O banco JP Morgan foi escolhido pelo futuro banco central do Timor Leste como responsável pela custódia dos ativos do fundo petrolífero timorense, avaliado em US$ 2,9 bilhões.
A Autoridade Bancária e de Pagamentos do Timor Leste (ABP) é responsável pela gestão operacional do fundo petrolífero.
O acordo de custódia global com a filial australiana do JP Morgan surge na seqüência de um leilão internacional e é qualificado, em comunicado timorense, como "um importante passo à frente na gestão operacional" do fundo petrolífero.
À entidade de custódia caberá receber e organizar as instruções de gestores de recursos do fundo e avaliar seu desempenho. Segundo a ABP, este é "um passo necessário para implementar a intenção do governo de alargar o mandato de investimento do fundo a fim de, no longo prazo, alcançar lucros mais altos".
"O papel da empresa de custódia é mais como o de um treinador: assistir ao desempenho daqueles gestores para ajudar a ABP, o capitão da equipe, a ter a certeza de que a equipe está jogando bem", comparou o diretor-geral da ABP, Abraão de Vasconselos.
O retorno do fundo durante o ano terminado em 31 de março foi de 9,1%, resultado qualificado pela ABP como "excelente", em especial se "comparado com os [retornos] de outros fundos congêneres", já que "alguns dos quais sofreram perdas ou tiveram retornos muito baixos durante o mesmo período em resultado da sua exposição a títulos envolvidos na chamada 'crise subprime' nos Estados Unidos".
"O fato de o fundo petrolífero [do Timor Leste] ter sido considerado como o número três no mundo e o primeiro no Sudeste Asiático em relação à transparência e à responsabilidade, em um ranking de Fundos Soberanos de Riqueza publicado pelo Instituto Petersen de Economia Internacional, de Washington, deu-lhe um perfil internacional muito alto", acredita Vasconselos (Fonte: Agência Lusa, 2008-06-03).
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