No momento, os europeus dominam o mercado de petróleo africano.
A britânica Royal Dutch Shell é a maior produtora de petróleo na Nigéria, apesar dos tumultos que têm surgido no Delta do Níger. No Gabão, está a francesa Total. Entretanto, na Guiné Equatorial, encontra-se a americana Exxon Mobil e, em Angola, a Chevron, com a mesma nacionalidade.
Ghazvinian, autor do "Derrame: a luta pelo petróleo da África", prevê que cerca de US$ 50 bilhões devem ser investidos em três anos neste setor, com empresas americanas respondendo por um terço do valor. O Oeste da África já é responsável por 17% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Com Washington propenso a reduzir sua dependência do óleo do Oriente Médio, o Conselho Nacional de Inteligência, think-tank da CIA, prevê que esse percentual deve subir para 25% até 2015. Os EUA inclusive já aumentaram sua presença militar no Golfo da Guiné, com uma equipe naval permanente. No momento, procuram um local para estabelecer um novo comando na África. Entretanto, nesta disputa, o dinheiro pode falar mais alto do que a presença militar.
A China e a Índia têm sede de petróleo e vêm colocando bilhões de dólares na Nigéria, Angola e Guiné Equatorial. Os benefícios já estão aparecendo. Angola se tornou a principal fornecedora de petróleo da China, enviando 900 mil barris por dia em dezembro. A chinesa CNOOC espera receber petróleo pela primeira vez este ano da gigante nigeriana de águas profundas no campo de Akpo, depois de pagar US$ 2 bilhões em um contrato em 2006.
A maior parte da produção ainda está nas mãos dos europeus. As empresas chinesas e indianas ainda não têm o know-how para competir com a Shell e a Exxon Mobil, mas estão aprendendo rápido - disse Nicholas Shaxson, autor do livro "Poços envenenados: a suja política do óleo africano" (Fonte: O Globo Online, 2008-02-22).
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