A Oilmoz vai construir uma refinaria na província de Maputo com capacidade para processar 350 mil barris de petróleo por dia quando ficar pronta em 2013 com um investimento de 8 mil milhões de dólares, afirmou quinta-feira em Maputo o presidente da empresa.
A Oilmoz, fundada por Leonardo Simão, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, dará emprego a 15 mil pessoas durante a construção da refinaria e a 2000 quando estiver a funcionar em pleno, adiantou Fausto Cruz, presidente executivo da empresa, no decurso de uma apresentação do projecto realizada na capital Maputo.
Esta refinaria será a primeira a ser construída em Moçambique desde que a única outra existente fechou há 24 anos, deixando o país totalmente depende de importações de combustíveis.
Fausto Cruz anunciou ainda estarem em curso e numa fase bastante adiantada negociações com um consórcio bancário com vista ao financiamento, ao mesmo tempo que estão em curso estudos de viabilidade técnico-ambiental para a instalação da refinaria.
Além da refinaria propriamente dita, a projecto integra a construção de outras infra-estruturas, como uma fábrica de petroquímicos, central termoeléctrica de 500 megawatts, estação de tratamento de lixo e de resíduos, um “tank farm” (parque de tanques) para armazenamento de petróleo em rama e combustíveis refinados, um terminal portuário em "off-shore" e casas para funcionários.
A Shell Global Solutions será responsável pelo aconselhamento técnico, estudo de viabilidade económica e concepção do projecto e posteriormente pelo fornecimento de petróleo em rama e manter-se-á como parceiro técnico por um período de 30 a 40 anos, segundo afirmou Robert Trout, director da empresa para serviços a terceiros.
O projecto é integralmente de capitais moçambicanos, tendo como accionistas a Petromoc, Leonardo Simão, que é também director-executivo da Fundação Joaquim Chissano, ex-Presidente moçambicano, e Fausto Cruz.
No ano passado, a Ayr-Petro-Nacala, da norte-americana Ayr Logistics, anunciou também a construção de uma refinaria na cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique (Fonte: Macauhub, 2009-02-06).
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