segunda-feira, 24 de março de 2008

Brasil mantém investimentos em energia e petróleo sem temer crise financeira internacional


O Brasil manterá o seu forte ritmo de investimentos em energia e petróleo e não vê riscos na actual crise financeira internacional, afirmou hoje o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.


"Os especialistas dizem que nenhum país ficará imune se a crise se agravar mas, no que respeita a energia e petróleo, não haverá repercussão no Brasil", afirmou o ministro aos jornalistas no Rio de Janeiro.


Com 250 mil milhões de dólares em investimentos públicos e privados, em marcha ou no papel até 2012, o Brasil leva a cabo um ambicioso plano de desenvolvimento em energia, gás natural e petróleo que atraiu a atenção internacional.


Lobão afirmou que a economia do Brasil também continuará a crescer apesar da crise desencadeada nos Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do maior país latino-americano.


O ministro chefiou hoje, no Rio de Janeiro, a inauguração de um novo Centro Nacional de Controlo Operacional de Transpetro, a filial de transporte de hidrocarbonetos da petrolífera estatal Petrobras. Este Centro de alta tecnologia permitirá controlar de um só ponto todo o sistema de transporte de hidrocarbonetos de Brasil nas mãos de Transpetro: uma frota de 54 navios-tanque, 11 mil quilómetros de oleodutos e gasodutos e 43 terminais terrestres, marítimos ou fluviais.


No mesmo evento, o director de Abastecimento de Petrobras, Paulo Roberto Costa, anunciou que este ano a empresa lançará uma licitação para a construção de cem novos barcos de apoio que serão fretados pela petrolífera para prestar assistência à expansão da sua produção de crude e gás. Actualmente, a maioria destes barcos são de bandeira estrangeira e prevê-se que sejam substituídos por navios brasileiros construídas no país, para gerar mais emprego, disse o executivo.


Por seu lado, o presidente de Petrobras, José Sergio Gabrielli, reiterou que a empresa mantém a meta de aumentar a sua oferta de gás natural dos actuais 45 milhões de metros cúbicos diários até 130 milhões por dia em 2012 e reduzir a sua dependência do combustível importado da Bolívia (Fonte: Diário Digital / Lusa, 2008-03-18).

Nenhum comentário: