O presidente moçambicano, Armando Guebuza, culpou nesta terça-feira a "crise imposta de fora", provocada pelo aumento dos preços dos cereais e dos combustíveis, pelo agravamento da pobreza no país.
Guebuza mencionou o impacto "das dificuldades de fora" na luta contra a pobreza na capital moçambicana, Maputo, por onde começou um tour por Moçambique nesta terça-feira. Depois de saudar a capacidade dos habitantes locais e de seus dirigentes em "manter a cidade de Maputo de pé, apesar dos enormes sacrifícios", Armando Guebuza alertou que o país se defronta com novos desafios vindos do exterior. "O arroz custa hoje mais caro do que antes, o trigo também custa hoje mais caro do que antes, e os combustíveis também. Tudo isso são novas situações que se juntam à herança da pobreza", destacou Armando Guebuza."Não admira que, até hoje, continuemos com problemas mais sérios de miséria no seio da nossa população", disse o presidente moçambicano.
Segundo Armando Guebuza, o fato de Moçambique não ser auto-suficiente em petróleo e cereais faz com que o país pague "uma conta bem alta" pelo agravamento dos preços no mercado internacional. Para o líder, os governantes da capital moçambicana e sua população terão de ser "mais criativos", aproveitando os escassos recursos de que Maputo dispõe, como seu potencial hídrico. "As soluções para os problemas que enfrentamos só podem vir se tivermos auto-estima. Não é só ver o que está errado, mas encarar o que está errado como desafios", frisou.
Além de reuniões com os dirigentes de Maputo, Armando Guebuza vai se encontrar com populares e visitar vários empreendimentos socioeconômicos durante os quatro dias de visita à capital.
O município de Maputo possui mais de um milhão de habitantes e é governado pela Frelimo, partido no poder em Moçambique (Fonte: Agência Lusa, 2008-04-22).
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