sábado, 7 de fevereiro de 2009

Brasil deverá exportar derivados dentro de uma década


O Brasil deverá atingir a condição de exportador líquido de petróleo e derivados na próxima década, informou a Empresa de Pesquisas Energética (EPE) no seu Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017), planejamento decenal para a expansão energética brasileira realizado anualmente pelo órgão.

Segundo a EPE, esse cenário deverá ocorrer em função do desenvolvimento da produção em campos já descobertos e dos investimentos no parque de refino. A instituição disse ainda que a produção de petróleo deverá aumentar significativamente no período, saindo dos atuais 1,85 milhão de barris por dia (bpd) em 2008 para uma produção acima de 3 milhões de bpd em 2017, mantendo a auto-suficiência na relação entre produção e consumo, condição conquistada em 2007.

Além da construção da Refinaria Abreu e Lima e do Comperj, que elevarão a capacidade de produção de derivados de petróleo para 2,375 milhões de bpd a partir de 2013, foram estudadas alternativas de expansão adicional do parque de refino, com a inclusão de uma ou duas novas refinarias.

No caso da implementação de uma refinaria de 600 mil bpd, atende-se plenamente o crescimento da demanda nacional de derivados, ocorrendo até uma pequena exportação líquida de derivados da ordem de 87 mil bpd em 2016 - não ocorrendo este excedente em 2017. Se forem construídas duas novas refinarias, num total de 900 mil bpd, o país teria capacidade de exportar cerca de 300 mil bpd em derivados de petróleo.

Na área de gás natural, projeta-se até 2017 uma ampliação e oferta e da participação deste energético no país, devido ao incremento da produção interna. Além disso, considera-se a perspectiva de novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) além dos dois terminais do Rio de Janeiro e do Ceará que iniciam sua operação em 2009. Prevê-se também que a importação de gás importado da Bolívia permanecerá estável nos níveis atuais.

A oferta total de gás nacional alcançará o patamar de 100 milhões de m3/dia em 2017, que acrescidos ao gás boliviano importado e à futura capacidade de importação de 35 milhões de m3/dia via GNL, ampliarão a capacidade de oferta para 165 milhões de m3/dia em 2017 (Fonte: Gazeta Mercantil / InvestNews, 2009-02-06).

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