quinta-feira, 30 de abril de 2009

Petrobras fecha em maio nova fórmula de cálculo para o preço da nafta


A Petrobras fecha na primeira quinzena de maio uma nova fórmula para definir os preços da nafta vendida para a indústria petroquímica. A mudança na base de cálculo era uma demanda das petroquímicas nacionais, que foram afetadas até o ano passado com a explosão dos preços do petróleo e dos derivados até o desaquecimento provocado pela crise internacional.

A fórmula atualmente usada pela estatal considera o preço da nafta na região de Antuérpia, Roterdã e Amsterdã, chamada de nafta ARA, somada a um prêmio. A mudança passará a englobar na conta não apenas os valores da região europeia mas também o preço cobrado em outras áreas, como o mercado asiático.

"Não é uma questão de ajuste de preços, mas a criação de uma fórmula que vislumbre uma variação mais global " , ressaltou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acrescentando que, nos últimos meses, devido ao desaquecimento da economia global, o preço da nafta vendido às brasileiras Braskem e Quattor tem caído.

Questionado sobre um possível aumento dos preços do óleo combustível, o executivo negou o reajuste. Ele garantiu que o insumo obedece a uma variação de mercado. Nos últimos meses, os preços do produto têm caído.

"Não tem nenhuma previsão de reajuste do óleo combustível para as próximas semanas. Nos últimos seis meses, o óleo combustível tem ficado sempre mais barato que o gás natural " , frisou Costa, que participou de café da manhã oferecido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), no Rio de Janeiro.

O diretor ponderou que, caso permaneça inalterado pelos próximos meses, o preço do óleo combustível acabará ficando maior que o do gás natural, com o qual compete como insumo para a indústria, uma vez que o gás tem apresentado trajetória de queda dos preços.

Costa explicou que a redução de preços também acontece com o querosene de aviação (QAV). O combustível, reajustado mensalmente com base em uma fórmula que considera os preços cobrados no Golfo do México, teve o preço reduzido por seis meses seguidos entre novembro e abril. No ano, o valor do produto vendido às companhias aéreas acumula baixa de 29,11% e no último reajuste, em abril, houve queda de 4,69% (Fonte: O Globo - Globo / Valor Online, 2009-04-28).

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