O governo de Cabo Verde vai alienar a participação na empresa de combustíveis ENACOL, com o lançamento, hoje, de uma Oferta Pública de Venda (OPV) de 28,5 por cento das acções da empresa. Parte da ENACOL é detida pela empresa portuguesa Petrogal. A cerimónia de lançamento da OPV foi presidida pelo ministro da Economia, Crescimento e Competitividade de Cabo Verde, José Brito, que disse que o governo pretende conseguir, com esta operação, um encaixe financeiro na ordem de 1 milhão e 200 mil contos cabo- verdianos (cerca de 11 milhões de euros). O Estado vai manter o "Golden Share", um instrumento que lhe permitirá ter a última palavra em matérias importantes da vida da empresa e sempre que o interesse público esteja em jogo, uma vez que se trata de um sector estratégico, salientou. Além dos resultados financeiros, outro objectivo, segundo o ministro, é a necessidade de colocar esse património sob o controlo de empresários e cidadãos nacionais. "Aconselho todos os cabo-verdianos a participarem no mercado, a unirem-se na compra de acções e tornarem-se participantes activos na economia. Este é o único meio para tomarmos o controlo e construirmos o futuro que todos almejamos para nós e para as gerações futuras", defendeu José Brito. O governante afirmou acreditar que a venda da participação do Estado na ENACOL terá como resultados o aumento da competitividade da empresa e a criação de condições para melhorar o funcionamento de um sector prioritário para o país, com benefícios directos para os cidadãos. O presidente do Conselho de Administração da empresa, Carlos Ferreira, considerou como sendo um bom investimento a compra de acções, pela solidez da empresa e pelos ambiciosos planos traçados para o futuro, que passam pela liderança do mercado cabo-verdiano e pela internacionalização. Os interessados poderão emitir as suas ordens de compra aos respectivos bancos comerciais entre os dias 26 de Março e 20 de Abril. O resultado será apurado a 23 de Abril, passando a ENACOL a ser cotada na Bolsa de Valores a partir do dia 25 desse mesmo mês. Com o fim deste OPV chegar-se-á ao fim da terceira e última fase da privatização da ENACOL, uma operação que deve render ao Estado de Cabo Verde cerca de 1,2 milhões de contos. Neste momento, além das acções do Estado, a portuguesa Petrogal e a Sonangol (empresa angolana) detêm juntos 65por cento do capital social da ENACOL. (Notícias Lusófonas)
terça-feira, 20 de março de 2007
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