ranging from 600 to 1900 metres and covers about 3100 square kilometres.
The French player added that it believes the block is still highly prospective and has very large oil potential.
Total has also taken a 15% slice of Block 15/06 which consists of the relinquished areas of the block 15, also in the Lower Congo basin South Zaire River.
Block 15/06 lies in water depths between 400 and 1500 metres and covers about 4200 square kilometres.
Total's partners in the block are Eni (operator, 35%), Sonangol (15%), SSI Fifteen (20%), Falcon Oil (5%), Statoil (5%) and Petrobras (5%). Sonangol is the concessionaire.
The blocks, in Angola's ultra-deep play, were awarded as part of the 2005/2006 licensing organised by Sonangol.
Meanwhile, Total has finalised the cession to Sonangol of its 27.5% share in Block 2/85 and its 55.6% in the Fina Petroleos de Angola (FPA) company.
FPA's assets consist of the Luanda refinery and two onshore licences located near Soyo in the Lower Congo basin. FPA holds 49% of the FS Block and 32.67% on the FST Block.
Total’s current equity production from Block 2/85 and blocks FS and FST is 6500 barrels of oil per day in 2006. (Upstream)
sábado, 12 de maio de 2007
A brasileira Braskem vai investir na petroquímica da Bolívia
Petrobras vende refinarias à Bolívia por USD 112 milhões
"ativos de trabalho líquido", no jargão contábil. Segundo cálculos informais da Petrobras, esses estoques somam cerca de US$ 40 milhões, o que reduz em mais de um terço o desembolso efetivo dos cofres bolivianos.
"Era o que a Petrobras queria desde o início", garantiu Rondeau. "As refinarias foram vendidas pelo valor de mercado, que é o fluxo de caixa descontado trazido ao valor presente; a capacidade da usina de gerar riqueza". Rondeau não foi claro, porém, ao explicar se o valor de mercado usado como referência para a venda já computou a forte depreciação nas receitas das instalações de refino provocadas pelo decreto do presidente boliviano, Evo Morales, que, na semana passada, confiscou os lucros com a venda de dois derivados importantes do petróleo refinado.
O decreto provocou a mais grave crise entre os dois governos, a ponto de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito a auxiliares que está farto com o comportamento "errático" de Morales, e ter ameaçado cancelar todos os acordos firmados nos últimos meses com a Bolívia.
Segundo valores citados oficiosamente durante a negociação, a Petrobras iniciou as conversas pedindo entre US$ 160 milhões e US$ 200 milhões como valor das refinarias, embora aceitasse manter até 30% das ações, durante a transição, por um período mais longo. O endurecimento do governo boliviano, que, de início, chegou a mencionar US$ 40 milhões como valor para as instalações de refino, fez desapropriada. Já no ano passado, executivos da empresa diziam que prefeririam retirar-se do negócio a permanecer como sócios minoritários.
A Petrobras, segundo Rondeau, comprometeu-se a assessorar a estatal boliviana YPFB "pelo tempo que for preciso" para que a empresa local, com experiência mínima no negócio, possa assumir as operações. "Não se pode sair todo mundo, após o pagamento e entregar a chave", argumentou o ministro. "Temos boa vontade, compromisso que a transição seja feita da melhor forma possível", comentou, ao afirmar que o sucesso na operação de refino é "muito importante" para a Bolívia.
Nos últimos dias, técnicos da Petrobras se mostravam céticos em relação a esse sucesso: uma das conseqüências da transferência de controle das operações será o forte aumento de custo nas cadeias de comercialização e no seguro das instalações, hoje a cargo da empresa brasileira, com grande conceito no mercado. Ainda não há prazo, segundo Rondeau, para que se complete a transição e a Petrobras se retire das operações.
"O acordo foi mais uma prova de que o diálogo prevaleceu", disse Rondeau. Ele negou os rumores de que Lula teria pressionado a Petrobras para apressar o acordo. "Desde o início, o presidente sempre apoiou a postura comercial da Petrobras", disse. "Lula não entrou na questão do preço".
A YPFB assumirá os ativos e todas as obrigações, inclusive dívidas que houver nas refinarias, afirmou o ministro. Ele não quis comentar as declarações de executivos da Petrobras, que afirmaram não haver mais condições de investimentos novos na Bolívia. "Não sei dizer como ficarão os investimentos; estamos fechando uma etapa, a das refinarias, e já havíamos fechado a da exploração e produção de hidrocarbonetos."
Embora as refinarias sejam fundamentais para o abastecimento de derivados de petróleo na Bolívia, elas representavam apenas 0,3% dos resultados da Petrobras, o que as tornava pouco relevantes para a estatal brasileira, argumenta Rondeau. (Valôr Econômico)
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Petrobras é lider mundial em encomendas de plataformas
Brasil vai produzir 50% do biodiesel de Portugal
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Bolívia quer Petrobras como sócia minoritária
Ainda sem decisão sobre o preço a pagar pelas ações da Petrobras, o governo Morales constatou que a estatal brasileira pretende sair das refinarias e levar consigo o sistema de gestão usado para operá-las e os contratos que permitem a exportação de derivados, o que deve criar sérios problemas para o sistema de refino no país.
Ontem de manhã, em La Paz, ao receber a proposta definitiva de venda das refinarias, pelas quais a Petrobras quer um pagamento de US$ 112 milhões (bem menos que os US$ 160 milhões a US$ 200 milhões aventados inicialmente), o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, chegou a sondar o presidente da estatal no país, José Fernando de Freitas, sobre a possível permanência da empresa como sócia minoritária, para operar as usinas. Freitas
negou a possibilidade.
Em um sinal do forte conteúdo político das negociações, Villegas informou à imprensa local que "nas próximas horas" a Petrobras receberá a resposta à proposta de venda das refinarias, em manifestação do próprio ministro, ou do presidente Evo Morales. Até ontem, a Bolívia admitia pagar apenas US$ 60 milhões pelas refinarias, que foram compradas em 1999 por cerca de US$ 104 milhões, e nas quais a Petrobras diz ter investido em torno de US$ 19 milhões.
O governo boliviano foi alertado pelos brasileiros sobre as dificuldades que a estatal boliviana terá para assumir as operações de refino e exportação que expropriou da Petrobras.
Por um decreto, Morales determinou, na segunda-feira, que fosse transferida à estatal YPFB a exportação de petróleo cru reconstituído, com a qual a Petrobras compensava os prejuízos com o tabelamento dos preços na venda de derivados ao mercado interno. A Petrobras argumenta que, com a proibição de exportar, caberá agora à YPFB criar canais de comercialização para o produto, que vem sendo estocado, e, logo, ocupará toda a capacidade de armazenagem das refinarias, o que pode provocar sua paralisação. Além disso, na avaliação da estatal brasileira, como as refinarias passaram a dar prejuízo após o decreto presidencial, elas correm risco de chegar, em poucos meses, a uma situação pré-falimentar.
A Petrobras tem prontos os documentos para iniciar um pedido de arbitragem internacional contra a Bolívia, caso perca as refinarias sem o pagamento que considera adequado. Nesse caso, continuaria operando as instalações, mas sem comprometer recursos da holding para garantir seu equilíbrio financeiro, e sem exportar os produtos nobres, que foram confiscados em favor da YPFB. Villegas, após se declarar "otimista" com a negociação, informou no fim da tarde o resultado das conversas com a estatal brasileira a Evo Morales. No início da noite de ontem, técnicos bolivianos preparavam a resposta a ser anunciada hoje.
Em Brasília, o governo negou rumores de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria exigido da Petrobras que aceitasse uma contra-oferta boliviana, de pagamento de US$ 110 milhões pelas refinarias. "O presidente está ocupado com a visita do papa Bento XVI e não tratou de assuntos da Bolívia", afirmou ao Valor o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia. O próprio Lula declarou, no início da noite, ter se dedicado à visita do Papa. Bolívia é "da alçada da Petrobras", afirmou. Garcia afirmou que o governo brasileiro continuará com uma "política firme e
sóbria" em relação ao governo boliviano. "Se avançarem mais o sinal, serão eles quem perderão, não nós." "O Brasil não é refém do gás boliviano, mas a Bolívia é refém do mercado brasileiro", alertou Garcia, lembrando que, embora uma eventual interrupção no fornecimento de gás ao Brasil possa causar transtornos ao país, a Bolívia teria dificuldades ainda maiores, porque não tem alternativa de mercado para o gás - de cuja extração depende para obter também o petróleo que abastece o mercado interno. "Temos trunfos importantes, que nos dão segurança (na negociação da Petrobras)", disse Garcia. O assessor presidencial reafirmou, porém, o interesse na manutenção do governo de Morales na Bolívia. "Temos claro quais são os problemas lá, as transformações que ocorrem, as forças que governam o país", disse Garcia. "O governo de Evo é a possibilidade objetiva de estabilização na Bolívia, mais além dos comportamentos erráticos", argumentou, lembrando ter conhecido quatro presidentes do país nos
quatro anos em que assessora a Presidência da República. (Valor Econômico)
Bolívia quer Petrobras como sócia minoritária
Ainda sem decisão sobre o preço a pagar pelas ações da Petrobras, o governo Morales constatou que a estatal brasileira pretende sair das refinarias e levar consigo o sistema de gestão usado para operá-las e os contratos que permitem a exportação de derivados, o que deve criar sérios problemas para o sistema de refino no país.
Ontem de manhã, em La Paz, ao receber a proposta definitiva de venda das refinarias, pelas quais a Petrobras quer um pagamento de US$ 112 milhões (bem menos que os US$ 160 milhões a US$ 200 milhões aventados inicialmente), o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, chegou a sondar o presidente da estatal no país, José Fernando de Freitas, sobre a possível permanência da empresa como sócia minoritária, para operar as usinas. Freitas
negou a possibilidade.
Em um sinal do forte conteúdo político das negociações, Villegas informou à imprensa local que "nas próximas horas" a Petrobras receberá a resposta à proposta de venda das refinarias, em manifestação do próprio ministro, ou do presidente Evo Morales. Até ontem, a Bolívia admitia pagar apenas US$ 60 milhões pelas refinarias, que foram compradas em 1999 por cerca de US$ 104 milhões, e nas quais a Petrobras diz ter investido em torno de US$ 19 milhões.
O governo boliviano foi alertado pelos brasileiros sobre as dificuldades que a estatal boliviana terá para assumir as operações de refino e exportação que expropriou da Petrobras.
Por um decreto, Morales determinou, na segunda-feira, que fosse transferida à estatal YPFB a exportação de petróleo cru reconstituído, com a qual a Petrobras compensava os prejuízos com o tabelamento dos preços na venda de derivados ao mercado interno. A Petrobras argumenta que, com a proibição de exportar, caberá agora à YPFB criar canais de comercialização para o produto, que vem sendo estocado, e, logo, ocupará toda a capacidade de armazenagem das refinarias, o que pode provocar sua paralisação. Além disso, na avaliação da estatal brasileira, como as refinarias passaram a dar prejuízo após o decreto presidencial, elas correm risco de chegar, em poucos meses, a uma situação pré-falimentar.
A Petrobras tem prontos os documentos para iniciar um pedido de arbitragem internacional contra a Bolívia, caso perca as refinarias sem o pagamento que considera adequado. Nesse caso, continuaria operando as instalações, mas sem comprometer recursos da holding para garantir seu equilíbrio financeiro, e sem exportar os produtos nobres, que foram confiscados em favor da YPFB. Villegas, após se declarar "otimista" com a negociação, informou no fim da tarde o resultado das conversas com a estatal brasileira a Evo Morales. No início da noite de ontem, técnicos bolivianos preparavam a resposta a ser anunciada hoje.
Em Brasília, o governo negou rumores de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria exigido da Petrobras que aceitasse uma contra-oferta boliviana, de pagamento de US$ 110 milhões pelas refinarias. "O presidente está ocupado com a visita do papa Bento XVI e não tratou de assuntos da Bolívia", afirmou ao Valor o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia. O próprio Lula declarou, no início da noite, ter se dedicado à visita do Papa. Bolívia é "da alçada da Petrobras", afirmou. Garcia afirmou que o governo brasileiro continuará com uma "política firme e
sóbria" em relação ao governo boliviano. "Se avançarem mais o sinal, serão eles quem perderão, não nós." "O Brasil não é refém do gás boliviano, mas a Bolívia é refém do mercado brasileiro", alertou Garcia, lembrando que, embora uma eventual interrupção no fornecimento de gás ao Brasil possa causar transtornos ao país, a Bolívia teria dificuldades ainda maiores, porque não tem alternativa de mercado para o gás - de cuja extração depende para obter também o petróleo que abastece o mercado interno. "Temos trunfos importantes, que nos dão segurança (na negociação da Petrobras)", disse Garcia. O assessor presidencial reafirmou, porém, o interesse na manutenção do governo de Morales na Bolívia. "Temos claro quais são os problemas lá, as transformações que ocorrem, as forças que governam o país", disse Garcia. "O governo de Evo é a possibilidade objetiva de estabilização na Bolívia, mais além dos comportamentos erráticos", argumentou, lembrando ter conhecido quatro presidentes do país nos
quatro anos em que assessora a Presidência da República. (Valor Econômico)
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Postado por Melquisedec Nascimento
Matéria do Financial Times de 11 de março de 2007, intitulada, As novas Sete Irmãs, analisadas em conjunto com o artigo do Almirante James Stavridis, Comandante do Comando Militar Sul dos EUA, publicado no Jornal do Brasil, em 06 de maio de 2007, faz-nos entender o porquê de tanta oposição dos EUA ao governo do presidente Hugo Chávez da Venezuela, bem como acende uma luz de alerta para os brasileiros sobre a inevitável oposição futura do governo estadunidense aos interesses do Brasil.
Segundo o periódico londrino, nos últimos quatro anos, um grupo de empresas estatais de países que não pertencem ao mundo das grandes potências, surgiu no cenário econômico internacional, desbancando os maiores grupos de energia com ações na bolsa do mundo. As novas sete irmãs são Aramco, da Arábia Saudita;Gazprom,da Rússia;CNPC, da China;NIOC, do Irã;PDVSA, da Venezuela;Petrobrás, do Brasil e Petronas, da Malásia.Essas empresas controlam um terço da produção mundial de petróleo e gás e mais de um terço das reservas totais de petróleo e gás, enquanto que as velhas sete irmãs, controlam apenas 3% das reservas. A Aramco era tolerada pelas companhias internacionais e pelas grandes potências, porém a recente mudança na influência internacional de companhias petrolíferas nacionais menores tem sido mais difícil de aceitar.No final de 2006, a BP e a Shell perderam o segundo e o terceiro lugar entre as empresas do setor para a Gazprom e a PetroChina(88% controlada pela CNPC).
Ocorreu uma forte mudança estratégica, pois os estados nacionais passaram a ter mais poder de decisão nos investimentos dos lucros obtidos com a indústria petrolífera. Fatih Birol,economista-chefe da AIE(Agência Internacional de Energia)afirmou que "a falta de disposição dos governos em permitir que as suas companhias petrolíferas nacionais reinvistam os seus recentes grandes lucros na própria indústria petrolífera, está na raiz de muitos dos temores sobre oferta futura." Birol acrescenta ainda:" Em vez de investir em mais energia, esses governos usam o dinheiro para empreendimentos sociais, ou ele é desperdiçado", portanto eles não querem que os países emergentes invistam no social, em saúde, educação e segurança, querem investimentos em energia para garantir petróleo e gás para eles. Pronto, aqui está o alerta para o Brasil( a Venezuela já está de olho), haja vista que a China e Rússia possuem armas de destruição em massa, a Malásia está muito distante e a Arábia Saudita já está sob controle, concluímos que as bolas da vez, por ordem, são o Irã, a Venezuela e o Brasil. Os EUA e as grandes potências necessitam de energia para suas indústrias e não irão aceitar que governos de países emergentes, mediante as novas sete irmãs, ditem o controle de suas economias, razão pela qual os estadunidenses passaram a ficar de olho nos biocombustíveis brasileiros e querem ser nossos parceiros.
O alusivo artigo do Almirante James Stavridis, intitulado com o lema do Comando Militar Sul dos EUA, Parceria para as Américas, demonstra que os EUA estão interessados em parceria inclusive na segurança. Diz o Almirante:" Nossa meta é adotar uma série de programas para promover segurança, estabilidade e boa vontade na região,permitindo assim a disseminação da verdadeira prosperidade a 450 milhões de habitantes dessa parte das Américas". Ora, se os estadunidenses estivessem interessados em disseminar prosperidade na região, já deveriam ter aberto seus mercados aos produtos primários exportados pelos países da América latina, inclusive para o etanol brasileiro. Tudo não passa de retórica, devendo os brasileiros ficarem alerta para mais um canto da sereia.
O Almirante torna a utilizar os mesmos argumentos que fundamentam a intervenção estadunidense no mundo, bem como deixam patente serem os líderes do processo de globalização contra os estados nacionais, portanto contra as Forças Armadas e Empresas Estatais, pois entende-se nas entrelinhas que não há razão de termos FFAA nacionais, se vivemos em um mundo globalizado, quanto mais estatais petrolíferas, por isso estão atacando a PEMEX(Petróleos Mexicanos), quase obrigando sua privatização.Eis o argumento do porta-voz militar estadunidense para a Ibero-América: "Quando se analisam os desafios comuns enfrentados na região, percebe-se rapidamente que nenhuma ação isolada,pequena ou grande,pode superá-los.Tráfico de drogas,lavagem de dinheiro,financiamento e recrutamento de terroristas, contrabando de pessoas, desastres naturais, nada disso se detem nas fronteiras dos países.Esses desafios exigem soluções cooperativas;exigem parcerias."
A política externa brasileira precisa cumprir a constituição federal, que em seu parágrafo único, do artigo 4º, estabelece:" A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América latina, visando à formação de uma comunidade Latino-americana de nações ."
REAGE BRASIL!
Petrobras faz nova proposta à Bolívia pelas refinarias
Fernando de Freitas, no entanto, não quis revelar detalhes da "oferta final" da estatal brasileira, apresentada na reunião realizada na manhã desta quarta-feira, em La Paz, com representantes do governo e da estatal petrolífera boliviana YPFB.
Diante de informações que os dois países haviam fechado um acordo em US$ 110 milhões, o Palárcio do Planalto e o ministro Silas Rondeau, das Minas e Energia , negaram que houvesse chegado a um solução final para o impasse. O país ainda aguarda a decisão da Bolívia.
A reunião entre a Petrobras e o governo boliviano terminou sem acordo. Foi o primeiro encontro entre representantes da empresa e autoridades do governo do presidente Evo Morales, após seu decreto sobre as duas refinarias da Petrobras, no território boliviano.
- Foi um encontro cordial, muito tranqüilo, onde detalhamos a proposta da Petrobras às autoridades bolivianas - disse o brasileiro José Fernando de Freitas, presidente da Petrobras Bolívia. - Agora vamos esperar a resposta do governo boliviano para continuar as negociações, acrescentou.
O prazo dado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, lembrou Freitas, vence nesta
quinta-feira. O governo boliviano deverá responder se aceita o preço pedido pela Petrobras pela
venda total das duas refinarias que comprou nos anos noventa.
No final da tarde desta quarta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia
confirmou que o prazo de 48 horas dado pela Petrobras a estatal boliviana YPFB para se pronunciar sobre a proposta de venda das refinarias termina na quinta-feira, já que ela foi notificada na última terça-feira. A assessoria informou ainda que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, não vai se pronunciar até que sejam concluídas as negociações entre as duas empresas.
Expropriação
Com apoio do presidente Lula, Gabrielli, o ministro brasileiro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e o Itamaraty reagiram ao decreto de Morales, dizendo tratar-se de uma "expropriação" do fluxo de caixa das refinarias.
A previsão é de que o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, entregue a proposta da Petrobras ao presidente Morales no prazo.
A empresa brasileira, dona das duas das seis principais refinarias da Bolívia, teria reduzido sua oferta pelas duas unidades de refino, nas últimas horas.
Assessores do ministro Villegas afirmaram, logo após a reunião, que a "nova proposta" da Petrobras era esperada, assim como a Bolívia também deverá melhorar seu preço por esta compra (agora de 100% das duas refinarias) nas próximas horas.
Não se descarta que Morales aumente "levemente" a proposta de US$ 60 milhões, com o
argumento, para o público boliviano, de que as duas unidades são simbólicas na trajetória da
nacionalização dos hidrocarbonetos no país.
As duas refinarias – Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz –
levam nomes de defensores históricos deste processo.
Assessores de Morales recordaram, nesta quarta-feira, que ele é a favor do “diálogo” com o Brasil, como ele mesmo disse na véspera, mas que as refinarias são "muito importantes, em termos estratégicos" para fazer valer o decreto de nacionalização do petróleo e gás, assinado em maio do ano passado.
- Todos nós queremos preço justo pelas refinarias - disse um assessor de Morales, repetindo a
palavra "justo" usada pelo presidente Lula ao se referir a esta venda.
As refinarias, relativamente pequenas, possuem capacidade de processar 40 mil barris diários de petróleo, de acordo com a Petrobras, e foram compradas pela estatal no fim de 1999, por US$ 102 milhões.
Este foi o ápice de uma onda de privatizações que, na década passada, abriu as portas da indústria petrolífera boliviana a uma dezena de transnacionais. A recuperação das refinarias por meio de recompra foi estabelecida como um dos objetivos da nacionalização do setor, decretada em 1 de maio de 2006.
As refinarias são o menor negócio da Petrobras na Bolívia, onde a gigante brasileira realiza principalmente operações de produção e transporte para garantir o bombeamento diário de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural ao mercado brasileiro.
Petrobras dá ultimato à Bolívia
RIO - O governo brasileiro decidiu vender 100% das duas refinarias da Petrobras ao governo boliviano, diante do decreto anunciado, neste domingo, que proíbe a estatal brasileira de exportar sua produção de gasolina e petróleo naquele país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, o governo brasileiro ficou sabendo pela imprensa , e apenas nesta segunda-feira, a decisão de o governo bolviano nacionalizar também a exportação dos produtos (gasolina e petróleo) de todas as empresas estrangeiras que atuam na Bolívia.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou, por sua vez, que esta decisão significa uma expropiação do fluxo de caixa da Petrobras e, por causa dela, o governo brasileiro decidiu encaminhar, ainda nesta segunda-feira, uma proposta final ao governo da Bolívia para a venda das duas refinarias.
A Bolívia terá de dois a três dias para dizer se aceita ou não a oferta. Caso não haja acordo entre as partes, segundo Gabrielli, a empresa estatal brasileira vai recorrer a cortes internacionais ou à própria Justiça boliviana, já que esta decisão reduz enormemente o fluxo de caixa da Petrobras.
Sérgio Gabrielli disse ainda que a Petrobras pode cortar investimenos futuros na Bolívia diante desta decisão caso não se chegue a um acordo.
Petrobras descobre mais gás no Espírito Santo
SÃO PAULO - A Petrobras anunciou hoje ter descoberto uma reserva de gás com cerca de 130 metros de espessura em um poço no litoral do Espírito Santo. De acordo com a estatal, a descoberta é importante porque demonstra que as reservas da área têm grande espessura. Isso significa maior potencial de volume recuperável de gás na região. A nova reserva foi descoberta a uma profundidade de 3.378 metros no poço 6-ESS-168, na Bacia do Espírito Santo, ao norte do Campo de Camarupim (cerca de 37 km do litoral do estado). Esse bloco de exploração é operado pela Petrobras em parceria com a empresa americana El Paso.(Valor Online)
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Consumo de gás natural no Brasil bateu recorde em 2006
Mesmo com a ameaça de escassez e a alta no mercado brasileiro - com a decisão da Petrobras de retirar os subsídios que até meados de 2006 eram concedidos ao gás natural comercializado no Brasil – o consumo do produto no país bateu recorde no ano passado, atingindo média diária de 41,79 milhões de metros cúbicos, um aumento de 4,3% frente a 2005.
Coincidentemente, outubro foi o mês em que a estatal brasileira e outras 11 petrolíferas que atuam na Bolívia firmaram os acordos protocolados hoje com a estatal boliviana YPFB, que assumiu o controle total sobre as atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
De acordo com a Abegás, a maior expansão média de crescimento se deu entre os consumidores de gás natural veicular, o chmado GNV. No ano passado, o consumo atingiu a média diária de 6,3 milhões de metros cúbicos, volume 19,4% superior ao comercializado em 2005.
Na contramão da expansão do GNV, o consumo do gás voltado para a energia elétrica caiu 11% em 2006 frente ao ano anterior. Atingiu, assim, a média diária de 7,8 milhões de metros cúbicos frente os 8,8 milhões consumidos em 2005. Neste caso, em razão da menor necessidade de despacho das usinas termoelétricas. (Agência Brasil)
GNL Angola arranca ainda este ano
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Apesar dos EUA, Petrobras mantém projetos no Irã
A tentativa do governo americano de bloquear investimentos da Petrobras no Irã não tiveram qualquer efeito sobre os planos da estatal brasileira naquele país. A companhia vai concluir este mês a perfuração de um poço chamado "taftan1" no bloco Tusan que fica no Golfo Pérsico iraniano. Esse primeiro poço vai custar cerca de US$ 50 milhões, segundo estimativa do gerente-executivo da estatal responsável pela Américas, África e Eurásica, Samir Awad.
Outro poço será perfurado em data ainda não definida, que custará cerca de US$ 30 milhões, mais barato por ser tecnicamente mais simples e em águas rasas. A partir daí, e caso seja feita alguma descoberta, a Petrobras teria que assinar um contrato de prestação de serviços com a estatal National Iranian Oil Co. (Nioc).
Questionado sobre as possíveis repercussões na estatal sobre as preocupações americana com os investimentos da Petrobras no Irã, Awad explicou que não há nenhuma negociação em andamento com o governo iraniano, ou pelo menos, nada concreto. "Existem apenas conversas, apenas prospecção de negócios", explicou Awad, que está em Houston para a Offshore Technology Conference (OTC).
Ele confirmou que o governo americano procurou a Petrobras para "tentar entender o que estava por trás das notícias na mídia (sobre investimentos da companhia no Irã) e qual era o ponto da verdade. E a Petrobras foi absolutamente clara ao dizer que hoje não há nenhum investimento previsto", frisou Awad.
O executivo lembrou que o presidente Lula já disse que as decisões de investimento da Petrobras são uma questão de soberania nacional. "A Petrobras investe aonde ela bem entender, dentro ou fora do Brasil. E temos hoje exemplos de empresas de grande porte que mostram que não deve haver constrangimento nenhum. Não é por isso que a Petrobras seria mal vista (no exterior)", disse o executivo.
À noite, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, tentou desmentir a informação do diretor e disse que o governo americano não levou qualquer preocupação dessa natureza à companhia. Gabrielli participou de um coquetel para comemorar o prêmio obtido pelo gerente geral de Engenharia Básica da Petrobras, Marcos Assayag, o "Distinguished Achievement Award for Individuals", da OTC.
Pela regra iraniana, as empresas estrangeiras que produziram no país precisam entregar todo o óleo para a Nioc já que não podem ter a titularidade do óleo. Se fizerem descobertas, elas assinam contrato de prestação de serviços que prevê a recuperação dos custos e de prestação de serviços. Segundo Awad, o acordo firmado pela Petrobras e a Nioc estabelece apenas a obrigação da brasileira perfurar dois poços. A partir daí, se ela encontrar petróleo, passará para o estágio de negociação de contrato de prestação de serviços.
O governo americano estabelece pesadas sanções para indivíduos e empresas americanas que investem no Irã, ou que vendam produtos e serviços para o país. Agora o governo Bush tem tentado ampliar o escopo dessas restrições, com o objetivo de demover investimentos estrangeiros. Mas até agora eles não tiveram muito sucesso com empresas estrangeiras.