O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrela, disse hoje que o Campo de Mexilhão, localizado na Bacia de Santos (SP), deve entrar em operação dentro de dois anos. "A previsão é que no primeiro semestre de 2009 nós começamos a operar com bons resultados. Com sete poços produtores e uma vazão entre 10 e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia já na primeira etapa".Descoberto em agosto de 2003, o campo tem reservas estimadas em 400 bilhões de metros cúbicos. E é o primeiro empreendimento de gás natural não-associado desenvolvido pela Petrobras.Por ser explorado e produzido no mesmo campo que o petróleo, o gás precisa passar por um processo de separação. Atualmente, 75% da produção nacional é de gás associado. A Petrobras espera ter 11 novos campos de gás não-associado em operação nos próximos anos.Para Estrela. apesar de o País não enfrentar uma crise em relação ao fornecimento de gás natural, a situação estará "bem mais confortável" a partir do final de 2008, com a efetivação dos projetos previstos no Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás)."Não tem crise, não. Já estamos encontrando as soluções necessárias para atender ao crescimento do mercado. A escassez aparente terminará no final de 2008 com a efetivação do projeto que prevê a produção adicional de 40 milhões de metros cúbicos de gás natural para o Sul e Sudeste".O Plangás prevê investimentos de US$ 22, 1 bilhões na cadeia brasileira de gás natural entre 2007 e 2011. Os recursos destinados pela estatal somam US$ 17,6 bilhões, sendo US$ 11 bilhões para exploração e produção. O restante será para a ampliação da malha de gasodutos do País.Para aumentar a oferta de gás natural no Sudeste, o plano prevê ampliar a produção da região dos atuais 24,5 milhões de metros cúbicos por dia para 40 milhões diários nos próximos dois anos.Embora a produção de gás natural esteja em cerca de 44 milhões de metros cúbicos por dia, a Petrobras só disponibiliza para o mercado nacional cerca de 24 a 25 milhões. Outros 10 a 11 milhões são consumidos pela própria estatal, nas refinarias . Outro tanto, não especificado, é reinjetado nos próprios poços de petróleo para aumentar a produção.Há também casos como o da província petrolífera de Urucu, cujo gás, depois de separado o óleo, é reinjetado nos poços para produção futura por falta de infra-estrutura de transporte.As declarações do diretor da companhia foram dadas no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, litoral Sul do Rio de Janeiro, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva batizou a Plataforma P-52. Participam da solenidade, a ministra chefe da casa Civil, Dilma Roussef, o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hübner, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielle, e o governador Sérgio Cabaral Filho. (Invertia)
domingo, 17 de junho de 2007
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