A Petrobras prevê iniciar neste ano a operação de oito grandes projetos de produção de petróleo e gás no Brasil. Pela primeira vez em sua história, a estatal possui um elevado número de projetos com início de operação em apenas um ano. "Nenhuma empresa petrolífera no mundo está com tantos projetos em um período tão curto", disse o diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, ao "Valor Online". A concentração de projetos, fruto de um grande investimento para sustentar a auto-suficiência de petróleo nos próximos anos, também resulta de atrasos na entrada em operação de plataformas que impediram a empresa a atingir a meta de produção em 2006. Com a entrada da operação das plataformas, a meta de produção diária da estatal para 2007 foi fixada em 1,919 milhão de barris, acima da obtida em 2006, de 1,777 milhão de barris. A produção do ano passado ficou abaixo da meta de 1,88 milhão de barris diários devido, segundo Estrella, ao aquecimento do setor petrolífero no mundo. "Há um contexto mundial absolutamente congestionado de obras e de fornecimento de equipamentos." Estrella, entretanto, afirma que a Petrobras está estruturada para colocar em produção os projetos programados. Em janeiro começaram a operar as plataformas de Manati, na Bahia, com uma capacidade de 6 milhões de metros cúbicos de gás, e o navio-plataforma Cidade do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, com capacidade de 100 mil barris de petróleo diários. No primeiro semestre está prevista a entrada da produção da plataforma de Piranema, na Bacia de Sergipe, com capacidade de 20 mil barris diários de óleo leve. Ainda no primeiro semestre, a Petrobras planeja iniciar a produção de 100 mil barris/dia no navio-plataforma Cidade de Vitória, no campo de Golfinho, na Bacia do Espírito Santo. Além disso, deverá ser instalada na Bacia de Campos a plataforma de rebombeio PRA-1. Até o início do segundo semestre, está programada o início da operação dos maiores projetos do ano, as plataformas P-52 e P-54, que deverão produzir 180 mil barris diários, cada, no campo de Roncador, na Bacia de Campos. Para dar apoio a essas duas plataformas será instalada o navio-plataforma Cidade de Macaé, que pode armazenar 2,2 milhões de barris. A produção ainda será reforçada pela produção plena da P-34, de 60 mil barris/dia, e da plataforma Capixaba, de 100 mil barris diários. Segundo o diretor da companhia, a produção média diária deve atingir 2 milhões de barris em setembro e fechar o mês de dezembro com 2,03 milhões de barris. O investimento de exploração e produção da estatal previsto para este ano é 45% superior ao de 2006, no montante de R$ 26 bilhões. A área vai abocanhar a maior parte do orçamento (47%) da Petrobras. Estrella explica que o aumento dos recursos deve-se não somente às novas plataformas, mas ao investimento de US$ 1 bilhão em exploração, à alta de 50% nos custos de equipamentos e serviços e ao plano de crescimento da produção de gás, o Plangás. Somente o Plangás, cujas áreas devem começar a produzir em 2008, tem um investimento previsto de US$ 9 bilhões até 2010, quando a produção de gás da Petrobras deve chegar a cerca de 70 milhões de metros cúbicos/dia. (Gás Brasil)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário