quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ministro destaca contribuição chinesa no desenvolvimento de Angola

O ministro angolano dos Petróleos e presidente da OPEP, José Maria Botelho de Vasconcelos, disse em Beijing, que a China está a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento económico de Angola, destacando a sua contribuição nos sectores petrolífero, da construção civil e agrícola.

Botelho de Vasconcelos fez estas declarações quando intervinha na Cimeira Mundial do grupo de reflexão "Think Tank", iniciada hoje na cidade capital chinesa.

Falando da relação entre a energia e a economia mundial, o ministro sublinhou que ela (energia) é o motor do crescimento económico, tendo o petróleo como fonte principal com cerca de 37% da mistura energética mundial.

O governante angolano realçou que em 2008 a procura anual de petróleo diminuiu pela primeira vez desde os princípios da década de 80. "Para nós na indústria, isto foi um grande choque, sentido directamente ao longo de toda a cadeia de fornecimento", frisou.

Botelho de Vasconcelos enfatizou que a OPEP tem agido quando necessário para restaurar a ordem e a estabilidade no mercado, no interesse de ambos, produtores e os consumidores. Isto inclui, referiu o presidente da OPEP, a decisão, tomada em Dezembro e 2008, de reduzir o nosso tecto de produção em 4,2 milhões de barris/dia, a partir do nível de produção de Setembro de 2008, para os 11 países membros que são parte do nosso acordo.

Todavia, referiu, temos assistido desde então forças especulativas influentes a impulsionarem novamente a subida dos preços. Nesta conformidade, nada parece ter mudado desde 2008. Mas os preços podem simplesmente baixar de novo quando a especulação excessiva faz o contrário, como vimos no ano passado. "Em consequência de tudo isto, o mercado petrolífero encontra-se actualmente numa situação delicada", frisou.

A Cimeira, organizada pelo Centro Chinês para Intercâmbios Económicos Internacionais (CCIEE), que encerra sábado, tem como propósito discutir em profundidade as tendências da crise financeira e económica internacional e fazer sondagens sobre como revigorar o crescimento da economia mundial. O evento, o primeiro organizado pelo CCIEE desde a sua fundação a 20 de Março de 2009, conta com a participação de políticos, académicos, jornalistas e consultores de vários organismos internacionais, entre os quais o Banco Mundial, o FMI, entre outros (Fonte: Portal Angop, 2009-07-03).

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