sexta-feira, 4 de abril de 2008

Índia participará do próximo leilão de blocos petrolíferos em Angola

A Índia vai apostar no próximo leilão de blocos de exploração petrolífera em Angola, previsto para este ano, para reforçar o abastecimento da matéria-prima energética, conforme garantiu o ministro indiano do Petróleo, Murli Deora. "Angola é o próximo país em que nos vamos concentrar", para obtenção de fontes seguras de abastecimento de petróleo, afirmou Deora em declarações à imprensa indiana.

Nos últimos anos, as empresas petrolíferas indianas terão perdido para as chinesas contratos de exploração petrolífera em diversos países produtores, avaliados em perto de 10 mil milhões de dólares, mas o governante afirma ter tirado as necessárias ilações. "Perdemos porque a nossa oferta não era suficientemente boa. E aprendemos com esta situação", afirma o ministro da Índia, país que é o terceiro maior consumidor mundial de petróleo.
O prazo para entrega de propostas para a nova ronda de licitação de blocos petrolíferos em Angola foi inicialmente definido para 13 de Março, mas no início do mês as autoridades angolanas resolveram adiá-lo "sine die" A concurso estarão blocos terrestres em Cabinda (Bloco Centro) e Kwanza (KON11 e KON12) e ainda um de águas rasas (Bloco 9).


A concessionária estatal Sonangol receberá também propostas para três blocos de águas profundas (19, 20 e 21) e outros tantos de águas ultra-profundas (46, 47 e 48). A produção petrolífera interna da Índia está em curva descendente, cerca de 30 anos depois do início da extracção nos principais blocos, e a procura tem vindo a crescer continuamente, levando o país a tentar assegurar fornecimento em países como a Nigéria, Sudão e o Cazaquistão.


As estimativas internas indicam que o consumo deverá crescer perto de 62 por cento nos próximos cinco anos, para o equivalente a 4,8 milhões de barris diários. Em Novembro, a Índia organizou uma conferência com países africanos sobre petróleo, em que o governo se manifestou disponível para apoiar a construção de refinarias e oleodutos, tal como a China tem vindo a fazer (Fonte: Jornal de Angola).

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