quarta-feira, 17 de abril de 2013

Exploração de petróleo no país já habilitou 44 empresas

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) habilitou 44 empresas para a 11ª Rodada de Licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural nas bacias sedimentares do pós-sal da costa brasileira. As licitações serão nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro. Seis empresas foram habilitadas hoje (12).

Segundo a ANP, 19 empresas são do Brasil, oito dos Estados Unidos, seis do Reino Unido, cinco do Canadá. Austrália, Ilhas Cayman e Colômbia participam com três empresas cada. A China tem duas empresas habilitadas, mesmo número de cinco países: Bermudas, Espanha, França, Noruega e Panamá.

A 11ª rodada vai licitar 289 blocos em 23 setores, totalizando 155,8 mil quilômetros quadrados (km²), distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.

As empresas habilitadas hoje foram Sonangol, Guananbi Exploração e Produção de Petróleo, Ress Corporation, Sinoco International, Trayectoria Oil & Gas, Tetra Energia e UTC Óleo e Gas.
 
Fonte: Exame/Abril, 2013-04-12.

Petrobras assina contrato de construção de mais duas plataformas para o pré-sal

A produção de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, nos campos de Franco e Franco do Sul, ganhará duas plataformas que agregarão, quando estiverem em plena operação, mais 300 mil barris de petróleo e 14 milhões de metros cúbicos gás natural, diariamente, à produção nacional.

Os contratos para a construção das plataformas foram assinados hoje (11) pela Petrobras em cerimônias ocorridas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A construção e a integração dos módulos da P-74 e da P-76 irão gerar cerca de 4.500 empregos diretos e indiretos nas regiões de São José do Norte (RS) e Pontal do Paraná (PR), onde estão os estaleiros que executarão os serviços.

A Petrobras informou que, para a construção dos módulos das plataformas, os contratos estipulam um índice de conteúdo local de 65% nos serviços de construção e montagem; 65% nos serviços de engenharia de detalhamento, 65% nos serviços de gerenciamento e de 71% para o fornecimento de materiais. A instalação e a integração dos módulos no casco também terão conteúdo local de 65%.

O prazo contratual total é 42 meses. A produção de petróleo da P-74 está prevista para o segundo semestre de 2016, e a da P-76, para o segundo semestre de 2017.
 
Fonte: Jornal do Brasil/Agência Brasil, 2013-04-11.

Empresa inicia prospecção de petróleo, gás e potássio no Baixo Amazonas e oeste paraense

A empresa Georadar inicia no próximo dia 20 a primeira ação de prospecção na bacia do rio Amazonas localizada em território paraense na busca por vestígios de jazidas de petróleo e gás. O grupo, de capital nacional com aporte de fundos de pensão internacionais, é prestador de serviços da Petrobrás e detém a mais avançada tecnologia em sísmica terrestre no mundo. O trabalho vai capturar registros em duas dimensões do subsolo feitos em duas regiões do estado.

Na primeira, na região oeste, as prospecções acontecerão nos municípios em Belterra, Mojuí dos Campos e Santarém. A segunda etapa, que iniciará no segundo semestre e vai até o dia 30 de dezembro, compreende os municípios de Monte Alegre, Prainha e Almeirim, a leste do Rio Amazonas. O contrato de prospecção está orçado em R$ 80 milhões e prevê a geração de imagens por meio de ressonância sonora do subsolo que serão avaliadas posteriormente por técnicos da Petrobrás, indicando ou não a viabilidade da exploração comercial das jazidas, das quais há muito tempo já se tem indícios.

No último dia 9, uma equipe da empresa, chefiada pelo presidente Luiz Nagata, apresentou o projeto ao Governo do Estado. Primeiramente em uma reunião no Centro Integrado de

Governo (CIG), em Belém, para o secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Indústria, Sidney Rosa, e para a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Maria Amélia Enríquez, e sua equipe técnica. Posteriormente, no mesmo dia, o grupo foi até Santarém onde apresentou o projeto para uma comitiva de prefeitos, membros do governo e da sociedade civil.


Entre os benefícios diretos à população do Pará com a investigação dessas jazidas, está previsto o investimento de R$ 8,5 milhões em contratação de mão de obra local e serviços especializados, além de indenizações. “Nós não entramos em nenhum território sem termos todas as licenças, sem o conhecimento dos proprietários das áreas e sem comunicar as autoridades locais. Depois de entrar e executar o serviço, o solo e a cobertura vegetal são recompostos”, informou o presidente da empresa.

A secretária Maria Amélia Enríquez ressaltou a importância do projeto para o futuro do estado e frisou a necessidade de qualquer ação de exploração mineral deixar investimentos e benefícios para a população local. “Nós inauguramos uma nova etapa em relação à exploração mineral com a implantação da taxa de mineração, que não se aplica ao projeto em específico, mas que determina a vontade deste governo em assegurar que a população seja diretamente beneficiada com a exploração dos nossos recursos naturais”, disse ela.

Os executivos ressaltaram a importância dos estudos anteriores e do conhecimento desenvolvido no estado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que é uma instituição referenciada nacionalmente na área de Geologia. E informaram que eles apontam grande probabilidade de ocorrência de petróleo e gás natural, além de outros minerais, como o potássio. Nesse sentido, o secretário especial Sidney Rosa revelou a intenção do Estado em fomentar a indústria de fertilizantes usando a matéria prima do potássio que existe na região. “Isso vem ao encontro das nossas expectativas, pois estamos dando incentivos para empresas de fertilizantes se instalarem no estado, dinamizando a produção agrícola”, comentou Rosa.

Nagata confirmou o potencial e disse que a expectativa é que a produção mineral possa ser efetivada em dois ou três anos, com possibilidades de verticalizar a produção de fertilizantes em Belém, através da rede de infraestrutura logística (de transportes terrestres e fluviais) que está sendo fomentada pelo governo federal em parceria com o governo do Pará.

Sísmica - O diretor de operações sísmicas da Georadar, Ricardo Savini, fez uma demonstração do sistema de prospecção chamado “Sísmica”. Ele comparou o processo a uma ultrassonografia. Através de canhões de emissão de ondas sonoras de alto impacto é possível atingir as mais profundas extensões no subsolo e obter a localização exata dessas jazidas. "Através dos ângulos de refração é possível calcular e projetar as camadas de solo que apontam os ambientes favoráveis a formação de jazidas minerais. Dessa forma, o processo gera imagens em duas dimensões que podem ser, dependendo dos primeiros indícios, processadas em três dimensões para análises mais precisas", explicou.

Ainda segundo Savini, a tecnologia de prospecção avança muito com a tecnologia atual, dando resultados muito mais precisos a cada ciclo de cinco ou sete anos. A Georadar adquiriu 70% das ações de uma empresa estrangeira especializada, adquirindo, assim, a mais moderna tecnologia de sísmica do mundo, com a qual inclusive já trabalham na prospecção das jazidas do pré-sal.
 
Fonte: Governo do Pará, 2013-04011.  

quarta-feira, 27 de março de 2013

Exportações de petróleo angolano em Maio aproximam-se de nível recorde de Agosto de 2012

As exportações de petróleo angolano em maio vão aproximar-se do nível recorde alcançado em agosto, quando foi vendido o correspondente a 1,831 milhões de barris diários, segundo dados de várias agências internacionais.

Segundo a Bloomberg, Angola já assegurou para maio a venda de 56.740 milhões de barris, o que corresponde a 1,830 milhões de barris diários.

As vendas confirmadas de petróleo angolano em abril totalizaram 52.900 milhões de barris ou 1.760 milhões de barris diários.

Outra agência, a Reuters, que cita um operador do mercado de compra e venda de petróleo, refere que metade do petróleo angolano exportado em maio se destina à China.

"A China comprou metade da produção angolana (de maio), e a procura tem sido consistente nos últimos meses", acrescentou a fonte.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, atrás da Nigéria, que produz em diariamente, em média, 2 milhões de barris.

A importância de Angola e da Nigéria foi hoje destacada em Libreville, na abertura dos trabalhos da 30ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Associação de Produtores de Petróleo Africano (APPA), pelo primeiro-ministro do Gabão, Raymond Ndong Sima.

Os dois países têm sido fundamentais no crescimento da APPA, frisou o chefe do governo gabonês.

Angola está presente na conferência com uma missão chefiada pelo seu ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, e as delegações nacionais presentes participam terça-feira no 5º Congresso Africano de Petróleo, que decorrerá também em Libreville até à próxima quinta-feira.

O petróleo é o principal produto de exportação de Angola, com o setor petrolífero a representar 45 por cento do Produto Interno bruto, 70 por cento das receitas fiscais e 90 por cento das exportações.

Fonte: inonline - Agência Lusa, 2013-03-25.

http://www.ionline.pt/mercados/exportacoes-petroleo-angolano-maio-aproximam-se-nivel-recorde-agosto-2012

O que a OGX fez, de fato, em 2012 – e o que ficou devendo



O ano de 2012 tinha tudo para ser um dos mais importantes para a OGX, a petrolífera de Eike Batista. Foi no ano passado que a companhia extraiu seu primeiro barril de petróleo, entregou a primeira encomenda a um cliente e deixou a fase pré-operacional. Mas os feitos não empolgaram nem um pouco os analistas e investidores.

Os tropeços da OGX corroeram em quase 70% seu valor de mercado, desencadearam uma crise de confiança que contaminou as outras empresas de Eike, e afundaram o empresário do 7º para o 100º lugar na lista dos bilionários da Forbes.

O problemático ano da OGX terá seu desfecho nesta terça-feira, quando ela divulgará seus resultados financeiros referentes a 2012. As prévias de algumas corretoras trazem números nada animadores. É esperada uma perda que pode ultrapassar a cifra de 1 bilhão de reais – sem perspectiva de melhora no curto e médio prazo.

Segundo recente relatório da Planner Corretora sobre a OGX, assinado pelo analista Luiz Caetano, somente no longo prazo, a companhia teria condições de mudar o cenário atual. “Enquanto a empresa não mostrar um nível estável de produção em seus poços, as ações vão ser bastante penalizadas. A prospecção em outras bacias que não foram adequadamente pesquisadas, como a Bacia de Santos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, seria uma das possibilidades”, disse o relatório.

Lucas Brendler, analista de petróleo e gás da Geração Futuro, também não vê uma recuperação rápida para a petroleira de Eike. Segundo ele, houve muita frustação com relação às promessas feitas pela OGX, principalmente para o seu primeiro ano como empresa operacional. Veja, a seguir, o que de fato a OGX fez ou deixou de fazer em 2012, depois que extraiu o seu primeiro barril de petróleo:

Fim dos testes de longa duração

Assim que extraiu o seu primeiro barril de petróleo, em janeiro do ano passado, a OGX deu início aos testes de longa duração (TLD), passo necessário para emitir qualquer declaração de comercialidade. Os testes poderiam durar até o fim de junho e, de fato, a companhia de Eike conseguiu cumprir o combinado.

“Atualmente não existe nenhum TLD sendo realizado pela OGX, e os primeiros testes foram finalizados entre os meses de maio e junho do ano passado”, afirmou Brendler.

Declaração de comercialidade

Duas semanas atrás, a OGX devolveu à Agência Nacional do Petróleo (ANP) uma das concessões que tinha para explorar petróleo por problemas de prazos vencidos. Das oito áreas declaradas pela companhia para exploração, somente três tiveram os seus planos de comercialidade declarados. As três áreas estão localizadas na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Segundo relatório do Itaú BBA, assinado pelos analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, diante de todas as dificuldades recentes enfrentadas pela OGX, as declarações de comercialidade sozinhas não representam um fator positivo. “Acreditamos que apenas a produção pode melhorar a confiança do mercado no portfólio da OGX”, afirmou o relatório.

Nenhum contrato de longo prazo firmado

Durante todo o ano de 2012, a OGX entregou cerca de 2,3 milhões de barris de petróleo a dois diferentes clientes: a Shell e a Reliance Industries, uma das maiores refinarias do mundo e maior empresa privada da Índia, mas não chegou a firmar nenhum contrato de longo prazo com as companhias.

De acordo com Brendler, da Geração Futuro, por se tratar do primeiro ano de operação da companhia, é normal certo receito das empresas de firmarem acordo de longa duração. “O mercado precisa se certificar que as encomendas serão entregues conforme o combinado”, disse o analista.

Escolhas das tecnologias

As escolhas das tecnologias mais apropriadas podem garantir maior eficiência durante a exploração do petróleo. Segundo Brendler, nem todas as tecnologias foram testadas pela OGX durante 2012, e existem ainda algumas alternativas que podem ajudar a companhia na sua exploração.

Poços secos no meio do caminho

A indústria de petróleo sempre trabalha com a possibilidade de encontrar poços secos ou sem viabilidade comercial na fase exploratória. E com a OGX não foi diferente. Durante o seu primeiro ano de produção, até setembro, a empresa de Eike havia acumulado perdas de 460 milhões de reais com os poços improdutivos.

Produção diária

A primeira projeção feita pela OGX em relação à sua produção diária contemplava de 15.000 a 20.000 barris de petróleo por dia. Na prática, a companhia nunca conseguiu cumprir a promessa feita no passado. Atualmente, a produção está estabilizada em 3.800 barris/dia, em seus três poços em operação.

“Com a entrada do terceiro poço, a produção média caiu significativamente. Se nenhuma nova tecnologia for aplicada para tentar melhorar esse desempenho, essa métrica deve perdurar por algum tempo”, afirmou Brendler.

Projeções para 2013

Para este ano, a OGX já havia prometido investir 1,2 bilhão de dólares, sendo 80% desse montante destinados para o desenvolvimento e exploração. O mercado não sabe se a companhia vai conseguir cumprir a promessa feita no ano passado, uma vez que o seu caixa está constantemente sendo colocado em xeque. "Não dá para saber como está o atual fôlego financeiro da companhia", disse o analista.

Fonte: Exame.Abril, 2013-03-26.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/o-que-a-ogx-fez-de-fato-em-2012-e-o-que-ficou-devendo?page=3

Actual preço do barril de petróleo satisfaz os países produtores e consumidores

O Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos considera que o actual preço do barril de petróleo, no mercado internacional satisfaz os países produtores e os consumidores.

De acordo com Botelho de Vasconcelos, os investimentos a nível da pesquisa e produção de petróleo no país, rondam os vinte mil milhões de dólares, por ano.

“Nós, no seio da organização, da OPEP, temos vindo a defender o preço acima de cem dólares, o que satisfaz os países produtores, como os consumidores. Neste momento há uma variação, entre cento e sete e cento e dez dólares e é um nível que se aceita. Os investimentos variam muito com os planos de desenvolvimento de determinados blocos”, sublinhou.

O Ministro dos Petróleos representa Angola, na 30ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Associação de Produtores de Petróleo Africano (APPA), e no quinto congresso da organização em Libreville, Gabão, de 25 à 28 de Março.

Fonte: AngoNotícias, 2013-03-26.

http://www.angonoticias.com/Artigos/item/38053/actual-preco-do-barril-de-petroleo-satisfaz-os-paises-produtores-e-consumidores 

Senado quer garantir royalties do petróleo a estados não produtores

A Advocacia-Geral do Senado divulgou nota na qual questiona a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia de suspender temporariamente os efeitos da nova Lei de Distribuição dos Royalties de Petróleo.

A advocacia do Senado diz que a Casa foi notificada da decisão da ministra e que interpôs agravo regimental no qual questiona a decisão, por considerar que ela deveria ter sido tomada por todos os ministros e não por um único ministro, isoladamente.

Além disso, os advogados reclamam que o Senado não foi previamente chamado a prestar informações antes da concessão da liminar ao estado do Rio de Janeiro, que moveu a ação direta de inconstitucionalidade sobre a nova lei.

Os advogados do Senado disseram que a Constituição garante aos demais estados, municípios e ao Distrito Federal o direito a “participação nos resultados (natureza remuneratória) e compensação pela exploração de petróleo, gás natural, bens de propriedade da União, incumbindo à legislação ordinária a definição dos modelos de distribuição e dos percentuais respectivos”.

O agravo regimental apresentado hoje (25) ressalta que é competência do Congresso Nacional a definição e alteração das regras e que o Supremo não deve agir como órgão revisor das decisões parlamentares. “O Supremo Tribunal Federal não pode se constituir em instância revisora das decisões políticas do Poder Legislativo, sob pena de subverter a harmonia e a independência dos Poderes da República”, diz a nota.

Os advogados disseram que há prejuízos imediatos para os estados e municípios, além do Distrito Federal, não produtores de petróleo, que estão deixando de receber o dinheiro proveniente dos royalties de petróleo.

O plenário do Congresso Nacional derrubou, há cerca de três semanas, o veto presidencial à nova Lei de Distribuição dos Royalties do Petróleo. Com isso, passou a valer a lei aprovada por deputados e senadores segundo a qual os recursos dos royalties devem ser distribuídos para todos os estados e municípios do país e para o Distrito Federal e não mais apenas para os produtores de petróleo.

A nova regra vale, inclusive, para os atuais contratos de exploração do óleo e do gás natural. Com isso, os maiores produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, terão prejuízos imediatos porque irão receber nos próximos anos menos do que esperavam. Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Jornal do Brasil, 2013-03-27.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/03/25/senado-quer-garantir-royalties-do-petroleo-a-estados-nao-produtores/

Produtores africanos de petróleo aprovam plano de acção 2013/2014

 
A Associação de Produtores de Petróleo Africano (APPA), que segunda-feira esteve reunida em Libreville (Gabão), na sua 30ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, aprovou o plano de acção da organização para o período 2013/2014, orçado em dois milhões e 900 mil dólares norte-americanos, equivalente a 290 milhões de kwanzas.

Segundo o representante de Angola no Comité de Peritos da APPA, Estevão Pedro, que falava à Angop, no final do encontro, que decorreu a porta fechada, os recursos para financiarem o plano anual vão ser obtidos por via de contribuições dos estados membros, dos congressos realizados pela APPA, das exposições e da rentabilização do banco de dados da associação.

Informou que no encontro, a par das discussões em torno do plano, os ministros aprovaram o relatório de execução do secretariado executivo da associação.

Foi analisado o fundo APPA, prosseguiu Estevão Pedro, um importante documento para a cooperação técnica dos estados membros. Neste ponto foi eleito um comité do qual Angola faz parte.

Afirmou que, entre outros aspectos, o comité tem a tarefa de definir os futuros objectivos e fins do fundo da organização. “A intenção é transformar o fundo numa estrutura que produza investimentos e não ficar apenas pela cooperação técnica”.

No encontro, Angola esteve representada por uma delegação encabeçada pelo ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, e que integra técnicos do Ministério dos Petróleos e da Sonangol.
 
Fonte: Portal Angop, 2013-03-26. 
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/economia/2013/2/13/Produtores-africanos-petroleo-aprovam-plano-accao-2013-2014,65e1b5ab-ed52-4902-a0bc-fa27b2b06a27.html

segunda-feira, 25 de março de 2013

Royalties do petróleo seriam insuficientes para Educação


Levantamento feito pelo professor de matemática financeira da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Gil Vicente Reis Figueiredo, mostra que a Medida Provisória 592/12, que destina a receita dosroyalties do petróleo e recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação, será responsável pelo investimento no setor de 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.

O percentual está longe de atingir a meta desejada pelo governo para que se cumpra o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o investimento de 10% do PIB no período de dez anos. Atualmente, o governo investe 5,7% do PIB. A medida deveria proporcionar ao setor o complemento de 4,3%.

Figueiredo, que é diretor da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes – Federação), explica que os valores apresentados no estudo são baseados no preço relativamente constante do barril de petróleo nos próximos anos, assim com o câmbio e o PIB brasileiro. Os número são uma estimativa.

A pesquisa foi apresentada na terça-feira (19) na comissão mista que analisa a MP 592/12. Na última audiência, no dia 14 de março, o secretário de Petróleo, Gás e Recursos Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, diz que ainda não foram feitos cálculos oficiais de quanto será destinado à educação.

A MP destina 100% da receita dos royalties dos novos contratos da área de concessão firmados após 3 de dezembro de 2012, data da publicação da medida, e 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. De acordo com o levantamento, imaginando que todas as atuais áreas fora do pré-sal venham a ser leiloadas novamente, “teríamos um volume de royalties e participações especiais da ordem de 0,6% do PIB”, diz em artigo. “Em 2020, dos royalties, 20% vão para a União; e das participações especiais, 46%. Na melhor das hipóteses, a destinação de recursos para a educação, por essa via, alcançará em 2020 o patamar de 0,2% do PIB”.

Somado a essa parcela, o pesquisador estima a capitalização dos recursos destinados ao Fundo Social do Pré-Sal entre 2013 e 2020. Ao final do período, o Fundo Social somaria cerca de 16% do PIB. O rendimento seria 2% em dez anos, um retorno anual de 0,03% do PIB. A metade, 0,015%, que iria para a educação.

Segundo Figueiredo, caso a integralidade do Fundo Social seja destinada ao setor seria possível chegar a 2020, com “algo próximo a 8,5% do PIB para a educação”. Ele conclui no artigo publicado que mesmo nesse caso, “ainda teriam que ser encontradas fontes suplementares”.

Fonte: Último Segundo.IG, 2013-03-22. 

Nova sonda de petróleo é testada em São Sebastião do Passé durante evento

O município de São Sebastião do Passé (a 58 km de Salvador) vai ser palco do primeiro experimento, no Brasil, com a Sonda Escola Móvel utilizada para perfurar poços de petróleo no mundo inteiro.

O equipamento é a principal atração do Workshop de Engenharia de Perfuração e Completação de Poços de Petróleo, ministrado pela Petro D’art, e será operado durante as aulas práticas, que acontecem de 25 a 30 de março, em um terreno cedido pela prefeitura de São Sebastião do Passé.

Durante uma semana, engenheiros, estudantes de engenharia, técnicos e tecnólogos de todo o país estarão reunidos na pequena cidade da Região Metropolitana de Salvador. O evento, além de movimentar a economia do local, vai atrair os olhares dos investidores de uma das áreas mais promissoras da atualidade.

O Workshop de Perfuração de Poço é, também, uma excelente oportunidade para os estudantes do curso de Engenharia de Petróleo ter contato com a máquina, pois as instituições de ensino só possuem em seus laboratórios a sonda estática, que, diferentemente da móvel, não reproduz todas as etapas do processo.

“Eu classifico esse encontro como um intercâmbio de conhecimento, pois os engenheiros que já atuam na área vão compartilhar as suas experiências com os alunos, e estes, por sua vez, participarão ativamente de todo o processo. A Sonda Escola Móvel fará a simulação completa de uma perfuração de poço em todas as suas etapas. A única diferença é que não sairá petróleo porque a área não trabalhada não possui”, explica o diretor da Petro D’art, Jefter Fernandes.
 
Fonte:  Tribuna da Bahia, 2013-03-23.

UFRR desenvolve projeto para pesquisa de petróleo

Para formar profissionais aptos a pesquisar petróleo em águas profundas, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) desenvolve, há um ano e meio, o projeto denominado 'Bioestratigrafia com base em Microfósseis Silicosos'. A pesquisa é feita por acadêmicos orientados pelo doutor em bioestratigrafia e professor do curso de Geologia da Universidade Vladimir de Souza.

Segundo ele, o trabalho consiste na formação de bioestratígrafos."O bioestratígrafo é aquele profissional que conseguirá retirar do sedimento os microfósseis da maneira mais preservada possível", explica. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e os alunos participantes recebem bolsa no valor de R$ 400.

O material utilizado segundo Souza, foi doado pela Petrobrás e faz parte da margem equatorial das bacias do Pará (PA), Maranhão (MA) e Ceará (CE). "Nós somos o único estado da região Norte a montar um laboratório para estes estudos. No Brasil, além de Roraima, o Rio de Janeiro também possui material semelhante", afirma pesquisador.

A aluna do 6º período de geologia da UFRR Diany Monteiro conta que a pesquisa é importante para agregar valores a formação acadêmica, tendo em vista a relevância do assunto. "Além do conhecimento, estamos participando de uma experiência nova que futuramente trará muitos frutos", avalia.

Produtores de petróleo reunidos hoje

O Conselho de Ministros da Associação de Produtores de Petróleo Africano (APPA), de que Angola faz parte, reúne hoje, na sua reunião ordinária, em Libreville (Gabão). Durante o encontro vai ser analisado o relatório de actividades da organização, a execução do orçamento do ano passado e o plano de acções para este ano, com o orçamento.

Para preparar o encontro de ministros, especialistas participaram de 18 a 22 deste mês na Reunião do Comité de Peritos que analisou o funcionamento do Secretariado Executivo da associação e do Fundo para a Cooperação Técnica.

Um dia após o Conselho de Ministros, decorre igualmente em Libreville o Congresso Africano de Petróleo e uma exposição sobre o sector que decorrem simultaneamente de 26 a 28 de Março.

No final do congresso, o país organizador (Gabão) vai assumir a presidência da associação para o exercício de 2012/13. A delegação angolana, que se desloca ao Gabão é chefiada pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, e integra especialistas do Ministério dos Petróleos e da Sonangol.
 
Fonte: Jornal de Angola.Sapo, 2013-03-25.

Dilma volta a defender royalties do petróleo na educação


A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta segunda-feira o uso dos royalties do petróleo para a educação, durante a cerimônia de entrega do trecho Floresta - Serra Talhada do Sistema Adutor Pajeú, no Sertão de Pernambuco. "Nenhum governador, nenhum prefeito têm dinheiro suficiente para pagar professor no Brasil", destacou.

Quando começou a falar sobre educação e foi aplaudida, Dilma retrucou: "Não adianta bater palma. Eles não têm de onde tirar o recurso. Só tem um lugar de onde a gente pode tirar esse dinheiro, que é dos royalties do petróleo. O dinheiro sai da onde tem dinheiro, que é dos recursos originários da exploração do petróleo."

De acordo com ela, além de construir escolas, é preciso investir na valorização dos professores e na qualidade do ensino. "Nenhum país do mundo virou uma nação desenvolvida sem escola em tempo integral", disse.

"Construir escola faz parte, mas é preciso valorizar aquele que ensina e formá-lo melhor", acrescentou.

Dilma reafirmou o projeto de construção de dez institutos técnicos federais até 2014. A presidente afirmou que é importante aprovar a medida provisória (MP) sobre a questão dos royalties.

"Temos de fazer isso nos próximos dez anos", disse, em referência ao investimento necessário em instrução no país. "Temos de garantir que as crianças saibam fazer as contas de aritmética, ler um texto simples e interpretar." 


Fonte: Exame.Abril, 2013-03-25