A Petrobras registrou lucro recorde de R$ 25,9 bilhões ao longo de 2006, com alta de 9% em relação ao ano anterior. O resultado é o maior já obtido por uma empresa brasileira e representa um ganho de R$ 5,94 por ação, contra R$ 5,34 no ano anterior. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Barbassa, o lucro é atribuído ao aumento do preço de realização do petróleo, que subiu 21% na comparação anual, e ao volume total vendido no Brasil, que ficou 3% maior.
As vendas totais da empresa, incluindo suas operações no exterior, subiram 19% em função da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de ativos da Shell no Paraguai, Uruguai e Colômbia. Já a produção da estatal aumentou cerca de 6% no Brasil na comparação entre um ano e outro. Mas, quando considerada a área internacional, esta alta é de apenas 4%. - A nossa produção só não foi maior em função da renegociação de contratos na Venezuela e de negociações salariais na Argentina, que acabaram paralisando a produção - explicou.
Perdas na Venezuela com novos contratos
Os novos contratos da Venezuela fizeram com que a participação da empresa em seus negócios no país, por meio da Petrobras Energia, baixasse de 100% para 40%.- Perdemos receita porque perdemos produção e isso teve um grande efeito no ano. Com a mudança, tivemos um impacto de R$ 380 milhões no lucro bruto do país, que ficou em R$ 94 milhões, contra R$ 164 milhões em 2005 - explicou. Perdas na Bolívia Apenas na Bolívia, o lucro líquido da Petrobras recuou de R$ 250 milhões em 2005 para R$ 57 milhões no ano passado. O aumento dos impostos
promovido por Evo Morales representou um gasto adicional de R$ 210 milhões para a empresa brasileira.
Além disso, havia um contrato de hedge com a empresa boliviana Andina que, em 2005, havia permitido que a Petrobras provisionasse um ganho de R$ 400 milhões em 2005. Com o cancelamento do contrato no ano passado, a empresa teve que computar uma perda de R$ 170 milhões em 2006. Prejuízo da área de gás e reajuste à vista
O prejuízo líquido da Petrobras na área de Gás e Energia em 2006 duplicou na comparação com o ano anterior. No ano passado, a empresa teve perdas de R$ 1,188 bilhão com as atividades no segmento, contra um impacto negativo de R$ 520,345 milhões em 2005.
A ampliação do prejuízo foi registrada mesmo com a compra de térmicas no Brasil. Em função de contratos firmados no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Petrobras, antes das aquisições, tinha que remunerar essas empresas ainda que elas não produzissem sequer um megawatt de energia. Ainda assim, a área de Gás e Energia contribuiu com R$ 990 milhões para o lucro operacional da Petrobras no ano passado, de R$ 42,237 bilhões. De acordo com Barbassa, houve aumento do consumo de gás natural veicular e de gás industrial. Segundo ele, o preço do gás natural no Brasil terá que ser reajustado. - O gás ainda está muito atrativo, o que vai levar a um ajustamento do preço no momento oportuno. Por isso, houve um crescimento tão grande tanto no segmento de GNV (Gás Natural Veicular) quanto no de gás industrial - disse. Crescimento do lucro em dólares Segundo nota divulgada pela empresa, o resultado representou o maior crescimento de lucro em dólares entre as grandes operadoras do setor, que também registraram resultados recordes impulsionadas pela alta do preço do petróleo. A americana Exxon, maior petroleira do mundo com ações em bolsa, teve lucro recorde em 2006 de US$ 39,5 bilhões , três vezes maior do que o da estatal brasileira. Outra gigante, a Shell lucrou US$ 25,36 bilhões .
Resultado trimestral decepcionante
No quarto trimestre do ano a estatal teve lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, com queda de 35,8% na comparação com os últimos três meses de 2005, quando o ganho foi de R$ 8,1 bilhões. A redução foi atribuída ao aumento dos custos do estoque do petróleo, de acordo com o diretor Financeiro e de Relações com investidores da empresa, Almir Barbassa. - Compramos o produto a um determinado custo no terceiro trimestre do ano, que só foi usado no quarto trimestre, quando o preço já havia baixado (com a redução das cotações do petróleo no mercado internacional). Em função desta queda, nosso preço de exportação foi inferior ao cobrado no terceiro trimestre. Além disso, tivemoso impacto do dissídio coletivo, que foi dado em setembro, mas que acaba onerando o quarto trimestre - explicou. O custo de extração da Petrobras, considerando as participações governamentais, subiu 20% entre 2005 e 2006. De acordo com Barbassa, a Petrobras irá distribuir dividendos da ordem de R$ 7,9 bilhões relativos ao ano de 2006 a seus acionistas. Petrobras teve lucro recorde de R$ 25,9 bilhões em 2006 . (O Globo Online)
As vendas totais da empresa, incluindo suas operações no exterior, subiram 19% em função da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de ativos da Shell no Paraguai, Uruguai e Colômbia. Já a produção da estatal aumentou cerca de 6% no Brasil na comparação entre um ano e outro. Mas, quando considerada a área internacional, esta alta é de apenas 4%. - A nossa produção só não foi maior em função da renegociação de contratos na Venezuela e de negociações salariais na Argentina, que acabaram paralisando a produção - explicou.
Perdas na Venezuela com novos contratos
Os novos contratos da Venezuela fizeram com que a participação da empresa em seus negócios no país, por meio da Petrobras Energia, baixasse de 100% para 40%.- Perdemos receita porque perdemos produção e isso teve um grande efeito no ano. Com a mudança, tivemos um impacto de R$ 380 milhões no lucro bruto do país, que ficou em R$ 94 milhões, contra R$ 164 milhões em 2005 - explicou. Perdas na Bolívia Apenas na Bolívia, o lucro líquido da Petrobras recuou de R$ 250 milhões em 2005 para R$ 57 milhões no ano passado. O aumento dos impostos
promovido por Evo Morales representou um gasto adicional de R$ 210 milhões para a empresa brasileira.
Além disso, havia um contrato de hedge com a empresa boliviana Andina que, em 2005, havia permitido que a Petrobras provisionasse um ganho de R$ 400 milhões em 2005. Com o cancelamento do contrato no ano passado, a empresa teve que computar uma perda de R$ 170 milhões em 2006. Prejuízo da área de gás e reajuste à vista
O prejuízo líquido da Petrobras na área de Gás e Energia em 2006 duplicou na comparação com o ano anterior. No ano passado, a empresa teve perdas de R$ 1,188 bilhão com as atividades no segmento, contra um impacto negativo de R$ 520,345 milhões em 2005.
A ampliação do prejuízo foi registrada mesmo com a compra de térmicas no Brasil. Em função de contratos firmados no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Petrobras, antes das aquisições, tinha que remunerar essas empresas ainda que elas não produzissem sequer um megawatt de energia. Ainda assim, a área de Gás e Energia contribuiu com R$ 990 milhões para o lucro operacional da Petrobras no ano passado, de R$ 42,237 bilhões. De acordo com Barbassa, houve aumento do consumo de gás natural veicular e de gás industrial. Segundo ele, o preço do gás natural no Brasil terá que ser reajustado. - O gás ainda está muito atrativo, o que vai levar a um ajustamento do preço no momento oportuno. Por isso, houve um crescimento tão grande tanto no segmento de GNV (Gás Natural Veicular) quanto no de gás industrial - disse. Crescimento do lucro em dólares Segundo nota divulgada pela empresa, o resultado representou o maior crescimento de lucro em dólares entre as grandes operadoras do setor, que também registraram resultados recordes impulsionadas pela alta do preço do petróleo. A americana Exxon, maior petroleira do mundo com ações em bolsa, teve lucro recorde em 2006 de US$ 39,5 bilhões , três vezes maior do que o da estatal brasileira. Outra gigante, a Shell lucrou US$ 25,36 bilhões .
Resultado trimestral decepcionante
No quarto trimestre do ano a estatal teve lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, com queda de 35,8% na comparação com os últimos três meses de 2005, quando o ganho foi de R$ 8,1 bilhões. A redução foi atribuída ao aumento dos custos do estoque do petróleo, de acordo com o diretor Financeiro e de Relações com investidores da empresa, Almir Barbassa. - Compramos o produto a um determinado custo no terceiro trimestre do ano, que só foi usado no quarto trimestre, quando o preço já havia baixado (com a redução das cotações do petróleo no mercado internacional). Em função desta queda, nosso preço de exportação foi inferior ao cobrado no terceiro trimestre. Além disso, tivemoso impacto do dissídio coletivo, que foi dado em setembro, mas que acaba onerando o quarto trimestre - explicou. O custo de extração da Petrobras, considerando as participações governamentais, subiu 20% entre 2005 e 2006. De acordo com Barbassa, a Petrobras irá distribuir dividendos da ordem de R$ 7,9 bilhões relativos ao ano de 2006 a seus acionistas. Petrobras teve lucro recorde de R$ 25,9 bilhões em 2006 . (O Globo Online)
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