O mapa do petróleo está mudando nos últimos meses, isso porque, com a entrada de Angola na Opep e, claro, a saída dela da conta dos não-Opep, isso significou uma queda da participação do grupo não-Opep no fornecimento de petróleo mundial. A queda foi de 51,48 milhões de barris/dia para 50,54 milhões de barris/dia. Na participação no mercado, os não-Opep caíram de 60,3% para 59,1%. Alguns analistas de petróleo acreditam que esses números também sinalizam que a produção dos países não-Opep não vem crescendo como se esperava, independentemente da saída de Angola do grupo.
Adriano Pires, do CBIE, acredita que, apesar de essa saída de Angola não significar tanto assim no que diz respeito à produção, ela faz diferença, sim, quando se trata de reservas de petróleo. Antes de Angola ter ido para o outro lado, os países integrantes da Opep respondiam por pouco mais de 75% das reservas mundiais; agora são 80%. Isso é um sinal claro de que, no futuro, caso não haja nenhuma surpresa, o mundo estará muito mais dependente das decisões do cartel do petróleo, como era antes dos choques do fim dos anos 70.
- No Mar do Norte, o petróleo está acabando; agora o Equador, que é também um grande produtor, está pensando em passar a fazer parte da Opep. O contra-peso é a Rússia, que não faz parte da Opep e hoje segunda maior exportadora de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita, e dona de grandes reservas de gás e de petróleo - diz Adriano.
Atualmente com pouco mais de 40% do mercado internacional de petróleo, a Opep não tem o poder que já teve há algumas décadas, mas, ainda assim, o cartel tem uma força enorme na hora de formação dos preços. (Míriam Leitão - O Globo)
Adriano Pires, do CBIE, acredita que, apesar de essa saída de Angola não significar tanto assim no que diz respeito à produção, ela faz diferença, sim, quando se trata de reservas de petróleo. Antes de Angola ter ido para o outro lado, os países integrantes da Opep respondiam por pouco mais de 75% das reservas mundiais; agora são 80%. Isso é um sinal claro de que, no futuro, caso não haja nenhuma surpresa, o mundo estará muito mais dependente das decisões do cartel do petróleo, como era antes dos choques do fim dos anos 70.
- No Mar do Norte, o petróleo está acabando; agora o Equador, que é também um grande produtor, está pensando em passar a fazer parte da Opep. O contra-peso é a Rússia, que não faz parte da Opep e hoje segunda maior exportadora de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita, e dona de grandes reservas de gás e de petróleo - diz Adriano.
Atualmente com pouco mais de 40% do mercado internacional de petróleo, a Opep não tem o poder que já teve há algumas décadas, mas, ainda assim, o cartel tem uma força enorme na hora de formação dos preços. (Míriam Leitão - O Globo)
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