segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Guiné-Bissau ainda mantém a esperança

Premier Oil prossegue exploração de petróleo apesar de novo desaire. O consórcio liderado pela petrolífera britânica Premier Oil vai prosseguir os trabalhos de exploração de petróleo na Guiné-Bissau, apesar de os dois primeiros furos se terem revelado "secos". A garantia foi hoje dada à Lusa em Lisboa pelo responsável da Premier Oil para a Guiné-Bissau, Stephen Want, que precisou que os trabalhos no segundo poço, “Eirozes 1”, iniciados em Abril, foram infrutíferos, não tendo sido descoberto petróleo com valor comercial. Want encontra-se em Lisboa com outros responsáveis do consórcio - que integra ainda a Sterling e a Occidental - e da petrolífera estatal guineense, Petroguin, para avaliar os mais recentes dados recolhidos no terreno. "Não como inicialmente, mas ainda acreditamos nas possibilidades [de existência de petróleo] na Guiné-Bissau", referiu o mesmo responsável, à margem da reunião, que no início dos trabalhos contou com a participação do ministro dos Petróleos da Guiné-Bissau, Soares Sambú. Em Abril, a Premier Oil abandonou e selou o primeiro furo efectuado na Guiné-Bissau, “Espinafre 1”, e deslocou a plataforma para o novo local. Depois de ter completado a aquisição de informação sísmica sobre o “offshore” guineense, a petrolífera retomou no final de 2006 os trabalhos de exploração no país, onde é concessionária dos campos Esperança e Sinapa, na sub-bacia Casamança-Bissau. Estes têm uma área total superior a 5.800 quilómetros quadrados, com profundidades entre 10 metros e 2.000 metros. A Premier, que tem as suas principais operações na Indonésia e Vietname, é ainda concessionária dos blocos 7B e 7C. A falta de resultados positivos contraria o optimismo dos responsáveis da Petroguin e do governo guineense, nomeadamente o ministro do Petróleo, que afirmou que "estão a ser negociadas" várias propostas de adjudicação directa submetidas por petrolíferas estrangeiras à Petroguin. "Temos vindo a ser abordados por diversas empresas estrangeiras [interessadas na exploração], num assédio quase diário", disse o ministro guineense. Soares Sambú sublinhou que os dados disponíveis dos diferentes trabalhos de exploração "indicam a existência de petróleo”, mas que “o problema é passar à fase de produção", dado que "até agora" ainda não foram encontradas reservas em quantidade e com a qualidade necessária. "Há indicações fortes de que o país pode dar petróleo. Onde, quando e como é que não se sabe", disse o ministro guineense. (Notícias Lusófonas)

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