sábado, 4 de abril de 2009

Brasil terá supercomputador de R$ 20 milhões para explorar petróleo


Em dois meses, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) espera receber a primeira remessa de um sistema computacional de alto desempenho que será utilizado para resolver desafios encontrados pela indústria petrolífera, principalmente no modelo de exploração em águas profundas. A capacidade máxima de 80 teraflops na UFRJ (cada teraflop representa um trilhão de cálculos por segundo) pode colocar esse sistema na lista das 500 máquinas mas potentes.


A supermáquina, que deve estar completa no final de outubro, faz parte da infraestrutura computacional da Rede Galileu de computação científica e visualização. Estão incluídas nessa divisão chamada Grade-BR cinco instituições de ensino: Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe- UFRJ), Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). No total, são 160 teraflops.


A maior capacidade de cálculos (80 teraflops) será destinada à UFRJ. Segundo José Luis Drummond Alves, professor associado do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) do Coppe, os outros centros de pesquisa terão capacidade máxima de 20 teraflops cada. Ainda de acordo com ele, o investimento total na montagem dessa infraestrutura computacional foi de R$ 20 milhões, sendo R$ 12 milhões destinados à UFRJ.


Esse recurso financeiro, voltado ao sistema de computação e também à estrutura física para abrigá-lo, vem da parceria das parcerias estabelecidas entre Petrobras e Rede Galileu. A Agência Nacional de Petróleo entra como órgão que estabelece as regras e fiscaliza cada empresa do setor petrolífero na aplicação dos recursos do Fundo de Participação Especial.


“O modelo exploratório de petróleo em águas profundas apresenta grandes riscos. É necessário considerar as lâminas d’água, altas pressões, tensões e muitos outros desafios que fazem nossos olhos brilharem, pois nosso papel é resolvê-los”, afirmou Alves nesta terça-feira (31). “Para resolvermos essas questões precisamos de uma imensa capacidade de cálculo, que será oferecida por esse novo sistema. Ele atenderá a uma demanda existente há muito tempo”, continuou (Fonte: G1 Globo, 2009-03-31).

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