quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Repsol estima reservas de bloco na bacia de Santos entre 2 e 6 bi barris


A Repsol informou nesta quarta-feira que as primeiras estimativas para o bloco BM-S-9 da bacia de Santos apontam para reservas de 2 bilhões a 6 bilhões de barris de óleo equivalente. A empresa, no entanto, disse que os baixos preços do petróleo podem obrigá-la a rever alguns investimentos.

Segundo o diretor de exploração e produção da Repsol, Nemesio Fernández Cuesta, serão realizadas mais avaliações para avançar com as estimativas do bloco, onde estão localizados os poços de Carioca e Guará.

A Repsol detém 25 por cento de participação no bloco, sendo que a Petrobras possui 45 por cento (operadora) e o BG Group, 30 por cento. Procurada, a estatal brasileira afirmou que ainda não há dados oficiais sobre o potencial do local. Na bacia de Santos já foram estimadas as reservas de Tupi -- 5 a 8 bilhões de boe -- e Iara -- 3 a 4 bilhões de boe.

A Repsol destacou entretanto que os baixos preços do petróleo podem obrigá-la a rever os investimentos em projetos que deixariam de ser rentáveis. "Se o petróleo se mantiver nesses níveis, teremos que rever outros investimentos", disse Cuesta, admitindo que a petroleira já está reavaliando o investimento de 350 milhões de euros no bloco 39 no Peru, rentável a partir dos 70 dólares o barril. Na quarta-feira, o petróleo era negociado abaixo dos 40 dólares.

Além do Peru, a Repsol tem investimentos projetados para o Golfo do México, Líbia, Argélia e Brasil, totalizando 12,3 bilhões de euros.

Cuesta afirmou, no entanto, que a exploração no bloco BM-S-9 é rentável mesmo com o petróleo ao redor dos 40 dólares por barril, apesar do local estar distante cerca de 300 km da costa brasileira.

A empresa calculou os investimentos -- incluídos em seu plano estratégico 2008-2012 -- em um preço médio do barril de petróleo em 57 dólares. Fernández afirmou que esta estimativa continua sendo correta já que "reflete os fundamentos". "O mercado não está agora tão concentrado no longo prazo, mas sim no impacto no curto prazo dos atuais preços do petróleo no fluxo de caixa e nos planos de investimento", disse um analista do setor.

A diversificação geográfica da extração foi um dos pontos mais importantes incluídos no plano estratégico da Repsol. A empresa incluiu Golfo do México e Brasil como novas áreas estratégicas, além do Alasca. Canadá, Noruega e África Ocidental foram consideradas áreas de crescimento no meio a longo prazo (Fonte: Abril / Reuters, 2009-02-11).

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