sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Exportação de petróleo angolano deverá ter pico em outubro


As exportações de petróleo angolanas deverão atingir 1,903 milhões de barris diários em outubro - o nível mais elevado do ano -, e acima da cota do país africano estabelecida pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), segundo os programas de exportação.

Os programas preliminares das grandes petrolíferas que operam no país, segundo a agência de informações financeiras
Bloomberg, apontam para um total de 62 carregamentos em outubro, num valor total de 59,1 milhões de barris, uma média diária de 1,903 milhões de barris. Trata-se do nível mais elevado desde dezembro do passado, quando a Opep fez sucessivos cortes de produção para tentar conter a derrubada dos preços do produto nos mercados internacionais.

Em setembro, as exportações atingiram uma média diária de 1,854 milhões de barris, num total de 58 carregamentos.
Segundo o ministro angolano do Petróleo, Botelho de Vasconcelos, o atual objetivo de produção do país é de cerca de 1,656 milhões de barris, no âmbito da Opep. O cartel petrolífero aumentou o nível de produção em julho, após recuperação dos preços registrada nos últimos meses.


Melhora

As melhores perspectivas para o setor petrolífero angolano têm levado os analistas que acompanham a economia do país a rever em alta as previsões de crescimento, afastando o cenário de recessão profunda estimada no início do ano.

Na semana passada, o Banco Mundial reviu a quebra de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) para um crescimento nulo, afirmou à Agência Lusa o economista-chefe da instituição para Angola, Ricardo Gazel.

O economista brasileiro afirma que o crescimento angolano poderá até ser positivo, se o setor petrolífero crescer mais de 10%.
Mas, entretanto, o preço do petróleo subiu e a produção de petróleo angolana inscrita no Orçamento de Estado revisto, 1,8 milhões de barris diários, está apenas 6,5 % abaixo da registrada no ano passado.

Apesar da quebra, afirma Gazel, o valor previsto para a produção está "acima do que seria se todos os cortes acordados com a OPEP fossem implementados".


"Mas a verdade é que nenhum país está a implementar a 100%" os cortes do cartel, frisou. (Fonte: Agência Lusa, 2009-08-19).

Nenhum comentário: