sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mais uma vítima da crise, petróleo deve continuar pressionado no curto prazo


A deterioração das condições econômicas nos últimos meses e a perspectiva de desaceleração de importantes centros consumidores deve pressionar ainda mais as cotações do petróleo no curto prazo. Basicamente, é essa a leitura que o Unibanco faz em seu relatório mensal sobre a commodity.


Segundo os analistas da instituição, desde a última publicação do release há cerca de um mês, as condições dos mercados pioraram de forma significativa em decorrência dos preocupantes desdobramentos da crise financeira internacional no período.

Em conseqüência, os temores de uma recessão em importantes economias, como a norte-americana, se ampliaram e exerceram forte pressão nas cotações das matérias-primas, principalmente tendo em vista os prováveis impactos de tal cenário na demanda pelo produto.

Dentro deste contexto, os contratos futuros de petróleo acumulam em 2008 expressiva desvalorização nos mercados internacionais. Em Nova York, o barril registra queda próxima a 23% no ano e é cotado a menos de US$ 75, menor patamar desde setembro do ano passado. Em Londres, a baixa no período é de quase 25%.

Volatilidade deve seguir no curto prazo
O Unibanco também cita o relatório publicado recentemente pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), no qual foram reduzidas as estimativas para o crescimento da economia global neste e no próximo ano. Frente aos novos números, a AIE (Agência Internacional de Energia) revisou para baixo suas projeções para o mercado do petróleo, lembra o banco.

No caso da demanda global pela commodity, por exemplo, a agência - que reúne os principais países consumidores de energia membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) - reduziu suas projeções para o crescimento em 2008 e 2009, piorando ainda mais as perspectivas para o já deteriorado cenário do setor petrolífero.

Desta forma, os analistas do Unibanco acreditam que a retomada da trajetória de ganhos para o petróleo está relacionada a uma melhora nas condições econômicas das nações consumidoras. No curto prazo, a expectativa é de que as cotações continuem apresentando forte volatilidade.

Ainda há espaço para correção
Outra instituição que divulgou as perspectivas de seus analistas para o barril do petróleo foi a Itaú Corretora, mostrando uma visão semelhante à do Unibanco para o rumo dos preços da commodity nos próximos meses.

A equipe da Itaú acredita que, apesar da queda de mais de 50% das cotações do produto desde que atingiram seus picos em meados de junho, ainda existe espaço para alguma correção adicional justamente em função do enfraquecimento da demanda por combustível.

Á exemplo do Unibanco, a corretora também afirma que os preços devem continuar marcados pela forte volatilidade no curto prazo. No entanto, espera que o barril volte à casa dos US$ 80 até o fim do ano e permaneça neste patamar durante os próximos meses (Fonte: Yahoo Noticias, 2008-10-16).

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