segunda-feira, 12 de março de 2007

A primeira plataforma redonda do mundo começa a operar no Brasil em Julho

A primeira plataforma redonda do mundo, a SSP-Piranema, deverá entrar em operação até julho desse ano no litoral sul de Sergipe. O campo, que leva o nome da plataforma, fica na cidade de Estância, a 68 km de Aracaju. "É um campo que detém o petróleo com a melhor qualidade do Brasil e só comparável a alguns locais do mundo, como o existente no Golfo Pérsico", ressalta o gerente da Unidade da Petrobras Sergipe Alagoas (UN-Seal), Eugênio Dezen. Segundo ele, a SSP-Piranema, do grupo norueguês Sevan Marine, está aguardando os procedimentos normais para sua liberação, como também a perfuração dos poços do projeto. "É uma plataforma com capacidade para produzir 30 mil barris por dia de óleo e 3,6 milhões de metros cúbicos/dia de gás", cita o gerente. A Piranema - que será instalada em lâmina d´água de 1,1 mil metros, e ficará alugada à Petrobras pelo prazo de 11 anos - tem capacidade de estocar 300 mil barris. Quando começar a funcionar, a primeira plataforma de casco cilíndrico do mundo estará finalizando um projeto que começou em janeiro de 2004. As duas etapas da construção foram realizadas no exterior. A primeira, na China, no estaleiro Yantai Raffles, onde foi fabricado o casco, e a segunda, na Holanda, no Keppel Verolme, responsável por executar o trabalho de integração e instalação dos módulos da planta de processo. O diferencial da plataforma com o seu casco cilíndrico e duplo é que ela possui maior estabilidade, podendo suportar condições adversas de mar. A unidade deixou a Holanda rumo ao Brasil no dia 29 de janeiro e chegou na Bahia no dia 1° de março, onde permanece atracada na Base Naval de Aratu, em Salvador. Cerca de 50 profissionais permanecem trabalhando no local, além das 63 pessoas embarcadas. Quando estiver em Sergipe, a SSP-Piranema ficará interligada a seis poços (três produtores e três injetores) e produzirá um óleo leve, considerado de excelente qualidade, com 43º API. Antes da terceira viagem, a plataforma passará por inspeções rotineiras que serão realizadas pela Polícia Federal, Marinha e Receita Federal. Segundo Dezen, também está prevista a realização de um teste de aceitação, a ser conduzido pela Petrobras. "Esse é um projeto estratégico para a Petrobras na medida em que vai aumentar a produção brasileira de óleo leve, que é um dos objetivos da empresa, além de criar o primeiro pólo de produção em águas profundas do Nordeste do Brasil", afirma o gerente da UN-Seal. O novo campo de exploração representará um aumento de 60% da capacidade de produção de Sergipe e R$ 5 milhões de royalties por mês para os cofres públicos do Estado. A Plataforma Piranema representa um investimento de quase US$ 1 bilhão da Petrobras. (Investia)

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