terça-feira, 29 de abril de 2008

BNDES: Angola e Moçambique têm interesse em etanol

Os governos de Angola e Moçambique têm mostrado interesse em promover a tecnologia brasileira de etanol (álcool combustível) em seus países.

Representantes dos dois governos já estiveram na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) buscando informações sobre condições de financiamento para a importação de equipamentos e tecnologia para a construção de usinas de produção de etanol.

Ontem, como parte da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao continente africano, foi acertado que o banco financiaria a produção de etanol na África, inclusive com um projeto para Gana exportar o etanol para a Suécia, país europeu que mais consome o produto. O projeto para Gana, porém, ainda não está na área técnica da instituição responsável pelo comércio exterior e seria o primeiro para exportações para esse país.

No caso de Angola, porém, o BNDES já concedeu uma linha de crédito de US$ 1 bilhão e em novembro ofereceu mais uma, também de US$ 1 bilhão, com prazo de cinco a dez anos para pagar e dois de carência. Há três dezenas de operações de financiamento do BNDES para aquele país.

Cerca de metade dos projetos é para financiar a construção de rodovias naquele país, que esteve em guerra civil por 26 anos até 1991, por construtoras brasileiras como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Há também financiamentos para bens e serviços diversos como a construção da hidrelétrica de Capanga, centros de pesquisa e tecnologia, equipamentos agrícolas e para o Corpo de Bombeiros.

Projetos de etanol
O BNDES tem em carteira 62 operações de financiamento de projetos de etanol. São todas no Brasil, uma vez que ainda não há um projeto de exportação formalizado na área.
Desse total, já foram contratadas 19 no valor de R$ 1,7 bilhão que apóiam investimentos de R$ 2,2 bilhões e estão aprovadas mais 17, com financiamentos de R$ 1,9 bilhão para investimentos de R$ 2,5 bilhões. O restante ainda está em análise.

O BNDES financia até 100% dos equipamentos para a produção do etanol, além de 70% de outros itens selecionados pela instituição. A maior parte do financiamento, 90%, tem como taxa básica a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Uma parte menor varia pelo câmbio em relação a uma cesta de moedas (Fonte: Agência Estado/Portal Exame, 2008-04-22).

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