
Adriano Pires, do CBIE, acredita que, apesar de essa saída de Angola não significar tanto assim no que diz respeito à produção, ela faz diferença, sim, quando se trata de reservas de petróleo. Antes de Angola ter ido para o outro lado, os países integrantes da Opep respondiam por pouco mais de 75% das reservas mundiais; agora são 80%. Isso é um sinal claro de que, no futuro, caso não haja nenhuma surpresa, o mundo estará muito mais dependente das decisões do cartel do petróleo, como era antes dos choques do fim dos anos 70.
- No Mar do Norte, o petróleo está acabando; agora o Equador, que é também um grande produtor, está pensando em passar a fazer parte da Opep. O contra-peso é a Rússia, que não faz parte da Opep e hoje segunda maior exportadora de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita, e dona de grandes reservas de gás e de petróleo - diz Adriano.
Atualmente com pouco mais de 40% do mercado internacional de petróleo, a Opep não tem o poder que já teve há algumas décadas, mas, ainda assim, o cartel tem uma força enorme na hora de formação dos preços. (Míriam Leitão - O Globo)
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