A Petrobras aumentará sua produção de petróleo no Brasil em 8% este ano, afirmou nesta terça-feira o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. O executivo afirmou ainda que o cenário petroleiro a médio prazo aponta para um preço internacional do petróleo entre US$ 55 e US$ 65 por barril. "Será um ano importante no aumento da produção", disse Gabrielli durante um encontro com correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro. Esse aumento se baseia em "fatos concretos", e não apenas nas previsões corporativas antecipadas no plano da empresa, afirmou. Os investimentos em andamento, no valor de R$ 55 bilhões, terão um grande impacto na produção, com diversas plataformas marinhas em fase final de construção ou de instalação, e que deveriam ter entrado em operações em 2006, e o farão em 2007, explicou Gabrielli. A empresa também está intensificando seus investimentos em prospecção e em capacidade de refino, acrescentou. Segundo as demonstrações financeiras consolidadas, publicadas na semana passada, a companhia produziu 1,778 milhão de barris de petróleo, líquido de gás natural (LNG) e condensado por dia em 2006, no Brasil, com um aumento de 5,6% em relação a 2005. A este volume se somam o equivalente a 277 mil barris por dia de gás natural no Brasil, e outros 243 mil barris diários de petróleo e gás no exterior. Gabrielli observou que o mercado mundial tende a crescer entre 1,6% e 1,8% anualmente, nos próximos cinco ou seis anos, e que a demanda também deve aumentar no mesmo ritmo. Esse cenário prevê a continuidade do crescimento acelerado das economias de China, Japão e União Européia, e a estabilidade da taxa de câmbio dólar/euro. "Não temos por que esperar nenhuma força de mercado que altere substancialmente os preços atuais, que devem estar entre US$ 55 e US$ 65 por barril", assinalou Gabrielli. No entanto, reconheceu que fatores geopolíticos passarão a ter maior influência na volatilidade dos preços. Nesse cenário, serão fundamentais os níveis de reservas disponíveis no mercado, para adequar-se às oscilações de preços e à capacidade de acelerar a produção no curto prazo. O negócio petroleiro, caracterizado por projetos de longo prazo, está submetido a variações de preços de curtíssimo prazo, observou. As metas da Petrobras, estabelecidas em seu plano de negócios até 2011, prevêem a entrada em operação de 15 grandes projetos de produção de petróleo e 10 de gás natural, de modo que, para esse ano, a empresa alcançará uma produção de hidrocarbonetos equivalente a 2,925 milhões de bpd. Em 2007, entrarão em operação na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, quatro plataformas que somarão 590 mil bpd à capacidade instalada nesta área, de onde saem 80% dos hidrocarbonetos produzidos no Brasil. Gabrielli também explicou que, durante o ano de 2007, continuará a expansão de projetos de gás natural para agregar à produção nacional 24 milhões de metros cúbicos a partir de 2008, e também será concluída a construção de 4,6 mil km de gasodutos, que começarão a operar no ano que vem. (Invertia)
quinta-feira, 15 de março de 2007
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