terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Portugal: Panorama

Portugal não possui reservas comercialmente viáveis de óleo ou gás natural. Em 2003 o país consumiu 351 mil bbl/dia integralmente importado. Petróleo líquido é o responsável por cerca de 66% do consumo primário de energia.

Em 2002 foram oferecidos 14 blocos para exploração em águas profundas. Após expiração da licença inicial, apenas um consórcio encabeçado pela espanhola Repsol-YPF aplicou para novas licenças nos blocos 13 e 14, até o momento ainda não outorgadas.

Portugal possui duas refinarias localizadas nas cidades de Sines e Porto. A empresa Petrogal opera as duas refinarias que possuem uma capacidade instalada combinada de 304 mil barris por dia.

Desde 1999, o setor petróleo (e de energia) em Portugal, enfrenta reformas e reestruturações. Naquela época foi criada a empresa GALP – Petróleos e Gás de Portugal SGPS S.A. que possui controle acionário das empresas da área de óleo e transporte e distribuição de gás. Desde 2003 a GALP encontra-se em processo de privatização, ainda inconcluso, que tem sofrido várias críticas na área de proteção à concorrência, tanto internas no país como oriundas da Comissão Européia.

O setor de gás natural em Portugal tem crescido consideravelmente nos últimos anos, a despeito da ausência de reservas viáveis. O consumo anual de quase inexistente em 1997 (4 bilhões de pés cúbicos) atingiu em 2002 o volume de 109 bilhões de pés cúbicos. O aumento no consumo de gás natural pode ser atribuído ao estabelecimento de infraestrutura de importação, o terminal de liquefação de Sines e o gasoduto Maghreb-Europa, que conecta a Península Ibérica às fontes de gás da Argélia.

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