terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Petrobras produz petróleo no Golfo do México

Brazil's state-run oil company Petroleo Brasileiro SA has started to produce oil and natural gas from its Cottonwood field off U.S. shores in the Gulf of Mexico, the company said Monday. Petrobras connected a first production well with an initial daily output of 4,000 barrels of light oil and 1.1 million cubic meters (39 million cubic feet) of gas, it said in a statement. Petrobras said it will connect a second well this month, boosting gas output to 2 million cubic meters (70 million cubic feet) a day, and overall oil and gas production to 20,000 barrels of oil equivalent, or BOE, a day. With that, the company's overall production in the United States will reach 25,000 BOE a day by the end of February, Petrobras said. Cottonwood is the first overseas deep-water field where Petrobras has started producing as an operator. The company said last year that it expects to produce 100,000 barrels of oil a day in the United States in 2011. (Associated Press)

GRANDES PARCERIAS E NEGÓCIOS

A Petrobras atua em exploração e produção nos Estados Unidos desde 1987, quando adquiriu as participações da Texaco em oito blocos no setor americano do Golfo do México. Mantém ainda, no mercado americano, atividades no segmento de Comercialização de petróleo e derivados. Nessas quase duas décadas, a Petrobras América vem intensificando sua ação através de farm-ins (aquisições de participação) e da aquisição de blocos nos leilões realizados pelo Governo Americano (Lease Sales). Através dessas modalidades de negócios, a Petrobras vem ampliando a sua carteira de ativos, conquistando o reconhecimento da indústria mundial para a alta tecnologia que desenvolveu nas operações em águas profundas e ultraprofundas. Com isso, vem despertando o interesse de algumas das maiores empresas petrolíferas do mundo, e com elas formando parcerias que ampliaram nos últimos anos a sua participação na Exploração e Produção petrolífera em águas americanas.

Em 2004, através de farm-ins, a Companhia adquiriu importantes prospectos exploratórios em águas profundas do setor americano do Golfo do México, e também passou a participar da exploração de blocos para a prospecção de gás em reservatórios profundos, em águas rasas.
Além disso, no segundo semestre, a Petrobras América arrematou 37 blocos na região promissora e inexplorada do quadrante denominado Corpus Christi, em águas de 500 a 2 mil metros de profundidade, na direção do Estado do Texas. Os técnicos da Companhia, aplicando conceitos exploratórios inovadores, já identificaram pelo menos três grandes prospectos nessa região, com potencial para grandes reservas de petróleo. A Empresa é a operadora e detém 100% de participação nesses blocos, e planeja perfurar os primeiros poços exploratórios após estudos geológicos mais detalhados que vêm sendo realizados.
A Unidade de Negócio nos Estados Unidos contribui, assim, para os objetivos do Plano Estratégico 2015 da Petrobras, atuando em áreas de interesse no exterior em vantagem competitiva, com a sua tecnologia avançada e eficiência operacional. A atual carteira de ativos da Petrobras América em águas americanas soma 212 blocos, dos quais em 73 é operadora.
A preocupação com a Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) também está presente nas operações, como no Brasil e nas demais Unidades no exterior. Nos Estados Unidos, a Petrobras desenvolve o programa Quest for Excellence, cujos objetivos são: assegurar que todas as operações da Companhia e contratadas sejam conduzidas em conformidade com a política e as 15 diretrizes corporativas de SMS; assegurar a excelência da gestão dos negócios da Companhia; e buscar o atendimento das expectativas de todas as partes interessadas e influenciadas pelas atividades da Unidade (stakeholders).
Descobertas e crescimento

Desde 2002, a Petrobras vem participando de sucessivas descobertas em águas ultraprofundas do setor americano do Golfo do México. Naquele ano, houve a descoberta da acumulação de Cascade. A partir desse resultado bem-sucedido, a Companhia contratou rapidamente outros blocos e realizou, em 2003, outras descobertas de óleo - as acumulações de Chinook e Saint Malo.
Já em abril de 2004, se fez a descoberta de gás natural no campo de Coulomb North, localizado no Bloco MC 613, e que em menos de três meses começou a produzir, valendo-se da infra-estrutura de produção e escoamento adjacentes. Essa descoberta, operada pela Shell em parceria com a Petrobras, representa o atual recorde mundial de produção em águas ultraprofundas (a 2.031 metros). O poço Coulomb-3 (C-3), descoberto com a participação da Companhia, possui cerca de 40 metros de reservatórios de gás natural. Para 2005, estão previstas as perfurações dos prospectos Zion e Bryce, operados pela Petrobras próximos ao campo de Coulomb North.
Também em 2004, foi concluído outro poço de delimitação da jazida de Saint Malo, aumentando os volumes esperados. Mais recentemente foi iniciada a perfuração de dois poços pioneiros - Das Bump e Hadrian - em prospectos com características semelhantes aos anteriores.
As reservas provadas da Petrobras no setor americano do Golfo do México ainda são modestas - 36,03 milhões de barris de óleo equivalente (boe) -, assim como sua produção, que é de 6,7 mil boe/dia. Mas o potencial de crescimento das atividades e de novas descobertas é considerado excelente pela Unidade, em especial quando forem contabilizadas as reservas provadas dos campos petrolíferos já descobertos, com a implementação dos respectivos planos de desenvolvimento da produção.

Objetivos ultraprofundos em águas rasas

A Petrobras fez uma análise positiva das perspectivas do mercado americano para a comercialização de gás natural e definiu a estratégia de se posicionar como produtora desse energético. Assim, ao final de abril de 2004, a Companhia anunciou sua participação no projeto Treasure Bay, que engloba 60 blocos no setor americano do Golfo. A Companhia adquiriu participação nesses blocos da empresa independente norte-americana Newfield. Outros sócios no projeto incluem a BHP Billiton, BP e Exxon.
Essa nova fronteira exploratória, embora de alto risco operacional e exploratório em face das elevadas condições de pressão e temperatura esperadas em horizontes muito profundos, se justifica pelo potencial das áreas de conterem grandes reservas de gás e pela forte demanda por esse produto no mercado americano. Além disso, espera-se que, em caso de sucesso, a produção possa ser iniciada em curto prazo, devido à existência de infra-estrutura de produção e escoamento em águas rasas do Golfo do México. Cerca de 12 prospectos foram identificados nessa nova frente exploratória, o primeiro dos quais, denominado Blackbeard, com reservatórios situados a mais de 10.000m de profundidade. (Petrobras)

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