segunda-feira, 22 de junho de 2009

Petrobras aprova projeto de petróleo extrapesado no RJ


A Petrobras aprovou o projeto de desenvolvimento do Campo de Siri, na Bacia de Campos, primeira produção de petróleo extrapesado em campos marítimos no mundo. O campo já está em produção desde o fim de março, mas em fase de testes, e a ideia é ir ao mercado para contratar os equipamentos definitivos em 2011.


Segundo o coordenador do projeto Siri, André Moço, o desenho aprovado pela companhia prevê a instalação de duas plataformas de perfuração conectadas a um navio tipo FPSO com capacidade para extrair 100 mil barris por dia, com previsão de início das operações entre 2015 e 2016. O projeto conceitual será levado à diretoria da empresa em setembro de 2009, para início da avaliação de custos e prazos do projeto.


Siri tem reservas recuperáveis de 270 milhões de barris de óleo altamente pesado, na faixa de 12,3º API - sendo que, quanto menor o grau API, menor o valor do petróleo no mercado -, que necessita de tecnologias especiais para extração e processamento. Até agora, a companhia vem produzindo uma média de 10 mil barris por dia na fase de testes e já identificou alguns desafios, como a necessidade de manter alta temperatura na planta de processamento.


Moço diz que o desenvolvimento do projeto pode servir de experiência para a camada do pré-sal, uma vez que o tipo de reservatório encontrado em Siri é semelhante ao das reservas localizada abaixo do leito marinho. Em Siri, porém, não há presença de sal. Segundo o coordenador do projeto, a companhia trabalha ainda no desenvolvimento de tecnologias para aumentar o fator de recuperação do óleo no campo, que tem quase 3 bilhões de barris de óleo in place (dos quais, hoje, apenas 10% são recuperáveis). "Acho que podemos chegar a um fator de recuperação de 12%", afirmou, em entrevista após apresentar o projeto em conferência na feira Brasil Offshore.


Moço não quis informar o custo de produção do projeto e evitou comentar a viabilidade de produção de petróleo extrapesado em um momento de baixas cotações, limitando-se a dizer que a questão depende "do cenário de preços do petróleo de cada empresa" (Fonte: Abril, 2009-06-17).

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