sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Petrobras no The Wall Street Journal

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira no jornal financeiro The Wall Street Journal cobre de elogios a Petrobras, afirmando que a estatal brasileira deixou para trás uma antiga imagem de ineficiência. Sob o título "Além de 'Petrossauro': Como uma gigante petroleira dorminhoca se tornou um ator global" (tradução livre), o diário de nova-iorquino diz que a companhia é uma "rara história de sucesso entre estatais de petróleo". "Há uma década, Petrobras era tão retardatária na indústria que mereceu um apelido: Petrossauro. Os trabalhadores eram 25% menos produtivos que a média da indústria, e o Brasil precisava importar quase metade do seu petróleo", escreve o WSJ. "Hoje, a Petrobras tem mais reservas de petróleo que a Chevron Corp, custos menores de prospecção que a Exxon Mobil Corp, e é listada na Bolsa de Valores de Nova York - com um valor de mercado de cerca de US$ 130 bilhões." A extensa reportagem afirma que outras estatais do setor, como a venezuelana PDVSA e a sua equivalente na Indonésia, são "bem menos eficientes em desenvolver suas reservas que a Petrobras". Para o WSJ, várias razões explicam o sucesso da Petrobras: tecnologia de prospecção em águas profundas, conselho diretor independente e atratividade para jovens profissionais de talento. "Desde sua fundação, em 1950, a Petrobras tem sido um imã para brasileiros talentosos, muitos motivados pelo patriotismo de trabalhar para uma companhia que simboliza o nacionalismo brasileiro." "O que mudou nos anos 1990 foi a estrutura corporativa. Para tornar a Petrobras mais competitiva e transparente, o governo estabeleceu um conselho de diretores independente e emitiu ações em Nova York. Aboliu ainda o monopólio da Petrobras de perfurar em território brasileiro." O jornal diz que, ao invés de sofrer com a entrada de empresas estrangeiras em seu mercado, a Petrobras aproveitou a oportunidade para melhorar sua competitividade. "Dirigentes da Petrobras argumentam que a dupla identidade da companhia - em parte a concretização do nacionalismo brasileiro, em parte um ator de Wall Street - é um ativo." (O Globo)

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