sábado, 8 de setembro de 2007

Plano de Negócios 2008-2012 da Petrobras

- Investimentos de US$ 112,4 bilhões até 2012 e média anual de US$ 22,5 bilhões
- Produção total de petróleo e gás (Brasil e exterior) 3.494.000 barris/dia em 2012
- Geração própria de caixa, livre de dividendos, de US$ 104,4 bilhões
- Investimentos em exploração aumentam 32%
- Biocombustíveis receberão US$ 1, 5 bilhão

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o Plano Estratégico 2020 e o Plano de Negócios 2008-2012, que mantém as metas agressivas de crescimento da Companhia e reforça os desafios nos mercados de gás natural e biocombustíveis.

O Plano Estratégico 2020, que estabelece a missão, a visão, as estratégias e objetivos corporativos da companhia para o futuro ampliou a visão da Petrobras de uma empresa líder na América Latina para uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo. O Plano mantém a estratégia de expandir a atuação nos mercados de petróleo, derivados, petroquímico, gás, energia, biocombustíveis e distribuição com rentabilidade, responsabilidade social e ambiental e crescimento integrado.

O Plano destaca também a atuação com excelência operacional, em gestão, recursos humanos e tecnologia de acordo com as seguintes estratégias:
• Exploração e Produção: crescer produção e reservas de petróleo e gás, de forma sustentável, e ser reconhecida pela excelência na atuação em E&P;
• Downstream e distribuição: expandir, no Brasil e exterior, a atuação integrada em refino, comercialização, logística e distribuição com foco na Bacia do Atlântico;
• Petroquímica: ampliar a atuação em petroquímica no Brasil e na América do Sul , de forma integrada com os demais negócios do Sistema Petrobras;
• Gás e Energia: desenvolver e liderar o mercado brasileiro de gás natural e atuar de forma integrada nos mercados de gás e energia elétrica com foco na América do Sul;
• Biocombustíveis: atuar, globalmente, na comercialização e logística de biocombustíveis, liderando a produção nacional de biodiesel e ampliando a participação no negócio de etanol.

O novo Plano apresenta novos desafios de gestão, que incluem:

• Disciplina de Capital: Busca de maior eficiência na implantação de projetos (prazos e custos); Gestão de Estoques; Redução de Custos Operacionais e Administrativos e Gestão de Portfólio;
• Recursos Humanos: ser referência internacional, no segmento de energia, em gestão de pessoas, tendo seus empregados como seu maior valor;
• Responsabilidade Social: ser referência internacional em responsabilidade social na gestão dos negócios, contribuindo para o desenvolvimento sustentável;
• Mudança Climática: atingir patamares de excelência, na indústria de energia, quanto à redução da intensidade de emissões de gases de efeito estufa nos processos e produtos, contribuindo para a sustentabilidade do negócio e para a mitigação da mudança climática global;
• Tecnologia: ser referência mundial em tecnologias que contribuam para o crescimento sustentável da Companhia nas indústrias de petróleo, de gás natural, petroquímica e de biocombustíveis.

O Plano de Negócios 2008-2012 estabelece as metas de produção de petróleo e gás natural no Brasil: serão 3.058.000 barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2012 e 3.455.000 boed em 2015. No refino, mantendo o equilíbrio entre o crescimento da produção e a capacidade das refinarias no País, a carga fresca processada no Brasil em 2012 será de 2.061.000 barris por dia (bpd), com 90% de participação do petróleo nacional.

As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da Companhia com estimativas de produção de 436.000 boed de óleo e gás em 2012 e processamento de 348.000 bpd nas refinarias no exterior.

A estimativa de produção total da Petrobras (Brasil e exterior) para 2012 foi revisada para 3.494.000 barris diários e a meta para 2015 fixada em 4.153.000 boed.

A integração se estende também à petroquímica, onde a Companhia prevê a ampliação da atuação no Brasil e na América Latina, capturando sinergias com os demais negócios do Sistema Petrobras.

Metas Corporativas

O plano prevê investimentos de US$ 112,4 bilhões, até 2012, representando uma média de US$ 22,5 bilhões por ano, sendo 87% (US$ 97,4 bilhões) no Brasil e 13% (US$ 15,0 bilhões) no exterior. Este montante representa um aumento de 29% em relação ao Plano anterior.

Dos investimentos no Brasil, destaca-se o crescimento nos segmentos de Exploração e Produção (aumento de 32%), Downstream (aumento de 35%) e Petroquímica (aumento de 30%), além da ênfase nos biocombustíveis que receberão US$ 1,5 bilhão.

Na atividade internacional, os investimentos serão aplicados principalmente na área de Exploração e Produção, com foco na América Latina, Oeste da África e Golfo do México.

O crescimento dos investimentos deve-se a: US$ 13,3 bilhões referentes a novos projetos, US$ 10,9 bilhões referentes a aumento de custos devido ao aquecimento do mercado de equipamentos e serviços do setor, US$ 4,2 bilhões em razão da valorização cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos projetos, no modelo de negócio, etc.

Investimentos

Nos investimentos acima estão incluídos US$ 18,2 bilhões a serem aplicados, pelas diferentes áreas, na cadeia brasileira de gás natural, visando desenvolver, liderar e garantir o suprimento confiável de gás natural ao mercado brasileiro. Os parceiros da Petrobras no setor deverão investir US$ 1,0 bilhão adicional no mesmo período.

A revisão do plano incorpora, de forma realista, os aumentos do preço do petróleo no mercado internacional. Este aumento gerou reflexos em toda a cadeia produtiva, principalmente no que concerne aos custos de serviços, manutenção, equipamentos e operações especializadas do setor petrolífero, com impactos nos custos de extração e de refino de todas as empresas do setor. O aquecimento da economia mundial também teve reflexo direto em diversos segmentos industriais que compõem a cadeia de fornecedores de insumos e materiais básicos para a indústria. (GasNet)

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