quarta-feira, 30 de abril de 2008

Petrobras está confiante em reserva Carioca


A Petrobras está confiante na exploração da reserva de petróleo Carioca, segundo entrevista do presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times.

"Em mais de 2.000 metros de água na costa do Brasil, a Petrobras, a empresa nacional de petróleo do Brasil, está perfurando o que pode se tornar um dos mais importantes poços de petróleo dos últimos anos", abre a reportagem do FT.

Segundo o jornal, Gabrielli disse que a perfuração deve dar uma boa idéia sobre o tamanho da reserva descoberta recentemente, mas o verdadeiro potencial só deverá ser conhecido dentro de cerca de três meses.

"Enquanto Gabrielli adverte que a exploração ainda está bem no início, ele disse que as reservas potenciais das águas profundas do Brasil poderiam ser 'enormes' e que ele não acredita que a Petrobras deve enfrentar 'desafios insuperáveis' na produção do petróleo encontrado", diz o FT.
O jornal britânico comenta a alta das ações da Petrobras depois do anúncio da reserva e das estimativas de que a Carioca poderia ter 33 bilhões de barril de petróleo. "Isto faria desta uma das maiores reservas já descobertas, com petróleo suficiente para suprir a demanda global por mais de um ano."

A estimativa dos 33 bilhões de barris foi lançada pela revista World Oil, e o autor do artigo, o consultor da área de petróleo Arthur Berman, reconheceu que o número é "altamente especulativo", mas "um palpite crível", afirma o jornal.

"Ele disse ao Financial Times que calculou o número usando um mapa da estrutura geológica para avaliar o tamanho da área com potencial de petróleo, que ele acredita ser cinco vezes maior que a área da estrutura do campo da reserva Tupi, outra descoberta da Petrobras em águas profundas a nordeste da Carioca, cuja estimativa é de que contenha enter 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo explorável."

O potencial da Carioca foi calculado multiplicando por cinco a média estimada na Tupi.

"Berman afirma que o poço em perfuração na estrutura BM-S-9 seria uma importante fonte de informação adicional, mas mesmo depois dos resultados, as estimativas sobre o tamanho da Carioca permaneceriam 'altamente especulativas'."

O jornal ainda ressalta a dificuldade da exploração tanto na reserva Carioca como na Tupi por elas serem localizadas abaixo de uma camada de sal, que cria problemas nas análises sismológicas.

"Gabrielli acredita que os problemas são solucionáveis. 'A maioria dos problemas técnicos que vamos enfrentar já têm solução desenvolvida, mas não temos experiência com todos esses sistemas funcionando ao mesmo tempo', disse ele. 'Mas não acredito que sejam desafios insuperáveis'." (Fonte: O Globo, 2008-04-30).

Importante descoberta de carvão em Moçambique

A Central African Mining and Exploration (Camec) anunciou sexta-feira em Londres ter efectuado uma importante descoberta de carvão em Moçambique.

Em comunicado, a empresa cotada na Bolsa de Londres informou que a descoberta, efectuada no âmbito da prospecção sistemática das 21 áreas concessionadas na província de Tete, poderá conter 868 milhões de toneladas de carvão passível de ser processado.

A empresa adiantou que a quantidade de carvão deverá aumentar substancialmente à medida que a prospecção prosseguir. Entretanto, responsáveis da monopólio estatal indiano Coal India deslocar-se-ão a Moçambique em Maio próximo a fim de examinarem uma mina de carvão de coque que a empresa pretende adquirir juntamente com a Steel Authority of India e outras empresas estatais.

Esta aquisição visa aumentar o fornecimento doméstico de carvão, com a procura a ser superior à oferta.A Coal India, que controla a maior parte do fornecimento de carvao no país, a Steel Authority, a Rashtriya Ispat Nigam e a NMDC constituíram uma "join-venture" para proceder à compra de activos carboníferos no estrangeiro, dispondo de um capital inicial de 2300 milhões de dólares (Fonte: Macauhub, 2008-04-28).

Sul-africana SASOL inicia em Julho prospecção de gás em águas moçambicanas

A petroquímica sul-africana SASOL vai iniciar em Julho os trabalhos de abertura de dois a três furos em águas profundas para prospecção e pesquisa de novas reservas de gás natural em Moçambique.

De acordo com o director da empresa em Moçambique, Mateus Zimba, citado pelo jornal "Diário de Moçambique", os furos serão feitos nos blocos 16 e 19, localizados nos distritos de Machanga (província de Sofala, centro) e Vilanculo (Inhambane, sul), na costa Este do arquipélago de Bazaruto, com uma área total de 11 mil quilómetros quadrados.

Os trabalhos, a cargo da empresa norueguesa Petroleum Geo-Services (PGS), deverão durar 75 dias e serão antecedidos por um estudo sísmico que será feito já em Maio.

A SASOL tem desde 2004, por 25 anos, a exploração e transporte de gás nas jazidas "on-shore" existentes em Pande e Temane (Inhambane).

Nesse ano foi inaugurado um gasoduto com 860 quilómetros de extensão ligando os poços em Moçambique à região industrial sul-africana de Secunda, um investimento de 1,2 mil milhões de dólares.

A maioria das acções do empreendimento que gere o gasoduto é detida pela petroquímica sul-africana SASOL, tendo o Estado moçambicano, através da Empresa Nacional de Hidrocarboneto (ENH), reservado para si uma posição de 14 por cento (dos 25 por cento disponíveis para accionistas moçambicanos).

Com a realização dos furos, a SASOL entra na exploração de gás nas águas moçambicanas (Fonte: RTP, 2008-04-24).

Conselho de Ministros aprova acordo entre governo de Portugal e Espanha para manutenção de reservas estratégicas

O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto que aprova o acordo alcançado o ano passado entre os governos de Portugal e Espanha relativo à manutenção recíproca de reservas estratégicas de petróleo.

Este acordo tem como objectivo facilitar e constituir a manutenção recíproca de reservas estratégicas de petróleo bruto e produtos petrolíferos, bem como reforçar os laços no sector da energia entre ambos os Estados.

Esse acordo vai permitir aos operadores de ambos os países constituírem reservas quer em Portugal quer em Espanha, mas também permitir que em caso de necessidade um país possa recorrer ao outro, que deverá de imediato disponibilizar as suas reservas.

O acordo vai ainda de encontro à directiva comunitária que prevê a possibilidade de constituição de reservas, mediante acordos entre governos, num território de um Estado-membro, de forma a facilitar a distribuição racional de reservas no seio da União Europeia.

Portugal cumpre já a obrigação determinada pela Comissão Europeia de possuir reservas de segurança de 90 dias de consumo interno diário, que são partilhadas pela EGREP-Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos e pelos operadores de mercado.
A EGREP é responsável por reservas equivalentes a 30 dias de consumo de gasóleo, gasolina e fuel e 10 dias de GPL (gás liquefeito de petróleo). Para além destas responsabilidades, a EGREP constitui 10 dias de reservas adicionais para cumprir os requisitos da Agência Internacional de Energia.

Até agora Portugal não tinha qualquer acordo para a constituição de reservas em Espanha, podendo passar a ser uma opção em termos de proximidade e custo (Fonte: RTP/Lusa, 2008-04-24).

Angola: BPI negoceia venda de 49% do BFA à Sonangol

O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, confirmou hoje que o grupo está a negociar a venda de 49 por cento do Banco de Fomento Angola à petrolífera Sonangol. "O banco tem estado a conversar com a Sonangol a cedência de 49 por cento [do BFA], mas não há ainda nenhum acordo", disse Fernando Ulrich no Porto, na apresentação dos resultados do primeiro trimestre do BPI.

O administrador escusou-se a revelar quanto vale a participação que será vendida à Sonangol, mas admitiu mudanças na estrutura de gestão em consequência da entrada do novo accionista.
O BFA, detido na totalidade pelo BPI, é o único banco comercial a operar em Angola com capital 100 por cento estrangeiro.

Com uma quota de mercado de 24 por cento, o BFA é o maior banco angolano em volume de crédito, ocupando o segundo lugar nos depósitos, com 20 por cento de quota.

O lucro do BFA cresceu nos últimos 12 meses 45,6 por cento, fixando-se em 24,2 milhões de euros.

O BFA tem 86 balcões de retalho e 11 centros de investimentos e de empresas, número que cresceu 20 por centro relativamente a Março de 2007.

Fernando Ulrich referiu que a expansão da rede em Angola "é para continuar ao longo dos próximos anos" (Fonte: RTP, 2008-04-22).

Angola se torna maior fornecedor de petróleo da China

Angola se tornou, no primeiro trimestre de 2008, o maior fornecedor de petróleo da China - ultrapassando a Arábia Saudita graças a um aumento de 55% em suas exportações para o país asiático na comparação com mesmo período de 2007.

Entre janeiro e março, as exportações angolanas alcançaram 688 mil barris diários, totalizando 8,48 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas da China, divulgados nesta terça-feira.

Com o aumento, Angola superou Arábia Saudita (8,18 milhões de toneladas, 38% a mais do que no mesmo período de 2007), Irã (5,8 milhões), Omã (3,3 milhões) e Rússia (3,1 milhões).

No ano passado, Angola exportou para a China 25 milhões de toneladas, 10% a mais do que em 2006. Caso o crescimento se mantenha, as exportações angolanas podem chegar a 34 milhões de toneladas até o final do ano.No total, as importações petrolíferas chinesas aumentaram 25% no primeiro trimestre, para o valor recorde de 17,3 milhões de toneladas (Fonte: Agência Lusa, 2008-04-22).

terça-feira, 29 de abril de 2008

BNDES: Angola e Moçambique têm interesse em etanol

Os governos de Angola e Moçambique têm mostrado interesse em promover a tecnologia brasileira de etanol (álcool combustível) em seus países.

Representantes dos dois governos já estiveram na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) buscando informações sobre condições de financiamento para a importação de equipamentos e tecnologia para a construção de usinas de produção de etanol.

Ontem, como parte da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao continente africano, foi acertado que o banco financiaria a produção de etanol na África, inclusive com um projeto para Gana exportar o etanol para a Suécia, país europeu que mais consome o produto. O projeto para Gana, porém, ainda não está na área técnica da instituição responsável pelo comércio exterior e seria o primeiro para exportações para esse país.

No caso de Angola, porém, o BNDES já concedeu uma linha de crédito de US$ 1 bilhão e em novembro ofereceu mais uma, também de US$ 1 bilhão, com prazo de cinco a dez anos para pagar e dois de carência. Há três dezenas de operações de financiamento do BNDES para aquele país.

Cerca de metade dos projetos é para financiar a construção de rodovias naquele país, que esteve em guerra civil por 26 anos até 1991, por construtoras brasileiras como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Há também financiamentos para bens e serviços diversos como a construção da hidrelétrica de Capanga, centros de pesquisa e tecnologia, equipamentos agrícolas e para o Corpo de Bombeiros.

Projetos de etanol
O BNDES tem em carteira 62 operações de financiamento de projetos de etanol. São todas no Brasil, uma vez que ainda não há um projeto de exportação formalizado na área.
Desse total, já foram contratadas 19 no valor de R$ 1,7 bilhão que apóiam investimentos de R$ 2,2 bilhões e estão aprovadas mais 17, com financiamentos de R$ 1,9 bilhão para investimentos de R$ 2,5 bilhões. O restante ainda está em análise.

O BNDES financia até 100% dos equipamentos para a produção do etanol, além de 70% de outros itens selecionados pela instituição. A maior parte do financiamento, 90%, tem como taxa básica a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Uma parte menor varia pelo câmbio em relação a uma cesta de moedas (Fonte: Agência Estado/Portal Exame, 2008-04-22).

Moçambique culpa petróleo e cereais por aumento da pobreza


O presidente moçambicano, Armando Guebuza, culpou nesta terça-feira a "crise imposta de fora", provocada pelo aumento dos preços dos cereais e dos combustíveis, pelo agravamento da pobreza no país.

Guebuza mencionou o impacto "das dificuldades de fora" na luta contra a pobreza na capital moçambicana, Maputo, por onde começou um tour por Moçambique nesta terça-feira. Depois de saudar a capacidade dos habitantes locais e de seus dirigentes em "manter a cidade de Maputo de pé, apesar dos enormes sacrifícios", Armando Guebuza alertou que o país se defronta com novos desafios vindos do exterior. "O arroz custa hoje mais caro do que antes, o trigo também custa hoje mais caro do que antes, e os combustíveis também. Tudo isso são novas situações que se juntam à herança da pobreza", destacou Armando Guebuza."Não admira que, até hoje, continuemos com problemas mais sérios de miséria no seio da nossa população", disse o presidente moçambicano.

Segundo Armando Guebuza, o fato de Moçambique não ser auto-suficiente em petróleo e cereais faz com que o país pague "uma conta bem alta" pelo agravamento dos preços no mercado internacional. Para o líder, os governantes da capital moçambicana e sua população terão de ser "mais criativos", aproveitando os escassos recursos de que Maputo dispõe, como seu potencial hídrico. "As soluções para os problemas que enfrentamos só podem vir se tivermos auto-estima. Não é só ver o que está errado, mas encarar o que está errado como desafios", frisou.

Além de reuniões com os dirigentes de Maputo, Armando Guebuza vai se encontrar com populares e visitar vários empreendimentos socioeconômicos durante os quatro dias de visita à capital.

O município de Maputo possui mais de um milhão de habitantes e é governado pela Frelimo, partido no poder em Moçambique (Fonte: Agência Lusa, 2008-04-22).

domingo, 27 de abril de 2008

Galp compra postos da Exxon em Portugal e Espanha


A companhia portuguesa de petróleo e gás Galp Energia afirmou hoje, em documento, que comprou os ativos de produtos de petróleo da petrolífera americana ExxonMobil em Portugal e na Espanha por um valor não revelado.

A Galp disse que o acordo inclui um volume de vendas de produtos de petróleo de cerca de 1 milhão de toneladas métricas por ano, a rede de 130 postos de varejo da Exxon nos dois países, os negócios de combustível de aviação, industrial e gás liquefeito de petróleo (GLP) e a maioria dos negócios de lubrificantes. Porém, os ativos comprados pela Galp não incluem os negócios de asfalto na Espanha, lubrificantes marinhos e de aviação, estoques, lubrificantes de marcas privadas, cera e óleos brancos. Além disso, não haverá impacto sobre o negócios de químicos da Exxon nos dois países.

"O objetivo da Galp é maximizar o retorno da rede de varejo por meio da elevação da eficiência e do aumento do volume de vendas, em linha com a planejada capacidade de refino", diz o documento.

A Galp, que planeja investir cerca de 5,3 bilhões de euros (US$ 8,3 bilhões) em suas operações até 2012, espera produzir 47% da demanda total de Portugal. No ano passado, a Galp comprou a Agip Portugal e a Agip Spain, que eram as operações da petrolífera italiana Eni para produtos de petróleo em Portugal e Espanha.

No Brasil, a Petrobras está interessada em comprar os ativos da Exxon, que operam sob a marca Esso. As informações são da Dow Jones (Fonte: Portal Exame, 2008-04-18).

Angola exportará menos petróleo em Junho


As exportações diárias de crude angolano vão diminuir em 1,7% em Junho. A Galp, BP, Total, Chevron, Exxon Mobil e outras petrolíferas irão expedir uma média de 1,92 milhões de barris por dia em Junho, contra 1,95 milhões de barris diários agendados para Maio, refere a Bloomberg citando o programa de carregamento de navios-taque.

Em Junho, está previsto o carregamento de 60 petroleiros, totalizando 57,6 milhões de barris, contra 63 (correspondentes a 60,6 milhões de barris) em Maio. Dos 60 carregamentos previstos, um deles será feito por conta da Galp Energia, com crude Nemba.

O crude angolano representou 5% do total das importações dos Estados Unidos em 2006, correspondendo a 513 mil barris por dia, de acordo com a Administração de Informação Energética (EIA) norte-americana.

Os petroleiros de Angola normalmente abarcam, em termos dimensões, entre 875.000 e um milhão de barris cada um.

Angola, que em Janeiro do ano passado se tornou membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), tem uma quota de produção de 1,9 milhões de barris por dia estabelecida pelo cartel na reunião de Abu Dhabi de 2007. A produção de crude de Angola aumentou 18% no ano passado, para 1,61 milhões de barris por dia, segundo a Agência Internacional da Energia.

Angola assume actualmente (desde o passado dia 11 de Novembro) a vice-presidência da OPEP. Além disso, de acordo com a presidência rotativa da organização, deverá presidir à OPEP em 2009, cargo actualmente assumido pela Argélia.

A Galp Energia concentra a sua actividade em Angola em duas empresas principais: a Petrogal Angola e a Sonangalp.

A Petrogal Angola, detida pela Petrogal (88,7%) e pela Galp Exploração (11,3%) assegura a gestão das participações das restantes empresas e a comercialização de lubrificantes.

A Sonangalp é detida pela Petrogal Angola (49%) e pela Sonangol (51%). A sua actividade centra-se na distribuição e comercialização de combustíveis líquidos e lubrificantes e na exploração de postos de abastecimento e estações de serviço. O grupo detém ainda um participação minoritária (0,44%) na Fina – Petróleos de Angola, que tem por actividade a refinação, armazenagem e distribuição de produtos petrolíferos.

Segundo o "site" da Galp, de acordo com o relatório da Degolyer Macnaughton, a 31 de Dezembro de 2007, as reservas provadas e prováveis da Galp Energia no Bloco 14, em Angola, eram de 31 milhões de barris. Ainda segundo o mesmo relatório, os recursos contingentes da Galp Energia ascendiam aos 742 milhões de barris, dos quais 500 milhões correspondiam a recursos do Tupi, no Bloco BM-S-11 no Brasil, e o restante aos blocos 14, 14K e 32 em Angola.

Em 31 de Dezembro de 2006, as reservas e recursos contingentes da Galp Energia eram de 119 milhões de barris.

Na exploração "offshore" em Angola, a Galp Energia está presente no bloco 32, bloco 33, bloco 14 e bloco 14K/A-IMI (Fonte: Jornal de Negócios, 2008-04-27).

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sector de minas e energia de Moçambique em debate internacional


A promoção e exploração dos recursos minerais e energéticos de Moçambique estará em debate a partir de hoje no Maputo na primeira edição da Conferência de Minas e Energia de Moçambique, na qual participam empresas da Europa, Estados Unidos, África e Ásia.

Lopo Vasconcelos, presidente da Associação Geológica Mineira de Moçambique, disse à Macauhub que se espera a participação de cerca de uma centena de empresas interessadas na exploração de minas e energia. “Esperamos a participação da Rachana Global (Índia), Statois (Noruega), Ingerop (África do Sul) e Artumas (Canadá) e outras empresas dos Estados Unidos, Reino Unido, África do Sul, Japão, Índia, Noruega, Alemanha, Austrália e Itália" disse.

A Conferência é organizada pela empresa britânica AME Trade Ltd, especializada em eventos internacionais de negócios em mercados novos. O Presidente da Associação Geológica Mineira de Moçambique, Lopo Vasconcelos, disse à macauhub que “Moçambique tem muito a exibir nesta primeira edição da conferência de minas e energia”. “O país é extremamente rico, temos muitos jazigos adormecidose outros já são conhecidos”, disse sublinhando que “a parte mais visível são as minas de carvão de Moatize".

Lopo Vasconcelos disse ainda que durante a conferência de dois dias "serão apresentadas as várias potencialidades de Moçambique no sector de enrgia". O Presidente da Associação Geológica Mineira de Moçambique revelou ainda que durante o encontro serão discutidas as oportunidades de investimento.

A Sasol da África do Sul já explora em Moçambique o gás de Temane, localizado em Pande, província de Inhambane, no sul de Moçambique. Por seu turno, a Companhia Brasileira do Vale do Rio Doce prepara-se para explorar os jazigos de carvão de Moatize (Fone: Macauhub, 2008-04-16).

terça-feira, 22 de abril de 2008

Petrobras deve começar a produzir petróleo em dois campos da Nigéria


A Petrobras deverá começar a produzir petróleo em dois campos gigantes na Nigéria ainda neste ano.

Segundo o diretor Internacional da companhia, Jorge Zelada, o campo de Agbami, que terá produção de 250 mil barris por dia de petroleo, deverá iniciar a operação em julho.

Já o outro campo, de Akpo, com cerca de 200 mil barris diários de capacidade de produção, deve ter início da operação em dezembro. No primeiro, a participação da Petrobras no projeto é de 13% e no segundo, de 20%.

As parceiras da Petrobras nos dois projetos são a americana Chevron e a francesa Total (Fonte: Globo online, 2008-04-15).

Irã interessado em explorar petróleo em Angola


A companhia nacional de petróleos e gás do Irão -Petropars- está interessada em participar na exploração de petróleo em Angola, segundo refere o portal do Ministério do Petróleo do Irão.


O Director-Geral da Petropars, Gholam-Reza Manouchehri disse que a companhia nacional de petróleos tem vindo a avaliar vários oportunidades de investimento em África e Angola é uma das prioridades. "Para a semana vamos estudar em pormenor o modo como poderemos participar no desenvolvimentro de um poço de petróleo em Angola", disse.


O Irão é o quarto maior exportador de petróleo do mundo e possui as segundas maiores reservas de gás do mndo logo depois da Rússia (Fonte: Macauhub, 2008-04-14).

terça-feira, 15 de abril de 2008

Produção de gás natural em Moçambique será incrementada


A produção de gás natural em Pande e Temane vai ser aumentada em 50 por cento a partir de 2010, para dar resposta a uma forte procura que vai ocorrer em Moçambique e na África do Sul disse quinta-feira no Maputo a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias.

Segundo a ministra, citada pelo jornal Notícias as estimativas actuais de Pande (Gaza) e Temane (Beira) indicam para a produção de gás na ordem 120 milhões de gigajoules (cerca de 3 mil milhões de metros cúbicos) até ao final de 2008. Esperança Bias, disse que está igualmente em estudo a exploração, a partir do gás de Pande e Temane, de gás de petróleo liquefeito- GPL (gás de cozinha) e de petróleo de iluminação condensado. O projecto de exploração de gás iniciou-se em 2004 e a sua produção foi concedida a um consórcio entre a Sasol Petroleum Temane (SPT, uma filial moçambicana da SASOL) com 70 por cento, a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) com 25 por cento, e a IFC (Corporação Financeira Internacional) com 05 por cento. O consórcio possui os direitos de exploração dos campos de gás de Pande e Temane durante trinta anos e um contrato de venda de gás que garante o fornecimento de 120 MGJ/ano (milhões de gigajoules) de gás durante 25 anos.

Esperança Bias que falava na VII Reunião de Economistas dos Países de Língua Oficial Portuguesa, disse ainda que face aos elevados níveis de procura, o total de reservas de gás em Pande e Temane está já comprometido através de contratos de venda a longo prazo.

A ministra disse igualmente que Moçambique possui um grande potencial geológico para novas descobertas de gás (Fonte: Macauhub, 2008-04-11).

Moçambique receberá US$ 250 mi para prospecção de petróleo


As dez companhias petrolíferas envolvidas na pesquisa de petróleo em Moçambique vão investir, este ano, pouco mais de US$ 250 milhões em atividades de prospecção, anunciou nesta quinta-feira a ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias.

Bias apresentou estes dados ao falar sobre "O Papel dos Recursos Minerais na Economia Moçambicana", na 7ª Reunião dos Economistas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que ocorre desde quarta-feira, em Maputo.

Os gastos com as pesquisas de petróleo previstos para este ano em Moçambique superam os de 2007, ano em que as multinacionais que participam do processo investiram pouco mais de US$ 150 milhões, disse a responsável.

Esperança Bias afirmou que os investimentos estão sendo realizados através dos 13 contratos de pesquisa e produção de petróleo firmados entre as petrolíferas e o governo de Moçambique. As operações de prospecção petrolífera ocorrem no centro e norte do país, indicou Bias. "Para permitir que as comunidades tirem proveito das concessões feitas pelo governo às multinacionais, serão investidos, só na zona da Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, US$ 1,35 milhão por ano" em projetos sociais, como escolas, centros de saúde, hospitais, orfanatos e abastecimento de água, acrescentou Bias.

A ministra dos Recursos Minerais aludiu também aos benefícios que o país poderá ter com a implantação de grandes projetos no setor, estimando em cerca de US$ 1,2 bilhão as exportações de diversos bens gerados a partir dos recursos minerais do país, a partir de 2010 (Fonte: Agência Lusa, 2008-04-10).

Moçambique: produção de biocombustíveis provoca alerta


O investimento para a produção de biocombustíveis em Moçambique poderá colocar em causa a alimentação no país, alertou o economista Cardoso Muendane, apelando ao Governo para agir com «muito cuidado».

Cardoso Muendane advertiu para «os riscos» na produção de biocombustíveis em Moçambique, uma forte aposta do Presidente Armando Guebuza.«Fala-se muito em Moçambique dos biocombustíveis, neste momento de alta de preços de petróleo, como se não houvesse problemas nessa solução. O Governo terá de ter muito cuidado na forma de gerir a atracção de investimentos para a área dos biocombustíveis», afirmou o economista, docente na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Segundo refere a agência Lusa, citada pelo semanário Sol, o perigo prende-se com a redução de bens alimentares e a consequente insegurança alimentar, porque a prioridade dos produtores passará a incidir mais sobre os biocombustíveis e menos nas culturas alimentares, alertou Armando Guebuza.

No âmbito desta aposta, também «o preço da alimentação vai subir drasticamente, tornando-se inacessível para a já depauperada população moçambicana», sublinhou (Fonte: Fábrica de Conteúdos, 2008-04-10).

Moçambique terá nova refinaria


A empresa de construção "Group Five" anunciou que está em negociações para liderar o grupo que vai construir a refinaria de Nacala-a-Velha, em Moçambique, um empreendimento avaliado em cinco mil milhões de dólares da Ayr Petro-Nacala Logistica. A refinaria de Nacala-a-Velha, que ficará localizada na província de Nampula, terá uma produção de 300 mil barris de petróleo por dia, devendo ficar concluída em 2010.

Greg Heale, director para o desenvolvimento e negócios do "Group Five" disse que o contrato implicará não só o desenvolvimento do projecto e construção da refinaria mas também formação de pessoal,uma central de tratamento de águas e uma zona residencial.

A Ayr Petro-Nacala Logistica, onde a empresa Texas Ayr Logistics detem 70 por cento do capital, contratou igualmente a empresa "California Environmental Consultants" e a moçambicana Impacto para realizarem um estudo de impacto ambiental.

Philip Harris, presidente da Ayr Logistics revelou, entretanto, que ambas as partes devem assinar brevemente o em Moçambique o contrato para formalizar a participação "Group Five" no projecto.A empresa "Group Five" foi uma das construtoras da PetroSA's Mossgas, na África do Sul,considerada uma das maiores refinarias do mundo (Fonte: Macauhub, 2008-04-11).

Petrobras e Galp estudam abertura de fábrica de biodiesel


A Petrobrás está a estudar a possibilidade de, em conjunto com a Galp, vir a abrir uma fábrica de biodisel em Portugal, disse hoje à Lusa responsável pela área internacional de biodisel da petrolífera brasileira.

Estamos a trabalhar com a Galp e está tudo muito adiantado«, disse à agência Lusa Fernando José Cunha, à margem do Colóquio «1808-2008 e o futuro das relações económicas Portugal/Brasil«, a decorrer em Lisboa.

Segundo o responsável, «a Petrobrás poderá ter uma contribuição muito significativa no âmbito das novas tecnologias dos biocombustíveis - etanol e biodisel«.

«A segunda geração de produção de biodisel poderá ser, certamente, muito importante para Portugal«, considerou Fernando Cunha, adiantando que o plano estratégico da Petrobrás contempla um investimento de 1,5 mil milhões de dólares entre 2008 e 2012 para expansão dos biocombustíveis.

A petrolífera brasileira possui o maior centro de investigação da América do Sul e, no final de 2009, prevê duplicá-lo em área, tornando-se assim num dos maiores do mundo.

A Petrobrás não é apenas um grupo que aposta na cadeia de petróleo e no gás, alargando a sua actividade aos biocombustíveis. A Petrobrás está actualmente presente em 27 países do mundo, é um grupo global e prevê investir nos próximos cinco anos 112 mil milhões de dólares (Fonte: Diario Digital, 2008-04-10).

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Repsol investe mil milhões em Portugal


A grande aposta da petrolífera espanhola passa pela construção de um projecto petroquímico em Sines.

Desde que entrou no mercado português a Repsol já investiu mil milhões de euros. Nas metas definidas para os próximos 5 anos a petrolífera hispano-argentina quer reforçar posição em Portugal e vai investir mais mil milhões de euros no nosso país. O projecto da indústria petroquímica em Sines é a grande prioridade.

As obras deverão começar já no terceiro trimestre deste ano para que o projecto esteja em pleno funcionamento em 2010. A Repsol quer ainda avançar com prospecção de petróleo no Algarve, mas o processo ainda não passou do papel.

Já em relação à rede comercial, a gasolineira pretende adquirir mais estações de serviço e ganhar mais cota de mercado na venda de combustíveis para competir com a Galp (Fonte: TVI, 2008-04-09).

Shell Portugal quer atingir em dois anos quota de 25% no mercado dos lubrificantes em Portugal


A Shell Portugal quer conquistar uma quota de 25 por cento no mercado português de lubrificantes até 2010, ultrapassando a BP, afirmou hoje o administrador da empresa Rui Cavaleiro.

Actualmente com uma quota de 20 por cento do mercado, a Shell Portugal quer passar a vender mais 2 a 2,5 milhões de litros de lubrificantes este ano, com o objectivo de alcançar uma quota de 25 por cento em 2010.

Actualmente, a Shell Portugal é a terceira empresa em Portugal em termos de vendas, a seguir à Galp e à BP, mas quer tornar-se a primeira empresa internacional de lubrificantes em Portugal, ultrapassando a BP.

O ano passado, a Shell Portugal teve uma facturação de 60 milhões de euros, o que significou uma duplicação do montante obtido em 2006 devido não só à consolidação do negócio dos lubrificantes, mas também ao relançamento do cartão EuroShell.

Em 2007, a Shell vendeu 19 milhões de litros de lubrificantes, num mercado que vale cerca de 100 milhões de litros, tendo as vendas atingido os 27 milhões de euros.

Actualmente, um em cada cinco consumidores portugueses de lubrificantes são clientes Shell, a empresa quer que, em 2010, ano da comemoração do seu centenário, um em cada quatro seja cliente da Shell.

Para isso, a Shell tem dois projectos a nível global, que vão também ser desenvolvidos em Portugal: a uniformização de todas as embalagens de lubrificantes com capacidade inferior a 7 litros, de modo a simplificar a comunicação e permitir a identificação do produto em todo o mundo.

O investimento global neste projecto será de 65 milhões de euros, dos quais 350 mil euros em Portugal, esperando-se que as novas embalagens estejam no mercado dentro de 1 a 2 anos.

O outro projecto através do qual a Shell pretende conquistar clientes é através da renovação da gama de lubrificantes Shell Rimuda, num investimento global de 70 milhões de euros, dos quais 170 mil euros em Portugal.

A renovação da gama Shell Rimula visa fornecer um portfólio de produtos inovadores para os motores dos veículos pesados, através da melhoria dos produtos já existentes, do lançamento de dois novos lubrificantes e da modernização de embalagens e rótulos (Fonte: RTP, 2008-04-08).

Petrobras nega acusação do Equador de ceder direitos de exploração


A Petrobras negou nesta terça-feira as acusações pelas quais a Procuradoria equatoriana pede a suspensão de seu contrato de explorações de petróleo no país, reafirmando aguardar confiante uma resolução do governo que permita à empresa continuar operando no Equador.

A empresa brasileira foi acusada de ter cedido 40% de seus direitos de exploração à empresa japonesa Teikoku Oil sem a autorização do Estado, pelo que a procuradoria pede o cancelamento de suas operações para extrair aproximadamente 36.700 barris de petróleo por dia (b/d).

O gerente da Petrobras no Equador, Dirceu Abrahao, argumentou que a transferência dos direitos não foi concretizada, e que entre as duas empresas existe apenas uma carta de intenção avalizada pelas autoridades equatorianas desde janeiro de 2006.

"O descumprimento na realidade é da estatal Petroecuador porque existe um processo administrativo de janeiro de 2006, no qual o ministério de Petróleo pede a Petroecuador que assine os contratos modificatórios para levar à frente a operação", explicou.

Ainda assim, o procurador Xavier Garaicoa afirmou que dispõe de documentos enviados pela Petrobras às bolsas de Buenos Aires e Nova York deixando clara a cessão de direitos.

Abrahao esclareceu que essas provas correspondem aos planos de investimentos apresentados aos acionistas.
O caso deve ser tratado pelo ministro de Petróleos, Galo Chiribiga, que atua também como juiz de última instância.

A Petrobras, que garante ter investido desde 2000 aproximadamente 586 milhões de dólares, espera autorização do Estado equatoriano para dobrar a produção de 36.700 barris por dia em um dos campos que arrematou na selva da Amazônia equatoriana.

A empresa prevê novos investimentos em torno de 700 milhões de dólares (Fonte: AFP, 2008-04-09).

Petrobras divulga que investimentos em refinaria de Okinawa ainda não estão aprovados


A Petrobras divulgou nota oficial hoje dizendo que ainda não definiu seus investimentos na refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa (Japão), adquirida neste ano. Ainda não está aprovado projeto que poderá prever novos investimentos na refinaria de Okinawa, no Japão, com vistas à adaptar a unidade para o processamento de petróleo pesado.

A nota faz referência às divulgações que ocorrem desde ontem em agências internacionais, de que a Petrobras já teria fechado investimento de 100 bilhões de ienes, equivalentes a US$ 975 milhões, para reformar a refinaria japonesa e processar petróleo pesado a ser fornecido ao mercado asiático. A refinaria tem participação de 87,5% da Petrobras e de 12,5% da Sumitomo.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, lidera a comitiva que está em visita de quatro dias pelo país asiático. Em entrevista coletiva concedida ontem, em Tóquio, Gabrielli destacou que a refinaria de Okinawa representa um importante passo na estratégia da companhia de ampliar sua presença no mercado de derivados de petróleo.

Estamos estudando a possibilidade de crescer a capacidade de refino e permitir o processamento de petróleo pesado nessa unidade, comentou ontem. Além da unidade de refino, a refinaria possui um terminal de petróleo e derivados para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três piers com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 toneladas e uma monobóia para navios de até 280.000 toneladas (Fonte: Valor Online/O Globo, 2008-04-08).

Angola venderá combustíveis no Benin


A Sonangol vai vender combustíveis no Benin, a pedido do Presidente daquele país, Boni Yayi, que ontem terminou uma visita de dois dias a Angola. De acordo com o comunicado oficial distribuído no final da visita, o Chefe de Estado beninense “manifestou um especial interesse no estabelecimento de parceria entre a Sonangol E P e a Sociedade Beninense de Comercialização de Produtos Petrolíferos (Sonacop S A), com o objectivo de criar um quadro favorável ao fornecimento de produtos petrolíferos refinados no Benin pela República de Angola”.

Aquele país africano descobriu recentemente reservas de petróleo no seu território, mas esgotaram-se em pouco tempo pelo facto de ser um recurso não-renovável. Entretanto, a República do Benin vai abrir nos próximos tempos uma embaixada em Luanda. A decisão, tornada pública ontem em Luanda no final da visita que o Presidente do Benin, Boni Yayi, efectuou a Angola, tem como propósito aproximar os dois países, que terça-feira última assinaram o primeiro acordo geral de cooperação económica, científica-técnica e cultural.

Antes do fim do ano, a Comissão Bilateral a ser criada nos próximos tempos, reúne-se em sessão preparatória para analisar os detalhes da cooperação bilateral, segundo orientação dos Chefes de Estado dos dois países. Os dois países manifestaram a necessidade de promoção de uma cooperação económica e cultural efectiva, reforçar e alargar a cooperação ao sector privado.

Angola e o Benin assinaram, para além do Acordo Geral de Cooperação, o acordo para o estabelecimento da Comissão Bilateral, o protocolo de cooperação diplomática para o estabelecimento de consultas sobre assuntos de interesse comum e um processo verbal das conversações realizadas por ocasião da visita de Boni Yayi (Fonte: Jornal de Angola).

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Petrobras quer realizar processamento de petróleo brasileiro no Japão

A Petrobras deve adaptar a refinaria recém-adquirida no Japão para processar óleo pesado, segundo informou o presidente da companhia brasileira, José Sérgio Gabrielli, nesta segunda-feira.

Ele afirmou que a Petrobras avalia exportar petróleo pesado do Brasil para o Japão para fins de processamento, o que poderia reduzir o volume de petróleo leve comprado da Austrália e da África. "A refinaria não pode processar petróleo pesado, somente petróleo leve. Para obtermos uma conversão profunda na refinaria, precisamos ter um investimento para trazer unidades que provem ser capazes de processar petróleo pesado", acrescentou. "Provavelmente utilizaremos a unidade de tratamento de água, ou HDT, que permite processamento de petróleo pesado", antecipou.

A unidade também poderá ser utilizada para outro projeto da companhia, como o de comercializar etanol no mercado japonês. Gabrielli acrescentou que a Petrobras conduz pesquisas logísticas sobre como obter maior vantagem da longa experiência da companhia no mercado de etanol e utilizar a refinaria como um centro de operações na Ásia. "Podemos levar etanol utilizando grandes navios de transporte, descarregar em Okinawa, e de Okinawa para os países asiáticos", concluiu.

A Petrobras assumiu oficialmente o controle da Nansei Sekiyu K.K. no dia 1o de abril, adquirindo uma participação de 87,5 por cento por 5,5 bilhões de ienes (54,09 milhões de dólares) de um grupo de refinarias japonês ligado à Exxon Mobil . A refinaria, localizada na ilha de Okinawa, no sul do Japão, possui capacidade instalada de 100 mil barris por dia (bpd). Segundo Gabrielli, a produção da unidade será ampliada de 35 mil bpd para 50 mil bpd em breve, avançando para a capacidade máxima futuramente.

O executivo acrescentou que há um estudo para o aperfeiçoamento da refinaria por um valor de aproximadamente 1 bilhão de dólares, mas não soube dizer quando será concluído. Gabrielli afirmou que a trading japonesa Sumitomo, que controla os 12,5 por cento restantes da refinaria, pode elevar a participação no empreendimento até um percentual indeterminado.

A Petrobras abastecerá a demanda por combustíveis na ilha de Okinawa e na região continental do Japão, além de China, Cingapura, Taiwan e Vietnã, informou o executivo, acrescentando que a empresa não tem planos para construir unidades petroquímicas na refinaria Nansei.

Os investimentos internacionais previstos pela Petrobras em 2008 somam 15 bilhões de dólares até 2012, mas Gabrielli disse que a empresa não tinha interesse em novos investimentos em refinarias na Ásia ou na Europa, no momento (Fonte: O Globo, 2008-04-07).

Nova central termoelétrica será construída no estado do Rio de Janeiro


O grupo Energias de Portugal (EDP), que controla a Energias do Brasil anunciou sexta-feira que pretende ampliar a sua presença no Brasil com a construção de uma central termoeléctrica no município de Resende, no estado do Rio de Janeiro.


A Energias do Brasil possui centrais nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Ceará. A central, que utilizará gás natural, terá 500 megawatts de capacidade instalada e começará a ser construida em Julho próximo.


A nova central, cuja construção vai empregar mil trabalhadores, ocupará uma área de 180 mil metros quadrados no bairro de Bulhões. O gás utilizado para a produção de energia será fornecido pela Petrobras.


António Pita de Abreu, director da Energias do Brasil, considerou que a região em que a central será construída "é uma das mais promissoras pelo seu potencial de crescimento económico" (Fonte: Macahub, 2008-04-07).

Petrobras é a 7ª maior empresa de petróleo do mundo, em 2007


A Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) surgiu em outubro de 1953, com a edição da Lei 2.004, com o objetivo de executar as atividades do setor petróleo no Brasil em nome da União. Até 1997, a empresa detinha o monopólio das operações de exploração e produção de petróleo, bem como as demais atividades ligadas ao setor, à exceção da distribuição atacadista e da revenda no varejo pelos postos de abastecimento.

Em 1997, o Brasil, através da Petrobras, ingressou no grupo de 16 países que produz mais de 1 milhão de barris de óleo por dia. No mesmo ano, o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que abria as atividades da indústria petrolífera no Brasil à iniciativa privada.

No dia 21 de abril de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, o que permitiu ao Brasil atingir auto-suficiência em petróleo.

Atualmente, a Companhia está presente em 27 países. Em 2007, a Petrobras foi classificada como a 7ª maior empresa de petróleo do mundo com ações negociadas em bolsas de valores, de acordo com a Petroleum Intelligence Weekly (PIW), publicação que divulga anualmente o ranking das 50 maiores e mais importantes empresas de petróleo.

A Petrobras iniciou as obras do Centro de Integração do Comperj, em São Gonçalo, também em 2007. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro tem investimentos previstos em torno de US$ 8,38 bilhões. Com início de operação previsto para 2012, o Comperj estimulará a instalação de indústrias de bens de consumo e irá gerar cerca de 212 mil empregos diretos e indiretos.

Em 8 de novembro de 2007, a Petrobras anunciou a descoberta de uma reserva de cinco bilhões a oito bilhões de barris de petróleo de boa qualidade e gás abaixo da camada de sal em um poço na área Tupi, localizada na bacia de Santos. A descoberta poderia representar um aumento de 50% nas reservas atuais e tornar o Brasil um país exportador de petróleo.

Além disso, em 21 de janeiro deste ano, a estatal divulgou a descoberta de "uma grande jazida" de gás natural também em Santos, com profundidade de cerca de 5.100 metros e espessura de mais de 120 metros, nomeada como Campo de Júpiter.

Petrobras em Números (dados referentes ao ano de 2007)

Receitas líquidas - R$ 170.578 milhões

Lucro líquido - R$ 21.512 milhões

Investimentos - R$ 45,3 bilhões

Acionistas - 272.952

Exploração - 70 sondas de perfuração (43 marítimas)

Reservas - 11.704 bilhões de barris de óleo e gás equivalente (boe)

Poços produtores - 12.935 (738 marítimos)

Plataformas de produção - 109 (77 fixas; 32 flutuantes)

Produção diária - 1.918 mil barris por dia de petróleo e LGN; 382 mil barris de óleo equivalente de gás natural por dia

Refinarias - 15

Rendimento das refinarias - 1.965 mil barris por dia

Dutos - 23.142 km

Frota de navios - 153 (54 de propriedade da Petrobras)

Postos - 5.973

Fertilizantes - 3 Fábricas: 235 mil toneladas de amônia e 700 mil toneladas de uréia

(Fonte: Estadão/Petrobras, 2008-04-04).

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Governo moçambicano avalia projecto de construção de refinaria em Matutuíne

O ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, anunciou hoje que um grupo de investidores apresentou ao Governo um projecto de construção de uma refinaria de petróleo no país orçado em 5,1 mil milhões de euros.

Caso seja aprovada, a instalação da refinaria, a ser construída no distrito de Matutuíne, província de Maputo (sul), será o segundo empreendimento do género a ser autorizado pelo executivo, depois de um projecto de refinaria de 3,2 mil milhões de euros ter sido aprovado em finais de 2007, para o distrito de Nacala, província de Nampula (norte).

"Há uma proposta de construção de uma refinaria que foi recebida pelo Ministério da Energia por um grupo de investidores, mas ainda tem de ser aprovada pelo Conselho de Ministros", disse Namburete, sem especificar a identidade dos investidores. Depois da aprovação da proposta, seguir-se-á a fase da realização dos estudos de impacto ambiental e de desenvolvimento do projecto, que "indicativamente será implementado em Matutuíne", referiu. Por isso, acrescentou, é um empreendimento que "ainda está muito longe de se concretizar, que se encontra na fase de projecto", contrariamente à refinaria de petróleo de Nacala, cujos contractos com o Governo já foram assinados. A construção de refinarias é a principal aposta do governo moçambicano no desafio de atenuar os efeitos da alta de preços de crude no mercado internacional, que deram origem a violentas manifestações em várias partes do país no passado mês de Março. Além do mercado interno, as refinarias poderão também abastecer em petróleo e derivados alguns países da África Austral (Fonte: Angola Press, 2008-04-03).

Reforma tributária aprova taxação de petróleo na origem

Com a liberação da bancada aliada pelo governo, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) conseguiu aprovar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a proposta de taxação do petróleo e da energia elétrica nos estados de origem, dentro do Novo ICMS a ser criado com a reforma tributária.

A medida vai beneficiar o Rio de Janeiro diretamente, porque é estado produtor de petróleo. A taxação foi aprovada por 29 votos contra 17. Em entrevista, o relator calculou em R$ 1 bilhão os ganhos do Rio de Janeiro com a taxação do petróleo.

Os deputados do estado, de diferentes partidos, votaram em peso a favor do parecer. Além disso, a bancada do PMDB votou na sua maioria a favor, até porque o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN), é de um estado onde há petróleo.

Os parlamentares do Rio aplaudiram o resultado. Picciani disse que prevaleceu seu argumento jurídico de que se tratava de uma discriminação a estados produtores de petróleo e energia, que haviam sido excluídos da alíquota de 2% a ser cobrada nos estados de origem. Isso mostra que meu argumento era jurídico - disse Picciani, que não acredita em mudança na comissão especial.

Pouco antes das 21h, a CCJ aprovou o texto-base do relatório sobre a reforma tributária. Em seguida, os destaques começaram a ser votados. Deputados governistas e de oposição alegaram que Picciani havia alterado o mérito do texto, ferindo o papel da CCJ de analisar apenas a constitucionalidade. Mas o assunto dividia, devido aos interesses dos estados.

Picciani alterou a proposta do governo: a mudança mais importante foi incluir no texto a taxação do petróleo e da energia elétrica nos estados de origem. A proposta original mantém a isenção da taxação desses dois produtos na origem, prevista na Constituição.

O líder do PT, Maurício Rands (PE), disse que o partido apresentou o destaque contra a taxação, mas admitiu que não tinha como obrigar deputados como Antonio Carlos Biscaia, do Rio, a votar contra a medida. Biscaia resolveu se ausentar. O destaque contra a taxação foi defendido por José Eduardo Cardozo (PT-SP): Picciani alterou o mérito.

Picciani, porém, acredita que a proposta de taxação do petróleo acabará sendo aprovada pela comissão, apesar da polêmica. Ele rebateu os argumentos de Cardozo, de que alterou o mérito da proposta do governo, o que não poderia ser feito na CCJ, comissão em que a discussão é sobre a constitucionalidade do projeto. Segundo Picciani, a discussão foi jurídica. Mas o parlamentar reconheceu que está na Câmara para defender interesses do seu estado, o Rio de Janeiro.

- É uma briga de São Paulo contra o Rio de Janeiro, nesse caso. Não queremos privilégio, mas não aceitamos prejuízo para os estados produtores de petróleo e energia. Minha obrigação é defender o povo do meu estado - rebateu Picciani.

A CCJ derrotou, pela segunda vez, a posição do governo e aprovou destaque apresentado pelo DEM que obriga a aplicação do princípio da anterioridade na vigência do Imposto Sobre Valor Adicionado (IVA Federal), que será criado na reforma. O governo queria que o IVA Federal, quando aprovado, entrasse em vigor em 90 dias, mas os deputados entenderam que, como se trata de imposto, deve valer o princípio que estabelece que o tributo só entre em vigor um ano após sua aprovação.

Picciani manteve em seu parecer o princípio da noventena, como queria o governo. O IVA Federal unirá PIS, Cofins, Cide (o imposto sobre combustíveis) e Salário-Educação. Já a Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL) será unificada com o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. O destaque do DEM foi aprovado por 26 votos a 25.
Na questão do petróleo, o líder do DEM, ACM Neto (BA), avisou que liberaria a bancada, mas negou que tenha feito isso por pressão do presidente do partido, Rodrigo Maia, que é do Rio (Fonte: O Globo Online, 2008-04-03).

Índia participará do próximo leilão de blocos petrolíferos em Angola

A Índia vai apostar no próximo leilão de blocos de exploração petrolífera em Angola, previsto para este ano, para reforçar o abastecimento da matéria-prima energética, conforme garantiu o ministro indiano do Petróleo, Murli Deora. "Angola é o próximo país em que nos vamos concentrar", para obtenção de fontes seguras de abastecimento de petróleo, afirmou Deora em declarações à imprensa indiana.

Nos últimos anos, as empresas petrolíferas indianas terão perdido para as chinesas contratos de exploração petrolífera em diversos países produtores, avaliados em perto de 10 mil milhões de dólares, mas o governante afirma ter tirado as necessárias ilações. "Perdemos porque a nossa oferta não era suficientemente boa. E aprendemos com esta situação", afirma o ministro da Índia, país que é o terceiro maior consumidor mundial de petróleo.
O prazo para entrega de propostas para a nova ronda de licitação de blocos petrolíferos em Angola foi inicialmente definido para 13 de Março, mas no início do mês as autoridades angolanas resolveram adiá-lo "sine die" A concurso estarão blocos terrestres em Cabinda (Bloco Centro) e Kwanza (KON11 e KON12) e ainda um de águas rasas (Bloco 9).


A concessionária estatal Sonangol receberá também propostas para três blocos de águas profundas (19, 20 e 21) e outros tantos de águas ultra-profundas (46, 47 e 48). A produção petrolífera interna da Índia está em curva descendente, cerca de 30 anos depois do início da extracção nos principais blocos, e a procura tem vindo a crescer continuamente, levando o país a tentar assegurar fornecimento em países como a Nigéria, Sudão e o Cazaquistão.


As estimativas internas indicam que o consumo deverá crescer perto de 62 por cento nos próximos cinco anos, para o equivalente a 4,8 milhões de barris diários. Em Novembro, a Índia organizou uma conferência com países africanos sobre petróleo, em que o governo se manifestou disponível para apoiar a construção de refinarias e oleodutos, tal como a China tem vindo a fazer (Fonte: Jornal de Angola).

Avaria das refinarias no Senegal motiva crise de gasolina em Guiné-Bissau

Uma avaria técnica nas refinarias do Senegal está a provocar crise de gasolina na Guiné-Bissau, onde este produto é vendido entre quatro a cinco mil francos CFA (7,6 euros) o litro no mercado negro. Habitualmente, o preço de um litro da gasolina ronda os 700 francos CFA (cerca de um euro), mas há mais de um mês que as bombas na capital guineense deixaram de vender este combustível.

Segundo Filomeno Cabral, do comité de seguimento dos preços dos hidrocarbonetos, a situação está longe de ser ultrapassada porque, frisou, mesmo o Senegal não sabe quando deverá ter as refinarias em plena actividade. Grande parte do combustível e lubrificantes que são comercializados na Guiné-Bissau são provenientes do Senegal e transportados em camiões cisternas. Filomeno Cabral explicou que o Senegal parou as vendas para a Guiné-Bissau sob o pretexto de que poderá correr o risco de ter uma ruptura no "stock". O problema agravou-se na medida em que não existe capacidade de armazenamento de grandes quantidades de gasolina na Guiné-Bissau, já que o país não dispõe de depósitos em condições, disse Filomeno Cabral, sublinhando que se houvesse condições de armazenamento, o combustível podia vir de barco.

Fonte da associação dos empresários importadores de carburantes disse à imprensa que existe combustível em Bissau "embora em pouca quantidade" mas que não está a ser vendido com receio de que a situação se prolongue nas refinarias do Senegal (Fonte: Angola Press, 2008-04-01).