A companhia petrolífera Repsol YPF transformará a filial argentina YPF em uma companhia com ativos em oito países latino-americanos, disseram fontes da empresa citadas na edição de hoje do jornal Clarín.A Yacimientos Petroliferos Fiscales (YPF) receberá todos os campos de petróleo e gás, refinarias e outros bens que a Repsol YPF tem em Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador e Venezuela.De acordo com as fontes, a companhia passará a ser uma petrolífera "latino-americana" assim que a Repsol YPF vender 25% do pacote acionário a um sócio local, passo que requer de "seis a sete semanas"."É uma operação pendente da aprovação do sócio local, primeiro, e que as autoridades e regulamentações de cada país permitam, em segundo lugar", especificaram as fontes."A idéia é montar uma empresa latino-americana líder em termos energéticos e que seja a referência da Repsol na região", acrescentaram.Isto significa que a YPF, privatizada na década de 90, reunirá "todos os ativos que permitam ter grandes possibilidades de crescimento, das estratégicas reservas de gás da Bolívia à potencialidade das áreas mar adentro do Brasil, passando pelos ricos campos da Venezuela"."Será uma companhia grande, com projeção", asseguraram as fontes.O Clarín publicou as declarações depois da reunião de diretores da Repsol YPF ocorrida na quarta-feira, em Buenos Aires, com a presença do presidente da companhia, Antonio Brufau.O jornal de maior tiragem da Argentina também citou declarações de Sonia Ruiz de Garibay, analista da empresa Caja Madrid Bolsa, para quem "tudo o que reduza o risco latino-americano é bom para a Repsol".A companhia petrolífera desmentiu, na quarta-feira, que espera obter entre US$ 10 bilhões e 12 bilhões pelos ativos da venda de 45% das ações da YPF, como tinha indicado o "número dois" da companhia, Miguel Martínez.Por meio de um comunicado, Martínez assegurou que tal avaliação "não corresponde às estimativas preliminares" para realizar a operação, que consiste em vender primeiro 25% da YPF para uma empresa argentina e depois colocar outros 20% das ações em oferta pública na Bolsa de Buenos Aires.O jornal de negócios "Ámbito Financiero" comentou hoje que o desmentido foi "insólito", em vista de que a avaliação em questão "foi exposta a vários banqueiros" na terça-feira, "depois de ser profundamente analisada durante vários meses".De acordo com o jornal, a Repsol YPF tem uma "acelerada intenção" de se desprender de ativos da filial argentina, "quase na mesma velocidade que a dos próprios interessados em comprar".Vários diários argentinos concordaram hoje que o principal candidato a comprar os 25% da YPF é o proprietário do Grupo Petersen, o banqueiro Enrique Ezquenazi, um dos empresários com bons vínculos com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner. (Invertia)
sexta-feira, 8 de junho de 2007
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