A petroleira espanhola Repsol YPF quer exportar seu conceito de reservas de petróleo do pré-sal brasileiro para o Gabão, o Congo, a República do Congo e Angola, afirmou Nemesio Fernandez-Costa, vice-presidente da companhia para exploração e produção, em apresentação feita no Peru e publicada no website do órgão regulador do mercado de ações espanhol.
Várias das maiores descobertas mundiais de petróleo e gás nos últimos anos têm sido feitas na região do pré-sal do litoral do Brasil, onde a Repsol possui uma área significativa. Essas reservas ficam sob uma espessa camada de sal, abaixo do fundo do mar.
"Nós testamos o nosso modelo para pré-sal no Brasil e tivemos bons resultados. Portanto é um conceito que vale a pena ser mais explorado", afirmou um porta-voz da Repsol. A companhia afirmou na apresentação que já possui vários blocos em áreas africanas interessantes, como Serra Leoa, Libéria e Guiné Equatorial, e disse que está em busca de oportunidades no Gabão e em Angola.
Outras companhias de petróleo - entre elas Chevron e Cobalt International Energy - também têm mostrado interesse no potencial do pré-sal africano, especialmente em Angola. No ano passado, a estatal angolana de petróleo, Sonangol, afirmou que planeja perfurar um ou dois poços na área do pré-sal do país até 2012 e espera que ali existam grandes reservas de petróleo e gás.
A Repsol mencionou também Indonésia e Rússia como áreas de interesse. A companhia espanhola já possui fatias em três blocos na Indonésia e participações em outros dois ainda esperam aprovação do governo. Na Rússia, a companhia disse que está "identificando oportunidades".
Atualmente, as reservas de petróleo da Repsol sem contar as da unidade argentina YPF estão declinando, mas a companhia acredita que essa tendência se reverta quando algumas de suas recentes descobertas no Brasil chegarem a um estágio mais avançado de desenvolvimento.
Na apresentação, a Repsol afirmou que suas reservas provadas eram de 1,042 milhão de barris de óleo equivalente no fim do segundo trimestre deste ano. O volume é menor do que o de 1,6 milhão de barris de óleo equivalente existente no fim do ano passado. Além disso, a companhia tem cerca de 1,1 milhão de barris de óleo equivalente nas reservas da YPF. (Fonte: Estadão, 2010-09-09).
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