terça-feira, 11 de setembro de 2007

Petróleo de Xerelete é comercial

A Petrobras declarou nesta segunda-feira a viabilidade comercial do campo de Xerelete, no Sul da Bacia de Campos, que poderá conter um volume estimado de 1,4 bilhão de barris de óleo equivalente - o correspondente a 10% das reservas privadas nacionais, de 14 bilhões de boe.
A área está localizada entre o antigo bloco BC-2, pertencente à rodada zero, quando a estatal ganhou a concessão de algumas áreas, e o BM-C-14 (da 3ª Rodada de licitações da ANP).
Segundo o consultor da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) Arlindo Charbel, deste montante, cerca de 30% (ou 420 milhões de boe) podem se transformar efetivamente em reservas.
De acordo com a empresa, a descoberta pode abranger uma área total de 26 quilômetros quadrados de óleo pesado, com cerca de 17º API (quanto mais próximo de 50º API, melhor a qualidade do óleo). A empresa tem 50% do bloco, em sociedade com a Total e a Devon. O campo fica a uma distância de 155 quilômetros da costa de Cabo Frio.
Ainda segundo informações da estatal, o poço descobridor de Xerelete foi perfurado em uma lâmina d´água de 2.483 metros, atingindo profundidade de a 3.478 metros. O recorde registrado pela empresa é de produção em lâmina d'água de 1.874 metros.
- Geralmente, a Petrobras só desenvolvia campos com mais de 300 milhões de boe. Esta descoberta está muito acima disso, sendo maior do que a do campo de Bijupirá-Salema, por exemplo, operado pela Shell, que produz 35 mil barris por dia - diz Charbel.
A descoberta também poderá aumentar o interesse dos investidores por determinados blocos a serem oferecidos na 9ª Rodada de Licitações da ANP, a ser realizada em outubro. Entre eles, estão encostados no BM-C-14 os blocos 651, 594 e 595.
- Com certeza aumenta bastante o interesse e, provavelmente, a Petrobras vai tentar, a todo custo, ficar com estes blocos. Eles serão bastante disputados porque a possibilidade de que tenham petróleo é grande, já que estão muito próximos de Xerelete - avalia o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura.
A Petrobras informou que está fazendo estudos adicionais para definir melhor o projeto de desenvolvimento da produção deste novo campo. (O Globo)

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