O empresário português Américo Amorim considera que o futuro Galp Energia deve passar pela parceria entre os accionistas portugueses e a empresa angolana Sonangol, caso a italiana ENI decida sair.
O homem mais rico de Portugal, em entrevista, na sexta-feira, à agência Reuters, disse que o responsável máximo da ENI, Paolo Scaroni, já lhe disse, “várias vezes, que, não tendo a possibilidade de controlar a Galp, prefere sair”.
Américo Amorim, que já mostrara a disponibilidade em adquirir a posição de um terço do que a ENI tem na Galp, lembrou que o acordo entre a Amorim Energia, o Estado português e a empresa italiana é válido até 2014, mas frisou: “é óbvio que pode-nos convir alterá-lo e antecipá-lo”.
Embora não tenha feito referência directa à possível compra da posição da ENI, afirmou que “tudo é negociável “ e que “até 2014 são muitos anos para que nada aconteça”, lembrando que na Galp o” estado natural de desenvolvimento está feito”. O responsável máximo da ENI afirmou, no final de Outubro, que a empresa italiana está receptiva a ofertas em relação à posição que tem na Galp. “A Galp tem uma referência portuguesa, há uma relação fantástica com a Sonangol e Angola, e o Estado português também está no negócio. Acho que estamos no caminho que devemos prosseguir”, referiu o empresário. “Sempre disse que não estou disponível para abandonar o projecto Galp. Primeiro, tenho o Estado português e aquilo que subscrevi com ele. Segundo, sou português. Terceiro, tenho uma empresa responsável que é a Sonangol”, afirmou. Quanto ao possível aumento de capital da empresa para financiar a expansão, Amorim disse: “tenho uma abertura total, vivo tranquilo. Desde que estou na Galp nunca tive qualquer impedimento em relação a nenhuma solução e não quero manifestar, de uma forma ou de outra, a minha opinião”, concluiu (Fonte: Jornal de Angola, 2009-03).
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