Depois da compra do Grupo Ipiranga pelo consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra, o setor petroquímico brasileiro deverá ter, em um futuro relativamente próximo, novas negociações de grande porte. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse ontem que o desenho societário do processo de reorganização do setor no Sudeste deverá ser concluído no prazo de seis meses a um ano.Costa disse, após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, que a estatal já manteve contatos para discutir a consolidação com as principais empresas do setor na região Sudeste, como a Suzano Petroquímica e a Unipar.'Já mantivemos os primeiros contatos com essas empresas, de modo a olhar não só o que existe hoje de ativos, mas também outro ativo muito importante, que vai agregar valor ao Sudeste, que é o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)', acrescentou.Costa lembrou que a Petrobrás tem como sócios no complexo o Grupo Ultra e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e reafirmou que haverá outros parceiros no projeto.Indagado se a Suzano Petroquímica e a Unipar poderiam ser sócias no Comperj, Costa respondeu afirmativamente. 'Podemos ter a Suzano e a Unipar, como podemos ter vários outros sócios, nacionais ou estrangeiros', disse.Costa não informou, contudo, como poderá ser o desenho acionário do setor no Sudeste após o processo de reorganização. 'Não há um desenho final de como vai ser. Estamos iniciando as discussões e é muito preliminar dizer qual será a participação de cada grupo', destacou. Segundo o diretor da Petrobras, no prazo de seis meses a um ano já será possível dizer quais serão os acionistas e suas respectivas participações.Equilíbrio De acordo com o executivo, a reorganização do setor petroquímico no Sudeste vai proporcionar o 'equilíbrio' entre os pólos do Nordeste e do Sul em relação ao da região. Costa negou que possa haver estatização do setor petroquímico, mas reforçou que a Petrobras quer ter papel ativo, deixando de ser apenas fornecedora de matéria-prima para ter uma participação maior na cadeia do setor.O executivo afirmou que é preciso fortalecer a indústria petroquímica brasileira em termos de gestão e de investimentos e chegou a afirmar que, se não houver empresas fortes, 'o setor não vai sobreviver', tendo em vista a competição com empresas estrangeiras. (Folha de São Paulo)
sábado, 31 de março de 2007
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