quinta-feira, 15 de maio de 2008

Importações portuguesas de petróleo atingirão quatro milhões de barris em 2009


A GALP assinou hoje com a Petróleos da Venezuela (PDVSA) cinco acordos, prevendo importações de petróleo de quatro milhões de barris em 2009, a liquefacção e comercialização conjunta de gás e a construção de quatro parques eólicos.

Os acordos foram assinados pelos presidentes da GALP e da PVSA na presença do chefe de Estado venezuelano, Hogo Chavez, e do primeiro-ministro, José Sócrates.

Além de ter começado com cerca de uma hora de atraso, a cerimónia foi longa e insólita, com o presidente Chavez a falar mais de uma hora (com Sócrates quase sempre em silêncio ao seu lado) e a interpelar por várias vezes o presidente da GALP, Ferreira de Oliveira, ou empresários portugueses que estão envolvidos em negócios com a Venezuela.

Chavez resolveu apresentar os 14 acordos celebrados entre Portugal e a Venezuela um a um, deixando muitas piadas pelo meio.

Alternando ataques violentos a adversários com notas de humor, Chavez fez críticas aos Estados Unidos, elogiou as massas portuguesas, referiu-se ao socialismo de Sócrates, às padarias da comunidade portuguesa e pediu palmas para o presidente da GALP, ou para o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva.

"Que o nosso primeiro petroleiro chegue a Lisboa antes de Sócrates", disse, numa referência à visita oficial de três dias do primeiro-ministro português.
No domínio da energia, PDVSA e Galp assinaram um acordo quadro para o desenvolvimento de projectos de liquefacção de gás natural.

Este acordo prevê a constituição de duas empresas mistas (uma para cada projecto), em que a GALP terá uma participação de 15 por cento.

O compromisso prevê ainda que a GALP poderá vir a adquirir uma quantidade equivalente a dois mil milhões de metros cúbicos/ano de gás natural - algo que o Executivo de Lisboa define como "fundamental" para a segurança de abastecimento.

PDVSA e GALP assinaram um memorando para avaliação de um terceiro projecto de gás liquefeito, um acordo para o estudo conjunto de desenvolvimento do Bloco Boyaca 6 na Faixa Petrolífera de Orinoco - local que quarta-feira será visitada pelo primeiro-ministro.

As petrolíferas venezuelana e portuguesa a assinaram ainda acordos para a transacção entre dois e quatro milhões de barris de petróleo por ano e um projecto para a construção na Venezuela de quatro parques eólicas na Venezuela.

Segundo a GALP, os quatro parques eólicos na Venezuela terão uma capacidade de 72 megawatts (Fonte: RTP/Lusa - 2008-05-13).

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