O poço Azulão-1 pode elevar em mais oito bilhões de barris de petróleo as reservas encontradas no pré-sal. Essa é a estimativa de volume que pode ser recuperado nessa unidade de produção que foi descoberta em janeiro deste ano pela americana ExxonMobil, que detém 40% de participação na sociedade responsável pela exploração. A Hess Corporation tem outros 40% e a Petrobras os 20% restantes. O poço está localizado no Bloco BM-S-22 na Bacia de Santos, próximo a Tupi, que possui volume de oito bilhões de barris e de Júpiter, que possui cerca de um bilhão.
Se confirmado esse volume, a região vai precisar de US$ 500 bilhões em investimentos nas próximas décadas para a construção de oleodutos, plataformas de produção, usinas de processamento de gás e outras obras de infraestrutura, estima Rex Tillerson, da ExxonMobil.
Segundo disse Luiz Lemos, um dos sócios do escritório de advocacia brasileiro TozziniFreire Advogados, que representa empresas de combustíveis estrangeiras com projetos no país, a magnitude da descoberta vai intensificar o interesse de produtoras norte-americanas, europeias e chinesas pela região ao largo da costa do Brasil, em meio à oferta decrescente de bacias inexploradas de petróleo fora do Golfo Pérsico e da Rússia. Dentre os clientes de seu escritório estão as norte-americanas ExxonMobil, Devon Energy e a norueguesa Statoil.
A Petrobras manteve sua política de não comentar os volumes de petróleo que ainda não estão confirmados e preferiu não se manifestar sobre o assunto. A posição da ExxonMobil é semelhante. Segundo Patrick McGinn, porta-voz da empresa em Houston (EUA), ainda não há idéia do tamanho da reserva encontrada, para ele, qualquer especulação é prematura enquanto não estiver feito todo o trabalho de avaliação.
Descoberta
Na sexta-feira, a Petrobras comunicou uma nova descoberta de gás na Bacia de Santos à Agência Nacional do Petróleo (ANP). De acordo com a empresa, as acumulações de gás estão localizadas no bloco BM-S-53, localizado próximo ao campo de Mexilhão, que começa a operar no ano que vem. Porém, a estatal não informou se a descoberta foi abaixo da camada de sal, mas os dados informados à ANP indicam profundidade de 4.574 metros. O poço onde encontrou o gás foi perfurado pela sonda Pride México, da Pride. O bloco está sob concessão total da Petrobras, sem a participação de nenhum sócio. Ele foi adquirido em 2002 (Fonte: DCI, 2009-03-16).
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