O vice-primeiro-ministro da Rússia, Aleksandr Zhukov, ratificou hoje ao vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, o interesse do consórcio Gazprom em participar do Gasoduto do Sul, que passará pelo Brasil e outros países da América Latina."Esse 'anel do sul' unirá em uma rede energética Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia", destacou Zhukov durante reunião da Comissão Intergovernamental de Alto Nível russo-venezuelana (Cian), da qual ele e Rodríguez são co-presidentes.O funcionário russo constatou que "o diálogo construtivo entre Rússia e Venezuela vem acompanhado de uma dinâmica positiva na cooperação econômica bilateral, sobretudo no setor energético e de combustíveis", segundo a agência "Interfax".Acrescentou que "companhias russas líderes do setor, como a Gazprom e a Lukoil, já trabalham com sucesso no mercado venezuelano".Rodríguez ressaltou, por sua vez, que a Venezuela deseja ter acesso às tecnologias de ponta russas, e se oferece como "porta de entrada na América Latina", graças a seus laços com países "aliados" como Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai, Nicarágua e Cuba.Zhukov indicou que os projetos prioritários serão estudados na próxima reunião da Cian, em 24 de outubro, em Caracas, o que contribuirá para "encher de conteúdo" o futuro encontro dos presidentes russo, Vladimir Putin, e venezuelano, Hugo Chávez.Acrescentou que a "ativa diplomacia presidencial" é o principal motor da crescente cooperação russo-venezuelana, pois Chávez já visitou a Rússia em cinco ocasiões e ontem mesmo telefonou para Putin para conversar sobre as relações e convidá-lo a viajar à Venezuela.O intercâmbio comercial entre ambos os países aumentou quase sete vezes ao longo dos últimos dois anos, de US$ 77,5 milhões em 2005 para US$ 517 milhões no ano passado, apesar de que, nesta soma, US$ 456,5 milhões correspondem às exportações russas e apenas US$ 60,5 milhões às venezuelanas.Esse aumento se deve antes de tudo à cooperação militar, pois a Venezuela nos últimos anos fechou contratos com a Rússia para comprar, em particular, caças, helicópteros de combate e de transporte, e sistemas aéreos de defesa, além de fuzis automáticos."É hora de passar a um novo modelo de cooperação, mais perfeito, que inclua um aumento de produção industrial, de mercadorias e serviços de indústrias transformadoras e de tecnologias de ponta nas provisões russas e venezuelanas", concluiu Zhukov. (EFE)
sábado, 22 de setembro de 2007
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