A tão falada integração energética da América do Sul ainda está longe de ser uma realidade em termos de gás natural. Abaixo damos uma descrição das conexões internacionais existentes, das que estão em construção e das apenas cogitadas. Atualmente, existem três interconexões de gás em funcionamento:
• Da Bolívia a Argentina: Esta é a conexão mais antiga que se estende de Santa Cruz (Bolívia) a Yacuiba (Argentina) com tubos de 24” de diâmetro e 500 km de comprimento e capacidade de 8 MMm³/dia.
• Da Argentina ao Chile: O “Gasoduto Bandurria” de San Sebastián (Terra do Fogo/Argentina) até a planta de metanol – Planta Cullen (Chile), com 83 km de extensão, tubos de 14” e capacidade de 2 MMm³/dia. Entrou em operação em 1996. Em 1997, o “Gasoduto Gasandes” (463 km, 24”, capacidade máxima de 20.MMm³/dia, permitiu o transporte de gás até Santiago, desde Neuquén (Argentina). Mais recentemente, em maio de 1999, o gasoduto “Atacama” (941 km, 20”, capacidade máxima de 8,5 MMm³/dia) começou a operar ao norte do Chile (Mejillones) estendendo-se até a província de Salta na Argentina. Outras duas linhas entraram em funcionamento: o “Gasoduto Norandino” (1.180 km, 20” – 16” – 12”, 7.1 MMm³/dia) que se estende de Pichanal a Mejillones e Coloso. E o gasoduto “Gás Pacífico” (638 km, 24” – 20” – 12” – 10”, 9,7 MMm³/dia) de Neuquén a Concepción.
• Da Bolívia ao Brasil: O gasoduto “Bolívia-Brasil”, constitui o projeto mais imponente e de maior êxito da região (3.150 km, 32”, capacidade máxima de 30 MMm³/dia). Desde maio de 1999, transporta gás de Santa Cruz na Bolívia a São Paulo e Estados do sul do Brasil até Porto Alegre.
Algumas linhas seguem em construção:
• Da Argentina ao Brasil: O “Gasoduto Uruguaiana” transporta gás de Entre Rios a Planta de energia em Uruguaiana (440 km, 24”, capacidade de 12 MMm³/dia) projetando atingir Porto Alegre (615 km, 20”).
• Da Argentina ao Uruguai: “Gasoduto Cruz del Sur” (208 km, 18/24”, capacidade máxima de 6,6 MMm³/dia) de Buenos Aires a Montevidéu. Já existem projetos candidatos para novas interconexões.
• Da Argentina ao Brasil: O “Gasoduto do Mercosul” uniria campos de gás no norte da Argentina (Salta) a São Paulo, passando por Assunção no Paraguai (3.100 km, 36” – 24”, capacidade de 25 MMm³/dia). O “Gasoduto Austral” uniria campos de gás no sul da Argentina (Bacia Austral) a Montevidéu (Uruguai) e Porto Alegre (Brasil) (3.700 km, 36”-30”, capacidade 31 MMm³/dia).
• Da Bolívia ao Chile: Um gasoduto de Villamontes a Tocopilla a Mejillones no norte do Chile (850 km, 20” – 16”, capacidade 6 MMm³/dia).• Da Bolívia ao Paraguai: O gasoduto “Trans-Chaco” de Vuelta Grande na Bolívia a Assunção no Paraguai (846 km, 22”, capacidade de 6,9 MMm³/dia).
• Do Perú a Bolívia: Do campo de Camisea a Carraco na Bolívia (900km, 36”, capacidade de 40 MMm³/dia). A longo prazo, este gasoduto permitiria abastecer de gás a maior fatia do mercado brasileiro partindo de Camisea.
• Do Peru ao Brasil: De Camisea a São Paulo através de Porto Velho, (3.550 km, 32”, capacidade de 30 MMm³/dia).Outros projetos podem ser considerados, em especial aqueles que envolvem a importação de GNL da Venezuela e Trinidad & Tobago. Certamente alguns projetos mencionados, de alguma forma, concorrerão entre si. (Oil & Gas Journal Latinoamerica in Gasnet)
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