terça-feira, 28 de agosto de 2007

Petrobras arremata 34 áreas nos EUA

A Petrobras adquiriu ontem direitos de exploração em mais 34 blocos na seção americana do Golfo do México, uma região que voltou a despertar grande interesse da indústria do petróleo nos últimos anos e se tornou uma das prioridades do ambicioso projeto de expansão internacional da empresa brasileira. Num leilão realizado ontem pelo governo americano, a estatal arrematou a maioria das áreas que lhe pareceram atraentes. Ela apresentou ofertas para 40 blocos e só perdeu seis para outras companhias. Com o leilão de ontem, subiu para 336 o número de áreas do golfo em que a Petrobras tem interesse. Desde 2001, quando passou a investir mais agressivamente na região, a Petrobras já gastou US$ 135 milhões para adquirir novos blocos nos leilões organizados pelo governo. Para arrematar as áreas cujos direitos foram adquiridos ontem, a empresa vai desembolsar mais US$ 29 milhões. Haverá outro leilão nos EUA neste ano, em outubro. A Petrobras tem reservas equivalentes a 57 milhões de barris de petróleo e produz atualmente cerca de 20 mil barris de óleo por dia no golfo. É muito pouco perto do que a companhia tem em lugares como a Bolívia, a Argentina e a Nigéria. Mas os investimentos da estatal têm crescido mais aceleradamente nos EUA do que em outros países. Nos próximos cinco anos, a empresa espera aumentar em seis vezes sua produção no golfo, com o desenvolvimento de jazidas de óleo e gás descobertas recentemente e sem contar com a possibilidade de que novos depósitos sejam encontrados. O orçamento da Petrobras tem investimentos de US$ 4,5 bilhões previstos para os EUA até 2011. O Golfo do México voltou a atrair o interesse da indústria do petróleo nos últimos anos por causa de uma combinação de fatores. Avanços nas tecnologias de prospecção e exploração tornaram promissores investimentos em áreas onde ninguém nunca encontrara nada que valesse a pena extrair, e a alta dos preços internacionais do petróleo estimulou as companhias a fazer apostas mais arriscadas. A Petrobras e outras grandes empresas do setor encontraram reservas significativas em áreas do golfo que nunca tinham sido exploradas antes, afastadas da costa dos EUA e em grandes profundidades. Mas os analistas que acompanham a indústria acreditam que ainda será preciso esperar algum tempo para saber se elas vão superar várias dificuldades que as condições geológicas desses blocos apresentam. A britânica BP foi a empresa que mais se destacou no leilão de ontem, arrematando 91 dos 108 blocos que disputou. Quem mais gastou foi a norueguesa Statoil, que se comprometeu a pagar US$ 139 milhões por 36 áreas. A Petrobras adquiriu os direitos de alguns blocos em parceria com a americana Devon Energy. Elas ficaram com a área mais disputada do leilão, um bloco que teve sete ofertas. (Campo Grande News)

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