A entrada do gás natural liquefeito na matriz energética se dará em um contexto de elevada movimentação no mercado mundial, o que pode abrir espaço para novos riscos para o setor energético nacional. A avaliação, feita por especialistas do setor que participaram do Seminário Abraget - Aspectos Estratégicos para a Evolução da Geração Termelétrica no Sistema Brasileiro, realizado nesta quinta-feira, 26 de abril, no Rio de Janeiro, é de que a inserção do insumo na matriz precisa considerar a realidade de preços praticada no mercado mundial, que vive demanda elevada.Isso porque, segundo o presidente da British Gas no Brasil, Luiz Carlos Costamilan, o mercado global está em vias de encontrar equilíbrio precário a partir de 2012. Segundo ele, os Estados Unidos têm previsão de aumentar o número atual de terminais de regaseificação (cinco unidades) para 24 até 2009. Nesse sentido, o sócio-diretor da Gas Energy, Marco Tavares, ressaltou que o cenário mundial não é tranqüilo, já que outros países também estão com o mesmo propósito de diversificar a matriz energética.O executivo salientou que não há oferta de gás firme no país para suprir a demanda térmica, como ficou comprovado no ano passado, quando 4 mil MW foram chamados a despachar e 2,8 mil MW de oferta foram frustrados. Tavares avalia que o GNL será adequado para a geração térmica adicional necessária, ao mesmo tempo em que o mercado precisa das térmicas descontratadas para reequilibrar o mercado entre 2007 e 2010.Para Costamilan, apesar do cenário global, o GNL apresenta ao país a oportunidade de diversificar a matriz, garantindo a segurança energética e traz flexibilidade para atuar em flutuaçõs da demanda térmica, em especial em momentos hidrológicos mais críticos. No entanto, o executivo advertiu para os riscos políticos e geopolíticos que o comércio do combustível poderá conter, já que exportadores do insumo, como países da África e do Oriente Médio, apresentam problemas capazes de trazer ao país transtornos semelhantes aos que acontecem atualmente na relação comercial com a Bolívia.A expansão da oferta de gás natural pela Petrobras ficou mais próxima com a assinatura de dois acordos referentes ao fornecimento de GNL, segundo o gerente geral de Operação de Ativos em Energia da Petrobras, Edio José Rodenheber. Com a assinatura do contrato para afretamento de dois navios da empresa norueguesa Golar, disse, o primeiro terminal de regaseificação entrará em operação, na Baía de Guanabara (RJ) no primeiro semestre de 2008, enquanto o segundo, em Pecém (CE) está previsto para operar a partir do início de 2009.Os navios serão adaptados para receber os equipamentos de regaseificação. A unidade da Baía de Guanabara terá capacidade de transportar e regaseificar volume equivalente a 14 milhões de metros cúbicos diários, enquanto o segundo terminal poderá processar sete milhões de metros cúbicos por dia. A estratégia da empresa, disse Rodenheber, foi baseada na busca de estrutura pronta, para agilizar a implantação do projeto. Em Pecém, o terminal ficará atracado em um píer existente, enquanto no Rio de Janeiro, será necessário construir um píer simples. (Agência CanalEnergia)sábado, 28 de abril de 2007
GNL no Brasil trás novos riscos para o setor
A entrada do gás natural liquefeito na matriz energética se dará em um contexto de elevada movimentação no mercado mundial, o que pode abrir espaço para novos riscos para o setor energético nacional. A avaliação, feita por especialistas do setor que participaram do Seminário Abraget - Aspectos Estratégicos para a Evolução da Geração Termelétrica no Sistema Brasileiro, realizado nesta quinta-feira, 26 de abril, no Rio de Janeiro, é de que a inserção do insumo na matriz precisa considerar a realidade de preços praticada no mercado mundial, que vive demanda elevada.Isso porque, segundo o presidente da British Gas no Brasil, Luiz Carlos Costamilan, o mercado global está em vias de encontrar equilíbrio precário a partir de 2012. Segundo ele, os Estados Unidos têm previsão de aumentar o número atual de terminais de regaseificação (cinco unidades) para 24 até 2009. Nesse sentido, o sócio-diretor da Gas Energy, Marco Tavares, ressaltou que o cenário mundial não é tranqüilo, já que outros países também estão com o mesmo propósito de diversificar a matriz energética.O executivo salientou que não há oferta de gás firme no país para suprir a demanda térmica, como ficou comprovado no ano passado, quando 4 mil MW foram chamados a despachar e 2,8 mil MW de oferta foram frustrados. Tavares avalia que o GNL será adequado para a geração térmica adicional necessária, ao mesmo tempo em que o mercado precisa das térmicas descontratadas para reequilibrar o mercado entre 2007 e 2010.Para Costamilan, apesar do cenário global, o GNL apresenta ao país a oportunidade de diversificar a matriz, garantindo a segurança energética e traz flexibilidade para atuar em flutuaçõs da demanda térmica, em especial em momentos hidrológicos mais críticos. No entanto, o executivo advertiu para os riscos políticos e geopolíticos que o comércio do combustível poderá conter, já que exportadores do insumo, como países da África e do Oriente Médio, apresentam problemas capazes de trazer ao país transtornos semelhantes aos que acontecem atualmente na relação comercial com a Bolívia.A expansão da oferta de gás natural pela Petrobras ficou mais próxima com a assinatura de dois acordos referentes ao fornecimento de GNL, segundo o gerente geral de Operação de Ativos em Energia da Petrobras, Edio José Rodenheber. Com a assinatura do contrato para afretamento de dois navios da empresa norueguesa Golar, disse, o primeiro terminal de regaseificação entrará em operação, na Baía de Guanabara (RJ) no primeiro semestre de 2008, enquanto o segundo, em Pecém (CE) está previsto para operar a partir do início de 2009.Os navios serão adaptados para receber os equipamentos de regaseificação. A unidade da Baía de Guanabara terá capacidade de transportar e regaseificar volume equivalente a 14 milhões de metros cúbicos diários, enquanto o segundo terminal poderá processar sete milhões de metros cúbicos por dia. A estratégia da empresa, disse Rodenheber, foi baseada na busca de estrutura pronta, para agilizar a implantação do projeto. Em Pecém, o terminal ficará atracado em um píer existente, enquanto no Rio de Janeiro, será necessário construir um píer simples. (Agência CanalEnergia)
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