domingo, 31 de maio de 2009

Preço de petróleo venezuelano dificulta acordo entre Petrobras e PDVSA


O impasse em torno da parceria entre Petrobras e PDVSA para a construção da refinaria Abreu Lima se deu por causa de três problemas, ainda insolúveis: o preço do petróleo que o Brasil utilizará do vizinho, o custo preciso do investimento (inicialmente orçada em US$ 5 bilhões, a obra já estaria avaliada em mais de US$ 20 bilhões) e a utilização do produto que sairá da refinaria, revela reportagem de Chico de Gois, publicada na edição desta quarta-feira do Globo.


O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse na terça-feira que a dificuldade em relação ao preço está em chegar a uma fórmula para um produto que, segundo ele, ainda não tem valor estipulado pelo mercado internacional.


- Nossa visão é que esse petróleo tem de ser referendado a preço internacional. A discussão é como fixar esse preço - afirmou Gabrielli.

A PDVSA planeja comercializar toda produção da refinaria no Brasil, mas, segundo Gabrielli, há empecilhos legais para isso. Sobre a questão dos preços, o presidente Hugo Chávez repetiu que a PDVSA não pode conceder preço diferenciado ao Brasil:

Em abril, o Tribunal de Contas da União apontou novos indícios de fraude na construção da refinaria. Relatório indicava que o superfaturamento na obra já chega a R$ 94 milhões - aumento de quase 60% em relação ao excedente de R$ 59 milhões estimado em dezembro pelo tribunal.


A auditoria afirma ter havido execução de serviços que não estavam previstos no contrato, "com alteração substancial do projeto da obra". Em dezembro, o TCU apontara 12 indícios de irregularidades na primeira fase da obra e listara problemas como orçamento incompleto e falta de licença ambiental no momento da licitação (Fonte: O Globo - Globo, 2009-05-27).

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