sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Petrobras acha óleo no pré-sal de Campos


A Petrobras anunciou ontem uma nova descoberta no pré-sal da Bacia de Campos, que hoje já está em produção por meio da plataforma de Jubarte, no litoral capixaba. Desta vez, a empresa encontrou um reservatório abaixo da camada de sal na região central da bacia, na área de concessão do campo de Barracuda.

As reservas foram estimadas em 40 milhões de barris de petróleo de boa qualidade. O mesmo poço encontrou 25 milhões de barris em uma jazida acima do sal.


O volume é pequeno, se comparado às descobertas do pré-sal da Bacia de Santos, na casa dos bilhões de barris, mas poderá ser posto rapidamente em operação, por se tratar de uma área com infraestrutura já instalada.

Segundo comunicado divulgado ontem, a Petrobras estuda conectar o novo poço à plataforma P-43, que produz as reservas de Barracuda. Um plano de avaliação da descoberta será submetido à Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A descoberta faz parte de estratégia da estatal brasileira de buscar novos reservatórios próximos aos campos em que já iniciou a produção.

Há duas semanas, a Petrobras anunciou ter encontrado um reservatório de 25 milhões de barris de petróleo acima da camada de sal ao lado do Campo de Pampo, em águas rasas na Bacia de Campos.

Também neste caso, a produção se dará por meio de uma plataforma já instalada na área de concessão.

LÂMINA DÁGUA
As descobertas da Petrobras anunciadas ontem estão localizadas a 100 quilômetros do litoral fluminense, em lâmina dágua (distância entre a superfície e o fundo do mar) de 860 metros. A jazida do pré-sal foi encontrado a 4,3 mil metros de profundidade, mais raso, portanto, que os mais de 6 mil do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo a companhia, testes no poço indicaram que o reservatório tem boa produtividade.

O foco principal da atividade exploratória da Petrobras continua na Bacia de Santos, reconhecidamente a maior província petrolífera do País, mas há bons resultados na busca pelo pré-sal também em Campos.

Ainda este ano, a empresa inicia a produção no campo de Cachalote, também com reservatórios abaixo do sal, que receberá o navio-plataforma FPSO Capixaba, com capacidade de 100 mil barris por dia.

O complexo petrolífero onde estão Jubarte e Cachalote, chamado de Parque das Baleias, tem reservas no pré-sal estimadas em 1,5 bilhão a 2 bilhões de barris de petróleo de boa qualidade.

Como em Barracuda, também tem reservas acima da camada de sal, de volumes semelhantes aos encontrados abaixo do sal.

Em uma concessão 40 quilômetros ao sul, a americana Anadarko confirmou duas descobertas de petróleo abaixo da camada de sal, batizadas provisoriamente de Wahoo e Wahoo Norte.

A empresa ainda não fez projeções de reservas de petróleo para a área (Fonte: Último Minuto - IG / Agência Estado, 2010-02-26).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Manutenção em plataformas reduz produção de petróleo da Petrobras


A produção de petróleo da Petrobras nos campos nacionais recuou 0,7% em janeiro na comparação com o mês anterior, para de 1.972.792 barris/dia. Incluindo gás, a produção da Petrobras alcançou 2.284.440 barris diários, uma queda de 1,0% frente a dezembro.


Segundo a estatal, o recuo foi conseqüência de manutenção preventiva em três plataformas da Bacia de Campos. Na comparação com janeiro de 2009, no entanto, esses volumes representam um crescimento de 2,5% na produção de petróleo e de aumento de 2,9% incluindo gás. Considerando as operações da estatal no país e no exterior, a produção média de petróleo e gás natural atingiu, em janeiro deste ano, a média diária de 2.525.754 barris de óleo equivalente (boed) - resultado 3,8% acima do volume do mesmo mês de 2009.


Apenas no exterior, o volume atingiu 241.314 boed em janeiro, uma alta de 12,3% sobre a produção de janeiro de 2009. "Contribuíram para o resultado a entrada em produção do campo de Akpo e de novos poços no campo de Agbami, ambos na Nigéria. Quando comparado com dezembro de 2009, o volume apresentou uma redução de 1%, devido a intervenções em poços para recuperação de produção no campo de Akpo, na Nigéria", diz a estatal em nota (Fonte: G1 - Globo, 2010-02-24).

Petrobras pode voltar a explorar petróleo em Cuba


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negocia a volta da Petrobras na exploração de petróleo ao longo da costa cubana, disse ao R7 o ex-embaixador do Brasil na ilha, Tilden Santiago. O diplomata, que esteve à frente da embaixada em Cuba durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), afirmou que esse será um dos temas na agenda da visita de Lula à terra de Fidel Castro nesta quarta-feira (24), ainda que de forma extraoficial:


- Tenho informações do Itamaraty e da Presidência de que o presidente [Lula] pretende retomar vários aspectos. Um deles é a possibilidade de o Brasil voltar a participar das prospecções de petróleo no entorno da ilha de Cuba. Nos dois primeiros anos em que eu estava lá [como embaixador] a Petrobras atuou no país.


Questionada, a assessoria de imprensa do Itamaraty disse que não confirma a informação sobre a Petrobras. Mas também não nega.


Lula já havia acenado para essa possibilidade em visita à ilha no final de 2008. Na agenda oficial da visita dele a Cuba, no entanto, não estão previstos novos acordos sobre petróleo.


Em 2008, a Petrobras adquiriu direitos de exploração de um bloco de águas profundas cubanas no golfo do México. A empresa brasileira fez os estudos sísmicos, mas ainda não se decidiu sobre a exploração. Lula disse nesta semana em seu programa de rádio que a Petrobras poderia fazer uma prova de prospecção neste ano.


O governo Lula colocou a Petrobras para procurar petróleo em águas profundas cubanas, abriu uma linha de crédito comercial para o país, apesar da dificuldade de Havana em pagar seus fornecedores, e estabeleceu um acordo para que a construtora Odebrecht modernize o terminal de contêineres do porto de Mariel (Fonte: R7 Notícias, 2010-02-24).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Petrobrás ''queimou'' R$ 1,5 bi em gás em 2009


Na contramão de outros países que vêm conseguindo reduzir a queima da gás natural, a Petrobrás registrou em 2009 um aumento desta queima em grandes proporções. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a estatal atingiu uma média de 9,38 milhões de m³ queimados em suas plataformas por dia no ano passado, o que representa um aumento de 56,5% sobre a queima média diária em 2008. O volume é recorde em um ano e coloca o Brasil no oitavo lugar em queima de gás no mundo, num ranking em que a campeã, Rússia, reduziu sua queima em 10% em 2009 sobre 2008. Há dois anos, o Brasil era o 17º nesse ranking.


De acordo com especialistas consultados pelo Estado, considerado o valor de US$ 7 por milhão de BTU (British Termal Unit) cobrados pela companhia para entregar o gás natural no maior mercado consumidor do País, que é São Paulo, a Petrobrás deixou de ganhar em 2009 algo em torno de R$ 1,5 bilhão. Os mesmos especialistas lembram, no entanto, que não é possível eliminar por completo a queima do gás natural. Há uma parte desta queima que é considerada "técnica", já que, no Brasil, o combustível é produzido associado ao óleo e, como em alguns locais a proporção desta produção é pequena, não justifica a construção de infraestrutura para carregá-lo para o mercado consumidor.


"Se ele não fosse queimado e apenas jogado na atmosfera, o impacto ambiental poderia ser muito maior. O metano emitido pelo gás é 21 vezes mais nocivo que o gás carbônico produzido pela queima", ressaltou o especialistas Luis Olavo Dantas. A título de comparação, estudo da Coppe/UFRJ de 2007 para a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura de São Paulo estima que todo o transporte rodoviário na capital paulista lance na atmosfera 7,6 milhões de toneladas de CO2 por ano. É o setor que mais polui a cidade. Naquele ano, quando a Petrobrás queimou em média 4 milhões de m³ de gás natural por dia, foi jogada na atmosfera a mesma quantidade de CO2. A própria Petrobrás mantém um programa que visa a redução desta queima. A estatal tem como meta o aproveitamento de 92% do gás extraído. Em 2009, esse índice ficou em 80%. No ano passado, segundo a diretora de Gás e Energia da companhia, Maria das Graças Foster, o aumento da queima se justificou por problemas técnicos e paradas para manutenção em plataformas.


Visando coibir a queima, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro colocou em discussão em novembro uma possível taxação sobre o gás natural queimado. A proposta, ainda não votada, prevê uma alíquota de 6% de ICMS sobre essa queima. Tanto a Petrobrás como especialistas, descartam, entretanto, que a queima ocorrida no ano passado tenha origem no excedente de produção. Em 2009, a Petrobrás viu seu mercado consumidor encolher tanto em consequência da crise econômica internacional - que reduziu a atividade industrial - quanto pela redução do volume de energia gerado a partir das usinas térmicas movidas a gás, por causa do elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas.


O mercado consumidor caiu de 65 milhões para 48 milhões de m³ por dia, em média, considerando 28 milhões de m³ de gás nacional e 20 milhões importados da Bolívia. "Não é possível atribuir o volume queimado a um excedente de consumo, apesar de o excedente existir, porque seria leviano. Só a Petrobrás tem condições de avaliar a produção e a perda existente em cada plataforma de produção", disse o consultor Marco Tavares, da Gas Energy (Fonte: Estadão, 2010-02-21).

Petromoc assina acordos de financiamento e assistência técnica


A Petróleos de Moçambique (Petromoc) assinou sexta-feira em Maputo acordos com o African Investment Fund, dos Estados Unidos da América, e a Transgaz, da Rússia, para o financiamento e assistência técnica a projectos.


Os acordos prevêem que o African Investment Fund participe no financiamento da construção de um oleoduto de 650 quilómetros entre Moçambique e a África do Sul e nas obras de recuperação dos armazéns da Petromoc em Maputo, sul, Beira, centro, e Nacala, norte.


“Estes acordos integram-se na estratégia da Petromoc de elevar a sua capacidade de abastecimento interno e de expansão da empresa para mercados da África Austral”, sublinhou Nuno de Oliveira, administrador delegado da Petromoc.


Através do oleoduto com ponto de partida no porto da Matola, província de Maputo, a África do Sul terá uma segunda fonte de trânsito das suas importações de combustíveis, além do porto de Durban, da África do Sul, que tem operado a níveis próximos ou superiores à sua capacidade, sublinhou Nuno de Oliveira, administrador delegado da Petromoc.


A recuperação dos armazéns da Beira e de Nacala visa aumentar a capacidade de acondicionamento de combustível em trânsito para os países sem acesso ao mar, que fazem fronteira com Moçambique a norte e centro do país.


No quadro dos acordos celebrados, a Transgaz irá prestar assistência técnica à Petromoc, para a execução dos projectos definidos no âmbito da estratégia de expansão da empresa, que ascendem a 800 milhões de dólares (Fonte: Macauhub, 2010-02-22).

Petrobras descobre petróleo em águas profundas em Angola


A Petrobras informou que duas novas descobertas de óleo foram feitas em águas profundas angolanas. A descoberta resulta da perfuração dos poços pioneiros, que estão situados a cerca de 350 quilômetros a noroeste da cidade de Luanda, em profundidade de água de cerca de 1.400 metros.


Durante os testes de produção realizados, um dos poços mostrou capacidade de produção superior a 1.600 barris por dia. No outro poço o teste de produção atingiu uma vazão de até 6.400 barris diários (Fonte: SRZD, 2010-02-22).