quinta-feira, 30 de abril de 2009

ANP pesquisará novas áreas de petróleo no CE


Os novos estudos já contam com R$ 15 milhões. Caso confirmado óleo, novos blocos podem ser leiloados no Ceará.


A Agência Nacional de Petróleo (ANP) irá avançar na procura por novos territórios petrolíferos no Ceará. Duas novas áreas já estão incluídas nos planos de pesquisa do órgão e já contam com R$ 15 milhões reservados para a realização, neste ano, de levantamentos geoquímicos para verificar se existe, ou não, petróleo e gás em quantidades comercializáveis. O valor será utilizado para pesquisar toda a Bacia do Ceará e parte da Bacia do Araripe. Entretanto, a inclusão de toda a região do Cariri, que fica nesta última bacia, também já está garantida.


A confirmação dessas pesquisas foi dada pelo presidente da ANP, Haroldo Lima. Através do Ofício IA nº 047-2009, ele assegura: ´informamos que as Bacias do Ceará e Araripe estão inclusas no Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e para ambas as bacias existem investimentos previstos para o corrente ano.


A Bacia do Ceará já é explorada em plataformas marítimas no município de Paracuru. Entretanto, ainda não existe um conhecimento completo do potencial da bacia, que se estende por todo o litoral leste do Estado, abrangendo ainda o Piauí. De acordo com a ANP, os estudos serão realizados mais precisamente na porção marítima das extensões das sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí. O levantamento abrangerá uma extensão geográfica de 7,4 mil quilômetros quadrados.



Novos blocos em leilão


´(...) serão coletadas amostras de assoalho oceânico visando identificar e caracterizar a presença de geração de óleo e/ou gás na bacia´, explica o ofício. ´No caso de detectar a presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, ocorrerá uma importante elevação da atratividade dessa bacia, ou seja, diante de um resultado positivo desse levantamento, será possível a seleção de áreas para a oferta de concessões de blocos em futuras licitações´.


Já a Bacia do Araripe, localizada na região sul do Estado e englobando o Cariri cearense e os estados de Pernambuco, Piauí e Paraíba, ainda não foi explorada. Matéria publicada pelo Diário do Nordeste na edição do dia 12/3/2009 já informava, entretanto, que um estudo já vem sendo feito no local por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com a Petrobras, para identificar a possibilidade de existência de óleo na área.


Desta vez, a ANP afirma que irá coletar 2000 amostras de solo, com as quais fará análises laboratoriais e interpretação de dados geoquímicos. ´Este estudo visa à identificação de possíveis acumulações de hidrocarbonetos em superfície e a delimitação de áreas com maior atratividade exploratória´, informa a ANP. Será estudada uma área de 7.500 quilômetros quadrados e, assim como na do Ceará, caso seja detectada presença significativa de óleo e gás, ocorrerá uma importante elevação da atratividade da bacia.


A Superintendente de Definição de Blocos da ANP, Kátia da Silva Duarte, explica que ainda existe uma baixíssima densidade de dados a respeito da Bacia do Araripe, que possui apenas dois poços perfurados. Segundo ela, mesmo que não possua nenhum sistema petrolífero comprovado, a bacia pode vir a ter interesse exploratório no futuro.


De acordo com o senador Inácio Arruda, que se reuniu com o diretor da ANP no mês passado, os estudos nessas áreas serão licitados e contratados esse ano para que, no ano que vem, a pesquisa tenha início. Até o final de 2010, os resultados deverão estar prontos, afirma o senador.



Cariri


Inácio informa ainda que, nesse plano, está incluída, na Bacia do Araripe, apenas a área que envolve a Chapada do Araripe, não abrangendo toda a extensão da bacia. ´Entretanto, solicitei que a ANP ampliasse a área e o diretor me garantiu que ela será estendida para todo o Cariri cearense. Ainda não tem um valor fechado para as pesquisas nessa área, mas o estudo será contratado no ano que vem´, explica.



EM MARÇO


Petrobras: mais um recorde de produção

Atualmente, a produção privada de petróleo no Brasil gira em torno dos 60 mil barris por dia


Rio. A Petrobras bateu novo recorde de produção de petróleo em março, atingindo a média de 1,992 milhão de barris por dia no Brasil. O volume é 2,7% superior ao registrado em fevereiro, o que representa um crescimento de 52 mil barris por dia, e 10,6% maior que o de março de 2007.


Segundo a empresa, o recorde foi proporcionado pela entrada de novos poços em operação nas plataformas Cidade de Niterói e P-53, no Campo de Marlim Leste, e P-54, em Roncador, ambos na Bacia de Campos. Somando o gás natural, a estatal produziu no Brasil uma média de 2,315 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Houve crescimento expressivo na produção interna de gás, que atingiu 51,4 milhões de barris por dia, volume 5,2% superior ao registrado em fevereiro. Segundo a empresa, a maior produção é fruto de flutuações do mercado, o que pode indicar alguma recuperação no consumo do combustível.


Meta atingida

Para a analista Camila Saito, da Tendências Consultoria Integrada, o desempenho da estatal nos três primeiros meses do ano indica que a média de produção estipulada para 2009, de 2,05 milhões de barris de petróleo por dia, será atingida. ´Para este ano, nossa expectativa é de que a produção nacional se situe entre 2,06 milhões e 2,10 milhões de barris por dia´, diz a especialista. ´Além da Petrobras, a Shell e a Chevron deverão contribuir para a evolução da produção nacional no segundo semestre´, completa Camila.


Atualmente, a produção privada de petróleo no Brasil gira em torno dos 60 mil barris por dia, extraídos principalmente dos Campos de Bijupirá-Salema, que tem participação da Shell, e Polvo, operado pela norte-americana Devon.


Há também pequena produção por empresas privadas em campos terrestres, principalmente na região Nordeste.


No exterior

As atividades internacionais da Petrobras não repetiram o bom desempenho no Brasil. A produção de petróleo em outros países caiu 1,25%, na comparação com o mês anterior, para 126,2 mil barris por dia.


A produção de gás diminuiu 2,83%, para 16,378 milhões de metros cúbicos por dia. A estatal não explicou, entretanto, a razão da queda (Fonte: Diario do Nordeste - Globo, 2009-04-25).

Petrobras bate recorde mensal na produção de petróleo e gás


A Petrobras bateu em março último o recorde de produção de petróleo equivalente (petróleo e gás natural), ao atingir a extração média de 2.315.276 barris/dia. O resultado chega a ser 9,5% superior ao volume produzido no mesmo mês do ano passado e 3% maior que a de fevereiro deste ano.


Isoladamente, a produção de petróleo nos campos do país atingiu os 1.991.934 barris/dia, superando em 10,6% a produção média de março de 2008 e em 2,7% a de fevereiro deste ano, também um resultado recorde na história da companhia.


Os dados foram divulgados hoje (24) pela estatal, que atribuiu o resultado ao crescimento da produção na Bacia de Campos, no norte fluminense, com a entrada em produção de novos poços em algumas áreas de produção. Com isso, houve um incremento da extração nas plataformas P-53, e FPSO Cidade de Niterói (ambas em Marlim Leste); e na P-54 (Roncador).


A Petrobras informou ainda que no dia 19 de março conseguiu extrair 2.042.559 barris – a maior produção já obtida em um único dia pela estatal.


Já a produção de gás natural dos campos nacionais atingiu em março 51.407 milhões de metros cúbicos diários, resultado ligeiramente superior aos 48.867 milhões de metros cúbicos diários produzidos em fevereiro de 2009.


Os dados indicam que, somadas as produções dos campos da empresa
no Brasil e no exterior, a produção total de petróleo e gás natural atingiu, em março último, a média diária de 2.537.873 barris de óleo equivalente (BOE) diários.

O resultado foi 8,5% maior que a produção de igual mês de 2008 e 4,3% acima do volume total extraído em fevereiro deste ano.


O volume de petróleo e gás natural proveniente dos nove países onde a Petrobras mantém ativos de produção, em barris de óleo equivalente, chegou a 222.597, 1,9% inferior ao volume produzido no mês anterior e 1% abaixo da produção de março de 2008 (Fonte: Paraiba / Agencia Brasil, 209-04-25).

Kalila Energi da Indonésia vai prospectar gás natural em Moçambique


A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Mocambique assinou um acordo com a PT Kalila Energi da Indonésia para a prospecção de gás no bloco do Búzi, na província de Sofala, afirmou o presidente da empresa.


Nelson Ocuane, presidente executivo da ENH, disse que a Kalila vai prospectar gás natural na área durante oito anos e que vai efectuar dois furos de prospecção e dois outros de avaliação.


O presidente executivo da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos adiantou que a empresa cedeu 75 por cento da sua participação no bloco do Búzi à Kalila Energi, que assumiu igualmente responsabilidades sociais e de formação do pessoal (Fonte: Macauhub, 2009-04-27).

Petromoc torna-se membro da Cruz Vermelha e recebe acções de formação


A Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) vai fazer acções de formação na Petromoc, empresa estatal de produtos petrolíferos, que em troca se tornou membro da instituição, com uma quota de dois mil euros anuais.

O acordo entre a CVM e a Petróleos de Moçambique foi hoje assinado em Maputo pela secretária-geral da CVM, Fernanda Teixeira, e pelo presidente do conselho de administração da Petromoc, José Mateus Katupha, tornando a maior empresa de distribuição de produtos petrolíferos em "membro ouro" da organização.

Em breve, disse Fernanda Teixeira, será feita uma acção de formação sobre primeiros socorros, envolvendo todos os trabalhadores da empresa.

"Uma empresa que lida com produtos com muita volatilidade necessita de manter alerta os seus trabalhadores", disse Mateus Katupha, acrescentando que todos os trabalhadores da Petromoc devem ter acesso a acções de formação, dado o tipo de produtos que manuseiam.

A Petromoc tem a maior rede de distribuição de produtos petrolíferos de Moçambique, com cerca de 120 estações de serviço e outros tantos postos locais. Tem armazéns e oleodutos em todos os portos e 19 depósitos no parque de armazenamento, fornecendo combustível à Zâmbia, Zimbabué, Malawi e RD Congo.

A Cruz Vermelha de Moçambique tem cerca de 70.000 membros e mais de 4.400 voluntários activos e emprega 211 pessoas (Fonte: Portal Angop, 2009-04-28).

Petrobras fecha em maio nova fórmula de cálculo para o preço da nafta


A Petrobras fecha na primeira quinzena de maio uma nova fórmula para definir os preços da nafta vendida para a indústria petroquímica. A mudança na base de cálculo era uma demanda das petroquímicas nacionais, que foram afetadas até o ano passado com a explosão dos preços do petróleo e dos derivados até o desaquecimento provocado pela crise internacional.

A fórmula atualmente usada pela estatal considera o preço da nafta na região de Antuérpia, Roterdã e Amsterdã, chamada de nafta ARA, somada a um prêmio. A mudança passará a englobar na conta não apenas os valores da região europeia mas também o preço cobrado em outras áreas, como o mercado asiático.

"Não é uma questão de ajuste de preços, mas a criação de uma fórmula que vislumbre uma variação mais global " , ressaltou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acrescentando que, nos últimos meses, devido ao desaquecimento da economia global, o preço da nafta vendido às brasileiras Braskem e Quattor tem caído.

Questionado sobre um possível aumento dos preços do óleo combustível, o executivo negou o reajuste. Ele garantiu que o insumo obedece a uma variação de mercado. Nos últimos meses, os preços do produto têm caído.

"Não tem nenhuma previsão de reajuste do óleo combustível para as próximas semanas. Nos últimos seis meses, o óleo combustível tem ficado sempre mais barato que o gás natural " , frisou Costa, que participou de café da manhã oferecido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), no Rio de Janeiro.

O diretor ponderou que, caso permaneça inalterado pelos próximos meses, o preço do óleo combustível acabará ficando maior que o do gás natural, com o qual compete como insumo para a indústria, uma vez que o gás tem apresentado trajetória de queda dos preços.

Costa explicou que a redução de preços também acontece com o querosene de aviação (QAV). O combustível, reajustado mensalmente com base em uma fórmula que considera os preços cobrados no Golfo do México, teve o preço reduzido por seis meses seguidos entre novembro e abril. No ano, o valor do produto vendido às companhias aéreas acumula baixa de 29,11% e no último reajuste, em abril, houve queda de 4,69% (Fonte: O Globo - Globo / Valor Online, 2009-04-28).

Diesel S-50 produzido pela Petrobras reduz emissão de poluentes no Rio de Janeiro


Produzido pela Petrobras desde o início do mês e fornecido há quatro meses às frota cativa de ônibus urbanos do município do Rio de Janeiro, o diesel S-50, com reduzido teor de enxofre, já traz benefícios à qualidade do ar respirado pelos cariocas. Através de testes, foi verificada redução de 15% nos níveis de emissão de fumaça dos ônibus, comparativamente a 2008, quando ainda era utilizado o diesel S-500, com maior teor de enxofre. Alguns dos benefícios ambientais do diesel S-50 foram apresentados hoje, em coletiva de imprensa na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Região Metropolitana do Rio. A Reduc é a primeira refinaria da empresa a produzir o combustível. Os testes foram realizados pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do RJ (Fetranspor), através de monitoramento em 47 empresas do município, num total de 8.500 ônibus. Os resultados indicam tendência de redução das emissões de material particulado para o meio ambiente. Os testes da Fetranspor têm caráter preliminar, mas são coerentes com os realizados em laboratório pelo Centro de Pesquisas da Petrobras. Os testes da empresa indicaram redução de 11,3% nas emissões de material particulado ao se substituir o diesel S-500 pelo S-50 em veículos. As emissões de fumaça foram medidas com um opacímetro montado na descarga dos ônibus. Este aparelho mede somente a fração visível dos gases de escapamento. Os veículos de testes operaram sem carga, em aceleração livre. É o mesmo método usado nas inspeções do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O resultado dos testes da Fetranspor está sendo estratificado agora por geração tecnológica, ano e modelo dos veículos. No dia 1º de janeiro de 2009 a Petrobras deu início ao fornecimento do diesel S-50 para as frotas cativas de ônibus urbanos das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, conforme definido em acordo com o Ministério Público Federal no dia 30 de outubro de 2008. De acordo com o cronograma acertado junto ao Ministério Público, definido sob orientação do Ministério do Meio Ambiente, a partir de maio deste ano o diesel S-50 estará disponível também para toda a frota de veículos metropolitanos em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belém (PA). Em agosto, será a vez de Curitiba (PR) ter o combustível disponibilizado para suas frotas de ônibus. Em janeiro de 2010, o combustível será disponibilizado para as frotas cativas de ônibus urbanos de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA) e da Região Metropolitana da Cidade de São Paulo. Em janeiro de 2011, o combustível será fornecido também às frotas cativas de ônibus urbanos das outras três Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo (Baixada Santista, Campinas e São José dos Campos) e da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. O diesel S-50 fornecido pela Petrobras no Rio de Janeiro foi inicialmente importado e transportado pela rede de dutos até a Reduc, de onde era bombeado para as bases das companhias distribuidoras. A partir de abril de 2009 o diesel S-50 passou a ser produzido na própria Reduc. A produção ocorre através de uma unidade de hidrotratamento, que extrai o enxofre a partir de reações químicas envolvendo, principalmente, o hidrogênio. O diesel produzido é em seguida bombeado para as principais bases distribuidoras localizadas na região metropolitana. Foi adaptado um duto para atender exclusivamente ao bombeio de S-50. Estão sendo disponibilizados mensalmente cerca de 14 mil m³ de diesel S-50 para o município do Rio de Janeiro. A frota cativa é composta de ônibus que operam com linhas regulares na cidade, possuem ponto de abastecimento e cuja linha tem início e fim dentro do município. O diesel S-50 tem 50 partes por milhão (ppm) de enxofre, o que corresponde a uma concentração de 0,005% desse componente no diesel. O diesel anterior tinha 500 partes por milhão de enxofre, correspondendo a uma concentração de 0,05% desse componente no diesel. O diesel S-50 está sendo vendido ao mesmo preço do combustível anterior. Coletiva Participaram da coletiva o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o gerente executivo de Refino da empresa, José Carlos Cosenza, e representantes da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do RJ (Fetranspor) do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidores de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) e da Prefeitura de Duque de Caxias. Qualidade do ar A qualidade do ar das cidades é influenciada por vários fatores, cada um deles com impacto maior ou menor. Além da qualidade dos combustíveis, são igualmente importantes o sistema viário, a tecnologia veicular, a inspeção e manutenção dos veículos, o tamanho e perfil de idade da frota, a velocidade média dos veículos, a gestão do tráfego e os programas de incentivo ao transporte coletivo. No Estado do Rio de Janeiro a qualidade do ar é monitorada desde 1967, quando foram instaladas as primeiras estações de monitoramento. Desde então, várias ações foram desenvolvidas e implementadas para promover melhorias na qualidade do ar: eliminação dos incineradores domésticos, substituição do combustível usado nas padarias e em indústrias, controle, inclusive com a desativação, de várias pedreiras situadas na Região Metropolitana, restrição de passagem de veículos pesados nos túneis da cidade, entre outras. A idade média da frota de ônibus que circula no Estado é de 5,5 anos, de acordo com a Fetranspor. Quanto à poluição atmosférica de origem veicular, o Governo Federal instituiu em 1986 o Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores), um cronograma de redução gradual das emissões de poluentes para veículos leves e pesados. Desde o estabelecimento do programa, a Petrobras sempre atendeu às legislações relativas à melhoria da qualidade dos combustíveis. Em algumas ocasiões, a empresa se antecipou à legislação, como na retirada do chumbo da gasolina em 1989. Além do enxofre oriundo da queima de combustíveis, gases como óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), emitidos principalmente em atividades de combustão, também podem se transformar em material particulado. De acordo com monitoramento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o índice de material particulado no município do Rio atende os padrões de qualidade do ar estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Acordo com o Ministério Público No dia 30 de outubro de 2008 a Petrobras firmou acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Fabricantes de Veículos, Fabricantes de Motores, Associação nacional de fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo. No acordo, a Petrobras comprometeu-se a promover gradativamente as atividades do programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados de Petróleo e do Gás Natural (Conpet) em São Paulo,Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Vitória. No acordo também foram ajustadas as condições para a antecipação de uma nova fase do programa de Controle da poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) para 2012, que está ; sendo regulamentada pelo Conama. A Petrobras contribuirá com a indústria automobilística no atendimento a esses novos limites de emissões (denominados de fase P-7) para os veículos a diesel. Nesta fase, que é equivalente aos limites Europeus Euro 5, esses motores deverão utilizar, a partir de janeiro de 2013, um diesel com 10 ppm de enxofre. Produção e Distribuição. O objetivo da Petrobras é ter plena capacidade produtiva do diesel para atender o mercado brasileiro, sem depender de importação. Para garantir a produção doméstica total do combustível, a empresa está investindo 4 bilhões de dólares até 2012. A empresa deverá investir ainda mais 2 bilhões para o fornecimento, a partir de 2013, do diesel S-10, com 10 partículas por milhão de enxofre (Fonte: Meio filtrante, 2009-04).

Riversdale Mining recebe licença mineira para explorar carvão em Moçambique


A empresa australiana Riversdale Mining anunciou quarta-feira em Sidney ter obtido a licença mineira para o projecto carbonífero de Benga, na região de Moatize, província de Tete, em Moçambique.


O presidente executivo da empresa, Michael O'Keeffe, disse no comunicado que a atribuição da licença mineira representa um passo importante na altura em que a empresa se prepara para dar início ao projecto de Benga.


Uma vez iniciada, a operação terá uma produção anual de 20 milhões de toneladas de carvão metalúrgico e térmico estando o investimento inicial estimado em 800 milhões de dólares.


A Riversdale Mining Ltd detém uma participação de 65 por cento no projecto de Benga, sendo os restantes 35 por cento detidos pela Tata Steel Ltd. da Índia.


A empresa australiana está igualmente envolvida num projecto de construção de uma central térmica em Moçambique, um investimento de 3,1 mil milhões de dólares (Fonte: Macauhub, 2009-04-30).

Grupo chinês pretende aumentar investimento em Angola

O grupo chinês CITIC International Contracting quer expandir os seus investimentos em Angola nas áreas do petróleo, minas e agricultura, afirmou quarta-feira em Luanda o vice-presidente do grupo, Wang Jiangsheng.
No final de uma audiência com o presidente em exercício da Assembleia Nacional, João Lourenço, Wang Jiangsheng disse que o grupo está envolvido, desde Agosto último, no município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, no programa de construção de 20 mil apartamentos.
O projecto está avaliado em 3,5 mil milhões de dólares.
Wang Jiangsheng referiu que o grupo CITIC International Contracting é um dos maiores da China e em Angola actuará, também, na área de construção de infra-estruturas, como estradas (Fonte: Macauhub, 2009-04-30).

Governo pode anunciar nova estatal de petróleo para pré-sal


O governo federal pode anunciar neste 1º de maio a criação de uma nova estatal ou autarquia para explorar o petróleo da camada pré-sal, de acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo. O modelo de exploração é discutido por várias autoridades do governo desde o ano passado e a definição já foi adiada diversas vezes.


Segundo a publicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciaria um modelo nos moldes do utilizado na Noruega, em que uma autarquia federal seria incumbida da tarefa em sociedade com investidores.


Lula participará nesta sexta-feira de uma cerimônia que marca a extração simbólica do primeiro barril de óleo do pré-sal, na Marina da Glória, Rio de Janeiro. De acordo com o jornal Valor Econômico, ainda restam algumas dúvidas sobre o modelo - uma das questões sem definição é de que modo seria feita a capitalização da Petrobras.


A Petrobras descobriu a região pré-sal em 2007, uma faixa de 800 km que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina e que pode conter reservas de 100 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo analistas. Somente com as reservas já conhecidas de apenas dois campos, o Brasil dobraria as reservas atuais (Fonte: Invertia / Terra, 2009-04-30).

Laboratório da UFRJ dará apoio na exploração do pré-sal


Um novo laboratório de R$ 40 milhões na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai reforçar o arsenal científico brasileiro para a conquista do pré-sal. O Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC) dará apoio ao desenvolvimento de equipamentos e materiais capazes de suportar as condições de alta pressão presentes no campo petrolífero de Tupi, a 7 mil metros de profundidade. As instalações devem ser inauguradas hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita ao Rio.


O laboratório, no entanto, que faz parte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da universidade, já está parcialmente operacional. O novo prédio, com mais de 8 mil metros quadrados de área construída, abriga dois tanques de teste e experimentação. “São testes que serão fundamentais para a exploração do pré-sal”, disse o professor da Coppe Oscar Rosa Mattos, um dos três responsáveis pelo LNDC. Em altas profundidades, toda a infraestrutura de produção do petróleo será submetida a condições extremas de temperatura e pressão.


Um dos problemas exacerbados pela profundidade é a corrosão. Novos materiais precisarão ser desenvolvidos para a construção de cabos e dutos. A construção do laboratório foi financiada pela Petrobras, Finep (fundo CT-Petro) e Agência Nacional do Petróleo (ANP). O foco das pesquisas será na exploração de petróleo em altas profundidades, mas não só nisso. “É um laboratório público de ensino e pesquisa, que vai tratar de vários problemas”, disse o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa (Fonte: G1-Globo / Agencia Estado, 2009-04-30).

Teste em Tupi é 1º passo para explorar reservas


A Petrobras vai dar amanhã o primeiro passo para o desenvolvimento da maior província petrolífera do Oceano Atlântico, com a inauguração do teste de longa duração na jazida de Tupi. Segundo o gerente executivo de exploração da companhia, Mário Carminatti, não há dúvidas sobre o imenso potencial da região, até agora com reservas estimadas em até 14 bilhões de barris em apenas dois campos. O teste de Tupi servirá apenas para definir o melhor desenho do sistema de produção do campo. "Temos certeza que Tupi tem excelente produtividade. No fundo, o que queremos (com o teste) é buscar mais conhecimento para melhorar a economicidade dos projetos", explicou o executivo.


O teste prevê a produção durante 15 meses em dois poços no campo, por meio de uma plataforma com capacidade de 20 mil barris de petróleo por dia.


Após o teste, que teria a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - cancelada por causa das condições climáticas - , a Petrobras definirá quantos poços serão necessários para desenvolver definitivamente o projeto, cujas reservas são estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.


As comemorações serão iniciadas ainda hoje, em entrevista com a presença dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Casa Civil, Dilma Rousseff. A participação da cúpula do governo reflete o entusiasmo da Petrobras com o chamado polo do pré-sal de Santos, que já tem 11 descobertas de petróleo e gás."Nenhuma parte do Atlântico tem situação similar à que ocorre nessa região. Não significa que não haja pré-sal nas Bacias de Campos ou do Espírito Santo, mas não há nelas o gigantismo de Santos", comparou Carminatti.


O executivo explicou que a região de Tupi reúne uma série de pré-requisitos para a existência de campos gigantes de petróleo, como a existência de rochas geradoras de petróleo e de uma extensa camada de sal que sela os reservatórios, impedindo a migração do óleo para outras camadas do subsolo. Estimativas extraoficiais sobre o potencial da região indicam reservas acima dos 50 bilhões de barris de petróleo.


Carminatti não comenta os números, dizendo que ainda não há dados suficientes para avaliar as reservas em todas as sete concessões do chamado polo do pré-sal. Ele diz apenas que a carteira de concessões da Petrobras tem perspectivas de reservas suficientes para garantir as metas de produção da companhia, que chegam a 3,92 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil em 2020. O pré-sal de Santos vai contribuir com 1,8 milhão de barris.


A descoberta de petróleo no pré-sal coroou o que Carminatti chama de "retomada da exploração na Bacia de Santos", que ficou praticamente abandonada nas duas últimas décadas por conta do foco no desenvolvimento da produção em Campos. No início da década, a companhia descobriu reservas acima do sal no norte e no centro da Bacia - Tambaú e Uruguá, com óleo, e Mexilhão, com gás - que reforçaram a aposta na região.


Agora, enquanto desenvolve o polo do pré-sal, a estatal prepara-se para buscar novas fronteiras abaixo do sal ainda em Santos. O primeiro poço será testado no fim do ano, perto de Tambaú-Uruguá. Trata-se de uma descoberta feita abaixo do sal em 2005, que poderá ser conectada à plataforma de Tambaú e Uruguá (Fonte: Ultimo Segundo / Agencia Estado, 2009-04-30).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Angola vai parar importação de petróleo refinado


Angola vai parar importação de petróleo refinado por dois anos depois da abertura de nova refinaria, noticiou ontem (13) a imprensa local.


Nos últimos dez anos, o governo angolano tem planejado a construção da segunda refinaria em Lobito, cujas obras já foram iniciadas. A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola afirmou que vai investir oito bilhões de dólares na construção de portos e auto-estrada, a fim de favorecer o transporte de produtos de Lobito.

Angola tem a segunda maior reserva de petróleo na África subsaariana, depois da Nigéria. Devido à baixa produtividade, mais de 60% do petróleo consumido no país é importado (Fonte: China Radio International, 2009-04-14).

Brasil e Rússia aproveitam cortes da Opep e elevam exportação de petróleo


Em busca de preços mais favoráveis para o petróleo, os países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) cortaram boa parte de sua produção. Todavia, o esforço pode ter sido anulado pelo aumento das exportações de outros países, como Brasil e Rússia.

Dados do Departamento de Energia dos EUA sobre o mês de janeiro mostram que os membros da Opep diminuíram suas vendas à principal economia mundial em cerca de 800 mil barris por dia, redução em cerca de 14% frente ao exportado um ano antes.


Em choque


Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras de petróleo aos Estados Unidos mais do que dobraram, atingindo cerca de 400 mil barris diários. De forma semelhante, as exportações da Rússia para o mercado norte-americano aproximaram-se da marca de 160 mil barris diários.
Embora seja uma das principais produtores globais de petróleo, a Rússia não faz parte da Opep, que congrega países como a Venezuela, o Irã e a Arábia Saudita. Todavia, havia a expectativa entre os membros da organização por uma ação coordenada de outros produtores de petróleo para a redução da oferta global da commodity (Fonte: Yahoo Noticias, 2009-04-14).

Ecopetrol e Anadarko explorarão petróleo no Brasil


A empresa estatal colombiana Ecopetrol informou hoje que assinou com a americana Anadarko um acordo para explorar petróleo no litoral do Brasil.


A Ecopetrol afirmou, em comunicado, que sua filial no Brasil terá uma participação de 50% no bloco BMC-29.

"A concessão está localizada costa afora na Bacia de Campos (RJ), com uma profundidade de água entre 30 e 100 metros e com uma área de 179 quilômetros quadrados. Esta concessão foi concedida 100% à Anadarko e se encontra em fase de prospecção", afirma a mensagem.


O acordo assinado com a americana faz parte do processo de internacionalização da Ecopetrol, especialmente no Brasil.


A companhia petrolífera colombiana participa de outros blocos de prospecção e produção de hidrocarbonetos no Brasil, em conjunto com outras empresas, como a Petrobras, a Vale e a Petrogal nas bacias de Campos, de Santos e do Pará-Maranhão.


A Ecopetrol é a maior companhia da Colômbia, concentra mais de 60% da produção de petróleo do país, com 447 mil barris diários em média, e tem atividades de prospecção e produção no Brasil e no Peru (Fonte: G1 / EFE, 2009-04-14).

Acções da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos já admitidas na Bolsa


As acções da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) alienadas em Oferta Pública de Venda foram já admitidas à cotação na Bolsa de Valores de Moçambique, disse terça-feira à macauhub em Maputo Jussub Normamad, presidente da bolsa.


A Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos alienou em bolsa 593.412 acções de valor nominal unitário de 100 meticais ou 10 por cento do seu capital numa operação destinada a cidadãos nacionais ou a sociedades comerciais com um mínimo de 60 por cento de capital nacional.


Os 10 por cento do capital da CMH sairam da participação de 80 por cento detida pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos sendo que os restantes 20 por cento de capital continuam a ser detidos pelo Estado moçambicano.


A procura tanto por parte de pessoas singulares como de pessoas colectivas foi mais de duas vezes superior à oferta tendo cada acção sido colocada em Oferta Pública de Venda ao preço unitário de 275 meticais.


A CMH, criada a 26 de Outubro de 2000, é uma empresa subsidiária da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e tem como seu principal objecto de actividade o desenvolvimento de operações na área de petróleo e gás natural dos campos de gás de Pande e Temane (Fonte: Macauhub, 2009-04-15).

Sonangol associa-se à Esso para explorar bacia do Quanza


A Sonangol associou-se à Esso, uma subsidiária da ExxonMobil Corp, para analisar a possibilidade de explorar petróleo na bacia do rio Quanza, afirmou terça-feira em Luanda o chefe do Departamento de Exploração da petrolífera.


Depois de adiantar que estudos realizados indicaram a existência de 6 milhões de barris de petróleo naquela bacia, Severino Cardoso adiantou que a Sonangol poderá também explorar petróleo nas águas profundas da mesma bacia e está a ponderar investimentos em terra nas bacias dos rios Cassanje e Ocavango.


No passado, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola retirou 80 mil barris por dia da bacia do rio Quanza mas o início da guerra civil após a independência do país da antiga potência colonial Portugal forçou a estatal a parar com essa actividade.


Angola, actualmente o maior produtor africano de petróleo depois da Nigéria, retira a maior parte da sua produção de 1,6 milhões de barris por dia de poços no mar (Fonte: Macauhub, 2009-04-15).

Preço põe Gabrielli em rota de colisão com Mantega


No que depender da vontade da direção da Petrobras, os preços da gasolina e do óleo diesel serão mantidos, pelo menos por enquanto, disse quarta-feira o presidente da estatal José Sérgio Gabrielli no Fórunm Econômico Mundial.


Mais ou menos na mesma hora, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência na Câmara dos Deputados, afirmava que a estatal vai reduzir o preço da gasolina para o consumidor, mas não deu prazo para que essa queda ocorra. "A Petrobras demora um pouco, mas ela faz. Aguarde que haverá (a queda)", disse Mantega.


Já no entender do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, ainda é cedo para avaliar se os preços vão subir ou recuar no curto prazo, mas sinalizou que prevê estabilidade, explicando em seguida que 'quem dita uma possível redução é o preço no mercado externo'.

Mas ressalvou que a companhia não altera o preço dos derivados de petróleo na mesma velocidade das mudanças do mercado internacional, lembrando que a empresa demorou para ajustar os preços quando as cotações
dispararam no exterior. O executivo confirmou que a venda de derivados cresceu 0,4% em março, depois de uma retração de 2,6% nos dois meses anteriores.

Sobre a enxurrada de descobertas no pré-sal nos últimos dias, Gabrielli disse que os indícios de hidrocarbonetos em mais uma área do BM-S-9, confirmam o potencial da região. O bloco também abrange reservatórios em localidades batizadas de Carioca e Guará. O novo campo será chamado de Iguaçu, como já havia sido divulgado. De acordo com declarações passadas da ANP, o potencial do cluster de Santos chega a 50 bilhões de barris.

O executivo, porém, disse que só será possível contabilizar o volume de novas reservas após a perfuração de mais poços. Os reservatórios estão situados a cerca de 4.900 metros de profundidade. "Vamos iniciar a perfuração de um quarto poço e esperamos que, a partir daí, tenhamos condições de adiantar volumes. Ela apenas confirma as tendência
e perspectivas positivas de desenvolvimento da produção na região", explicou.

Gabrielli afirmou que a retirada da Petrobras da conta do superávit primário será benéfica, e lembrou que a empresa vai investir
US$ 100 milhões por dia nos próximos cinco anos, num total de US$ 174 bilhões neste período. "É uma visão distinta do significado do superávit primário. Ao invés de se manter os recursos imobilizados, eles são transformados em investimento produtivo, e, portanto, geram capacidade de pagamento de dívida no futuro", concluiu. (Fonte: Gazeta Mercantil / JB Online, 2009-04-16).

Brasil alivia freada na produção de biocombustíveis


Depois de anos em rápida expansão, o crescimento da produção mundial de biocombustíveis sofrerá dramática desaceleração em 2009, de acordo com projeções da Agência Internacional de Energia (AIE). A perda de fôlego só não será maior em razão da elevada produção de etanol no Brasil.


Neste levantamento mais recente, a AIE ajustou para baixo sua estimativa para o incremento da produção global em um volume equivalente a 220 mil barris de petróleo por dia. A entidade prevê, agora, que a produção global de biocombustíveis só aumentará 95 mil barris por dia (6,6%) este ano, ante alta de 345 mil barris/dia (31,55%) registrada em 2008.


A recessão global, a queda dos preços do petróleo, o aperto de crédito, os problemas nos subsídios concedidos pelos governos e a redução da demanda de combustíveis para transporte " conspiram " para minar a produção e a viabilidade econômica dos biocombustíveis, de acordo com avaliação da agência.


Mas a forte revisão mascara realidades diferentes. Os maiores problemas são verificados nos países desenvolvidos, com usinas de etanol ou biodiesel nos Estados Unidos e na União Europeia em falência ou com capacidade ociosa. Ao mesmo tempo, a produção brasileira - que, conforme a AIE, foi maior do que a esperada em 2008 - deverá continuar relativamente estável este ano.


Nos EUA, a projeção é de que entre 15% e 20% da capacidade total de produção de 800 mil barris por dia de etanol já tenha sido cortada ou esteja ociosa, enquanto o restante segue a operar, mas abaixo do potencial. E a lucratividade também diminuiu.


O declínio de 115 mil barris diários na produção de etanol nos EUA tende a ser compensado por maior volume brasileiro. Dessa forma, o " declínio líquido " deverá vir da Europa, da China e de outros paises asiáticos. A expectativa é de que um aumento na mistura de etanol na gasolina nos EUA, para 685 mil barris por dia (10,5 bilhões de galões ou 39,7 bilhões de litros), possam oferecer um certo suporte à produção local.


Para a Europa, a AIE projeta estagnação na produção de biodiesel, mesmo com a decisão da UE de sobretaxar as importações procedentes dos EUA. De um lado, pesa o fraco apoio governamental e o excesso de capacidade na Alemanha - maior país produtor do bloco; de outro, a importação de 25 mil barris diários procedente dos EUA deverá ser substituída por ofertas de America Latina e Ásia, mais do que pela própria produção doméstica europeia.


França, Itália, Espanha e Grã-Bretanha elevaram suas metas de produção de biocombustíveis para 2009, mas a alta será pequena. Na América Latina, a estimativa é de aumento da produção em quase 60 mil barris equivalentes por dia, ante os 85 mil barris do ano passado. A maior parte do crescimento vem do etanol brasileiro, que teve média de produção de 460 mil barris por dia em 2008, nos cálculos da agência.


A AIE se apoia em relatório da Unica (entidade que reúne as usinas do Centro-Sul do Brasil) para destacar o que chama de " crescentes barreiras econômicas " que contiveram a expansão do etanol brasileiro. Apenas de 15 a 20 de 35 novas usinas planejadas para este ano verão a luz do dia. Além disso, maior parte da produção de cana vai para a produção de açúcar, que hoje oferece melhores margens (Fonte: O Globo/Valor Online, 2009-04-14).

Bacia de Santos será mais importante que Campos


Animado com mais uma descoberta no pré-sal, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou que em 10 ou 15 anos a bacia de Santos será mais importante para o Brasil do que a de Campos.


Atualmente, a bacia de Campos responde por mais de 80 por cento da produção nacional de petróleo.


Na terça-feira, a estatal anunciou a descoberta de nova jazida de óleo leve no bloco BM-S-9, localizada em uma profundidade de 4.900 metros, na bacia de Santos.


"O grande fato de tudo isso é a descoberta da bacia de Santos como uma nova enorme província brasileira, certamente mais importante que a bacia de Campos. O futuro dirá isso", disse ele à Reuters na entrada do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio de Janeiro.


O bloco BM-S-9 está próximo do campo gigante de Tupi, no bloco BM-S-11, onde a Petrobras estima existirem reservas recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris. "É a menina dos olhos da Petrobras, sem querer tirar a importância de outras bacias do país...Em termos de perspectivas, Santos já é mais importante que Campos. Acho que em 10 a 15 anos a produção e a estimativa de produção (futura) serão maiores do que em Campos", acrescentou Estrella.

Segundo ele, a vantagem da bacia de Santos é o petróleo de melhor qualidade e uma gama diversificada de óleo e reservatórios.


Participando do Fórum Econômico, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou durante o evento que ainda não é possível avaliar se a nova descoberta se equipara a Tupi ou Iara, que já tiveram seus volumes estimados.


Segundo ele, apenas com a perfuração de mais poços será possível obter a informação. "Vamos iniciar em breve a perfuração do quarto poço (em BM-S-9), a partir daí teremos o volume", afirmou (Fonte: Abril / Reuters, 2009-04-15).

Sasol aumenta produção de gás natural em Moçambique


A empresa petroquímica sul-africana Sasol vai aumentar a produção de gás natural a partir de Pande e Temane, na província de Inhambane, na sequência da descoberta de novas reservas naquela área, informou o jornal Notícias, de Maputo.


Trabalhos adicionais realizados naqueles dois blocos permitiram a expansão da produção de 120 milhões para 183 milhões de gigajoules por ano, adianta o jornal, para acrescentar que o governo moçambicano aprovou uma proposta nesse sentido.


O jornal diz ainda ter obtido informações segundo as quais os 63 milhões de gigajoules adicionais a serem produzidos serão repartidos em 27 gigajoules para uma central eléctrica a ser construída em Moçambique, com capacidade para gerar 700 megawatts de energia eléctrica, outros 27 serão exportados para a África do Sul e os restantes nove destinam-se a vários outros projectos em Moçambique.


A comercialização deste gás será orientada por um acordo de vendas a ser celebrado entre os parceiros do consórcio Sasol Petroleum Temane (SPT), Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) e Corporação Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial, e os respectivos compradores.


O Notícias diz ainda notar-se um aumento considerável da procura de gás natural em Moçambique e na África do Sul, facto consubstanciado pelo interesse de vários investidores em envolver-se em novos projectos com base neste produto (Fonte: Macauhub, 2009-04-16).

Petrobras não descarta redução dos preços dos combustíveis no País


O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não descartou nesta quinta-feira a redução dos preços dos combustíveis no Brasil. Segundo ele, tanto componentes políticos quanto técnicos devem ser considerados porque a decisão terá um grande impacto na economia nacional.

“A decisão nunca é só política ou só econômica. As duas coisas sempre influenciam quando você tem uma empresa que produz 99,9% dos combustíveis do País. Então, é evidente que essa empresa não pode pensar só e exclusivamente do ponto de vista empresarial porque os impactos dela são macroeconômicos”, disse Gabrielli, durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio de Janeiro.


De acordo com o presidente da estatal, a política de preços domésticos para diesel e gasolina não leva em consideração o comportamento de curto prazo dos mercados. Gabrielli afirmou que as decisões da Petrobrás são tomadas com base na avaliação do comportamento futuro dos diversos componentes que afetam o mercado brasileiro, como a taxa de câmbio e os preços do petróleo, do álcool, da gasolina e do diesel.

O executivo afirmou ainda que a tabela de preços depende do mercado internacional. Ele lembrou que hoje os distribuidores de combustíveis no Brasil não importam gasolina e diesel porque eles não sabem o que irá acontecer com o preço desses componentes em um curto prazo. Mas, para Gabrielli, assim que houver uma estabilização do preço a mudança no Brasil terá que acontecer.


“Depende do mercado internacional. À medida que apontar uma certa estabilidade do mercado internacional vai haver uma atualização no mercado brasileiro”, afirmou o presidente da Petrobras, não fazendo projeções de quando a estabilização dos preços poderá acontecer.


Jazidas

Sobre a nova jazida abaixo da camada de sal (pré-sal) descoberta na área de Iguaçu, na Bacia de Santos, José Gabrielli mostrou-se bastante otimista. Segundo ele, há indícios significativos de hidrocarbonetos a 4.900 metros de profundidade, o que confirma que a área possui um grande potencial.


“Nós não temos condições hoje de dar estimativa de volume. Ainda é preciso perfurar provavelmente mais um poço pelo menos para poder dar um pouco de confiança em qualquer potencial estimativo de volume. No entanto, tudo indica claramente que se trata de uma área prolífica e bastante produtiva”, disse (Fonte: Ultimo Segundo, 2009-04-16).

Lobão descarta regulamentação do pré-sal em 1º de maio


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou a possibilidade de o marco regulatório da exploração de petróleo na camada do pré-sal ser anunciado já em primeiro de maio, como esperava. "Infelizmente eu posso dizer para vocês que nós não teremos esta regulamentação no dia primeiro de maio. Até lá não será possível realizar aquela reunião final que teríamos que realizar, do ponto de vista do Ministério de Minas e Energia. Este é um trabalho concluído, mas temos que discutir com seriedade, com prudência, com cuidado e no dia primeiro de maio nós iremos a Tupi. O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) já marcou, vamos retirar o primeiro petróleo do pré sal", declarou Lobão, sem querer atribuir responsabilidades pelo atraso.

"Ninguém está emperrando, a não ser o fato de muitas vezes nós não termos conseguido reunir todos os ministros que compõem a comissão interministerial. Daí porque nós não fizemos essa reunião", declarou Lobão, que não quis sinalizar também qual é o modelo de exploração de sua preferência.

O ministro assegurou que o governo não vai realizar nenhum novo leilão na região do pré sal, antes da definição do novo modelo de regulação (Fonte: Estadão, 2009-04-16).

sábado, 4 de abril de 2009

MME confirma 11a rodada da ANP em 2009, mas sem pré-sal


O ministro interino de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, afirmou que o governo realizará a 11a rodada de licitações de áreas de petróleo e gás em 2009, mas possivelmente sem incluir blocos da camada pré-sal, como ocorreu com a 10a rodada no ano passado.


Zimmermann lembrou que as áreas do pré-sal só poderão ser leiloadas após a definição do novo marco regulatório para o setor, que ainda está sob análise e discussão dentro do governo. "Pela lógica você deve caminhar para áreas fora, já temos muitas concessões na área do pré-sal", afirmou o ministro, referindo-se a vários blocos na promissora camada que já foram licitados em rodadas anteriores da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).


Segundo Zimmermann, a 10a rodada de petróleo surpreendeu o governo por ter registrado o maior percentual de blocos adquiridos em relação aos ofertados na história dos leilões da ANP, apesar de só possuir blocos em terra.


Ele explicou que desconhece o cronograma das reuniões sobre o marco do pré-sal e que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está neste momento na Espanha conversando sobre energia eólica, cujo primeiro leilão no Brasil ocorrerá este ano. "De repente o ministro chega da Espanha e bate martelo (sobre o marco), aí tem o processo legislativo de mudar o marco regulatório...", observou, referindo-se à comissão liderada por Lobão que vem formulando propostas a serem levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mudanças na Lei do Petróleo.


O governo brasileiro realiza leilões de áreas petrolíferas desde 1999 e pela primeira vez, no ano passado, não incluiu áreas marítimas para exploração.


A decisão visou elevar a arrecadação do governo nos leilões após a descoberta em 2007 de volumes gigantescos de petróleo na região do pré-sal, uma faixa em águas ultraprofundas que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina e pode conter bilhões de barris de óleo equivalente (Fonte: Abril, 2009-04-02).

Pré-sal para todos


Os números comprovam. Os resultados da Petrobras nos blocos do cluster de Santos e no pré-sal do Espírito Santo mudaram o ritmo da atividade exploratória no país e tiveram efeito multiplicador no mercado brasileiro. Cresceu direta e indiretamente o sucesso exploratório das empresas, sobretudo estrangeiras, que ingressaram no setor após a quebra do monopólio, assim como suas apostas em novos projetos.


Além de promover um significativo upgrade na carteira exploratória de petroleiras como BG, Repsol YPF e Petrogal, sócias da Petrobras em blocos do cluster, as notícias de sucesso da companhia brasileira encorajaram a investida de outras empresas no ainda desconhecido mundo do pré-sal brasileiro, seja dentro ou fora dos limites de Santos. E embora algumas delas prefiram manter seus planos e estratégias em sigilo, a corrida por horizontes mais profundos é explícita.


A primeira companhia a formalizar sua aposta no pré-sal foi a Anadarko, que possui experiência nesse tipo de reservatório no Golfo do México. A petroleira saiu à frente perfurando um poço de pré-sal no BM-C-30, bloco da Bacia de Campos. E mesmo que ainda não possam ser considerados definitivos e comerciais, os resultados preliminares são, segundo a Anadarko, animadores. A empresa se programa para perfurar um novo poço na área e ainda realizar um teste de produção, a fim de averiguar a produtividade e a comercialidade do reservatório descoberto.


Outra empresa que refez sua estratégia exploratória no Brasil a partir dos novos resultados foi a BG. Neste momento a petroleira inglesa perfura seu primeiro poço no pré-sal como operadora, no BM-S-52, bloco de Santos.


Posição privilegiada

Com o status de ser a única petroleira estrangeira a operar um bloco de pré-sal dentro do cluster de Santos – e com fortes chances de ser beneficiada por processos de unitização de reservatórios com a Petrobras –, a Exxon já iniciou a perfuração de seu segundo poço no BM-S-22. Batizado Guarani, o poço começou a ser perfurado em março, pelo navio-sonda West Polaris, da Seadrill.


No início do ano, a petroleira concluiu a perfuração do poço pioneiro da área, denominado Azulão-1. Os trabalhos foram executados pelo navio-sonda da Seadrill e confirmaram a existência de indícios de hidrocarbonetos em dois intervalos distintos.


Segundo informações oficiais da Exxon, os dados coletados até o momento ainda estão sendo avaliados, não sendo possível dimensionar o porte da descoberta.



Horizontes profundos

À medida que novos resultados forem sendo confirmados, a busca por petróleo no pré-sal tende a ganhar mais ritmo. Circulam no mercado informações não confirmadas de que outras empresas já selecionaram locações de pré-sal para novas campanhas. Entre as candidatas estaria, além de BG e Anadarko, a Devon Energy, com um poço de horizonte profundo no BM-C-32, bloco da 6ª rodada localizado próximo ao campo de Jubarte, onde um poço de pré-sal está em operação desde 2008.


Outra que deve se aventurar com mais apetite nessa estratégia é a Shell. A petroleira não confirma, mas fontes asseguram que a empresa estaria se preparando para pesquisar zonas de pré-sal na área do Parque das Conchas.


Seguindo essa linha, não será surpresa se a Hess optar também por pesquisar horizontes mais profundos. A petroleira irá perfurar um poço no BM-ES-30 (Espírito Santo) no segundo semestre com a sonda Deepwater Discovery, a ser cedida pela Devon.


Há também quem ainda não vai tão longe, mas irá perfurar. É o caso da Maersk, que planeja um poço este ano no bloco BM-S-29, em Santos.



Players nas fronteiras

Além dos reflexos positivos ocasionados pelo pré-sal, o país ganha com o curso natural da atividade exploratória oriunda das rodadas da ANP, que pouco a pouco vem ampliando o número de bacias com campanhas em curso. Se até pouco tempo a exploração das bacias de fronteira estava limitada a poucas ações práticas, quase todas sob o comando da Petrobras, hoje esse tipo de iniciativa começa a ser efetivamente diluída entre os vários players no mercado.


A Devon, por exemplo, perfura o primeiro poço de águas profundas da Bacia de Barreirinhas. Em execução pelo navio-sonda Deepwater Discovery, a campanha marca a retomada das atividades, interrompidas há cerca de uma década.


Outra que irá se aventurar perfurando em área pouco explorada, mas somente em 2010, é a StatoilHydro. A empresa possui seis blocos na Bacia de Camamu-Almada, arrematados na 6ª e 9ª rodadas. E a brasileira OGX, que irá perfurar seus dois primeiros poços este ano, em Campos, tem compromisso de, no futuro, perfurar um poço na Bacia do Pará-Maranhão, onde adquiriu 5 blocos na 9ª rodada.

Apesar das iniciativas, é a Petrobras que continua a ousar em áreas de fronteira. Recentemente a empresa concluiu a perfuração do primeiro poço exploratório do BM-J-3, na Bacia do Jequitinhonha, em águas profundas, de 2,3 mil m. O 1-BRSA-669-BAS foi perfurado pela Ocean Clipper (NS-21), atingindo a profundidade final de 4.618 m e revelando indícios de óleo.

Depois de cinco anos, a petroleira brasileira voltou a explorar o offshore do Rio Grande do Norte. A empresa está perfurando o poço pioneiro do BM-POT-11, bloco em águas rasas arrematado na 4ª rodada.

Para 2009, o programa exploratório da Petrobras prevê nova perfuração no Jequitinhonha, além de campanhas de perfuração nas áreas de fronteira de Barreirinhas e de Sergipe-Alagoas.

“Exploração nada mais é do que ideia. Para que os resultados sejam ampliados, é importante que se tenha um número cada vez maior de técnicos e especialistas pensando e pesquisando a geologia do Brasil”, reitera o presidente da Statoil Hydro, Jorge Camargo, que deixa o cargo em agosto (Fonte: Energia Hoje, 2009-04-02).

RDC reclama revisão de fronteiras petrolíferas


Membro do Governo RDC reclama traçado das fronteias com o territóio angolano, sublinhando a vontade de ver transitada para a República Democrática do Congo, parte da região petrolífera que hoje pertence a Angola.


"Inevitavelmente as fronteiras serão rdefinidas e neste contexto é provável que as plataformas dos blocos que se encontram no país X passem para o país Y" - disse o ministro congolês dos Hidrocarbonetos.


Isekemanga Nkeka tornou público tal desejo terça-feira últma no termo da vigésima sexta sessão do Conselho de Ministros da Associação dos Produtores Africanos de Petróleo, que decorreu em Brazzaville, da qual Angola é também membro.


O governante congolês, que falava em entrevista à agência "France Press" recusou-se, no entanto, a comentar os motivos que estariam na base da revisão das fronteiras, com realce para o sudoeste do país, onde limita com a região petrolífera angolana baseada no município do Soyo.


Angola e a RDC partilham umafronteira comum de mais de 2500 quilômetros. Alguns incidentes têm ocorrido, sobretudo com o trânsito de garimpeiros e as duas partes têm tratado o assunto nmo quadro da Comissão Mista Conjunta.


Os dois países são incomparáveis em termos de produção de petróleo. Angola é neste momento o maior produtor de petróleo em África.


A expressão do ministro Isekemanga Nkeka representado a vontade do Governo de Kinshasa constitui nota significativa no quadro em que os dois Governos têm abordado o problema secular das fronteiras, um caso que marca o continente.


Ainda não existe uma reação da parte das autoridades angolanas, pelo que retornaremos o assunto nas próximas edições (Fone: Angonotícias / France Press, 2009-04-02).

Governo moçambicano quer estimular pesquisa e produção de petróleo


O governo de Moçambique aprovou terça-feira um diploma para estimular o sector privado nacional e promover o investimento estrangeiro na área da pesquisa e produção de petróleo.


A Estratégia para a Concessão de Área para Operações Petrolíferas define as áreas sujeitas a concurso público, a periodicidade dos concursos e as áreas sujeitas a contratos de pesquisa e produção, disse o porta-voz do governo, Luís Covane, vice-ministro da Educação e Cultura.


Moçambique, disse, tem 600 mil quilómetros quadrados de bacias sedimentares, excelentes para prospecção, tendo as primeiras investigações sido feitas na década de 50, das quais resultou a descoberta de duas jazidas.“De 1975 até agora foram feitos 124 furos de pesquisa, de que resultaram a descoberta de mais dois campos”, disse o responsável, acrescentando que existem actualmente 13 contratos para pesquisa e produção de petróleo (Fonte: Macauhub, 2009-04-01).

Brasil terá supercomputador de R$ 20 milhões para explorar petróleo


Em dois meses, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) espera receber a primeira remessa de um sistema computacional de alto desempenho que será utilizado para resolver desafios encontrados pela indústria petrolífera, principalmente no modelo de exploração em águas profundas. A capacidade máxima de 80 teraflops na UFRJ (cada teraflop representa um trilhão de cálculos por segundo) pode colocar esse sistema na lista das 500 máquinas mas potentes.


A supermáquina, que deve estar completa no final de outubro, faz parte da infraestrutura computacional da Rede Galileu de computação científica e visualização. Estão incluídas nessa divisão chamada Grade-BR cinco instituições de ensino: Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe- UFRJ), Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). No total, são 160 teraflops.


A maior capacidade de cálculos (80 teraflops) será destinada à UFRJ. Segundo José Luis Drummond Alves, professor associado do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) do Coppe, os outros centros de pesquisa terão capacidade máxima de 20 teraflops cada. Ainda de acordo com ele, o investimento total na montagem dessa infraestrutura computacional foi de R$ 20 milhões, sendo R$ 12 milhões destinados à UFRJ.


Esse recurso financeiro, voltado ao sistema de computação e também à estrutura física para abrigá-lo, vem da parceria das parcerias estabelecidas entre Petrobras e Rede Galileu. A Agência Nacional de Petróleo entra como órgão que estabelece as regras e fiscaliza cada empresa do setor petrolífero na aplicação dos recursos do Fundo de Participação Especial.


“O modelo exploratório de petróleo em águas profundas apresenta grandes riscos. É necessário considerar as lâminas d’água, altas pressões, tensões e muitos outros desafios que fazem nossos olhos brilharem, pois nosso papel é resolvê-los”, afirmou Alves nesta terça-feira (31). “Para resolvermos essas questões precisamos de uma imensa capacidade de cálculo, que será oferecida por esse novo sistema. Ele atenderá a uma demanda existente há muito tempo”, continuou (Fonte: G1 Globo, 2009-03-31).

Oleduto Maputo-Nelspruit começará a ser construído ainda este ano


A Petroline Holdings, um consórcio moçambicano e sul-africano, pretende iniciar antes do final do ano a construção de um oleoduto ligando a cidade de Nelspruit, na África do Sul, e o porto de Maputo.


Mateus Kathupa, presidente executivo da Petromoc, empresa que detém 40 por cento das acções do consórcio, disse que a construção do empreendimento de 450 quilómetros e uma capacidade anual de transportar 3,5 milhões de metros cúbicos de combustível vai levar seis meses.


A construção do oleoduto inicialmente programada para Setembro do ano passado está atrasada devido à demora na aprovação do estudo do impacto ambiental, que se espera que seja aprovado até Maio.


Este empreendimento, que tem como accionistas, também, a Companhia de Desenvolvimento de Petróleos em Mocambique e as empresas sul-africanas Woesa e Gigajoule Internacional, vai gerar receitas a cerca de 800 milhões de dólares por ano.


A construção do oleoduto está avaliada em 620 milhões de dólares (Fonte: Macauhub, 2009-03-31).

Abastecer com álcool é vantajoso em 16 Estados


O álcool combustível está competitivo no tanque dos carros flex fuel em 16 Estados brasileiros, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), compilados pela Agência Estado, referentes à semana terminada na última sexta-feira (dia 27). A vantagem é calculada considerando que a potência energética do motor a álcool é de 70% dos motores à gasolina. O número de Estados em que o etanol permanece competitivo aumentou em relação à semana anterior, quando 14 Estados apresentavam o álcool mais competitivo que a gasolina. Já o combustível derivado do petróleo segue vantajosa em 6 Estados brasileiros, ante 7 no período anterior. Em cinco Estados é indiferente o uso do etanol ou da gasolina pelo consumidor.


Segundo o levantamento, os Estados onde a vantagem do etanol é mais significativa - até 70% o álcool é competitivo - são: São Paulo (preço do álcool é 55% do preço da gasolina), Mato Grosso (55,81%), Paraná (59,95%), Espírito Santo (61,75%), Pernambuco (63,34%), Alagoas (63,48%) e Bahia (64,63%). Já a gasolina continua mais vantajosa principalmente em Roraima (preço do etanol é 80,29% do valor da gasolina), Pará (75,65%) e Amapá (74,42%). É indiferente utilizar etanol ou gasolina no tanque no Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, além do Distrito Federal.


O levantamento também revela que os preços médios do álcool combustível caíram em 20 Estados brasileiro no período analisado, sendo que as maiores quedas foram registradas na Bahia (-3,2%), Ceará (-2,59%) e Maranhão (-1,35%). Já as cotações subiram em sete Estados, sendo que as maiores altas foram registradas no Paraná (+1,56%), Amapá (+0,96%) e Rio de Janeiro (+0,59%) (Fonte: Estadao, 2009-03-30).

Holanda compra gás angolano do projecto LNG


A ministra da Economia da Holanda, Maria van der Hoeven, afirmou hoje (segunda-feira), em Luanda, que o seu país está muito interessado em adquirir o gás angolano do Projecto Angola LNG (Gás Natural Liquefeito), com arranque de produção previsto para 2012.

À saída de uma audiência com o ministro angolano dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, a governante holandesa declarou à imprensa que existem já vários contactos entre empresários holandeses que trabalham na área de energia em Angola.

Maria Hoeven referiu que 19 companhias holandesas, das quais três com representação em Angola, manifestaram já o seu interesse em comprar gás nacional e fazer parte do Projecto LNG.

“Discutimos a possibilidade de empresários holandeses participarem na segunda fase de exploração de gás no Projecto Angola LNG que se encontra actualmente ainda na sua primeira fase de implementação”, disse.

A ministra da Economia do Reino dos Países Baixos salientou que a discussão das áreas a investir pelo seu país em Angola foi outro dos assuntos de realce do encontro com o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos.

Outra questão importante, acrescentou, apresentada ao governante angolano, prende-se com o desejo da Holanda em criar uma “rotunda de gás”, de modo a servir de distribuidor do gás que chega a Holanda, a partir de Angola, para o Noroeste da Europa.

Na ocasião, o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, referiu que o mundo tem tido uma atenção especial na garantia do fornecimento de energia, pelo facto do gás ser mais uma fonte de energia que tem contribuído para o desenvolvimento de vários países.

“(…) Em Angola, num passado recente, o aproveitamento de gás era para produzir energia nas instalações das plataformas. Hoje que foram criadas condições para que este gás associado ao petróleo pudesse ser aproveitado, criou-se o projecto que o país vem já há algum tempo perseguindo, o projecto LNG, que vai fazer o aproveitamento deste recurso que vai contribuir também para o aumento de receitas do nosso país”, afirmou.

A ministra da Economia do Reino da Holanda (Países Baixos), Maria Hoeven encontra-se no país desde dia 29 de Março para uma visita de trabalho de quatro dias ao país, no âmbito do reforço das relações de cooperação entre os dois países.

Na manhã de hoje a ministra avistou-se com o seu homólogo angolano, Manuel Júnior e foi recebida em audiência pelo ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, assim como participou no Fórum Económicos, Empresarial, Angola - Países Baixos (Fonte: Portal Angop, 2009-03-30).

Crescem relações económicas e diplomáticas entre Timor Leste e China


As relações económicas e diplomáticas de Timor-Leste com a China estão em crescendo, apesar de recente polémica, e o potencial energético e as infra-estruturas projectadas no país lusófono oferecem oportunidades para as empresas chinesas, de acordo com a Fundação Jamestown.


Em relatório divulgado este mês, os investigadores da fundação norte-americana definem o acesso às reservas de petróleo e gás timorenses como “um dos principais interesses” da China no país lusófono, embora até agora “sem grandes sucessos”, nomeadamente no “on-shore”, que foi prospectado pela PetroChina em 2005. “O maior prémio para a China seria aceder às reservas de gás natural liquefeito (GNL) de Timor-Leste”, nomeadamente do campo “Greater Sunrise” avaliadas em 8,3 triliões de pés cúbicos, além de 300 milhões de barris de petróleo em rama, referem.


Em cima da mesa está a construção de um gasoduto para uma central de processamento em território timorense, projecto que estará a ser seguido muito de perto pelas energéticas públicas chinesas, interessadas na construção e na compra do gás. “A Coreia do Sul e a Tailândia mostraram-se muito interessadas em comprar GNL de Timor-Leste, embora o seu entusiasmo tenha arrefecido devido à crise financeira global e preços energéticos em quebra. Pequim, apostando num aumento do preço dos hidrocarbonetos assim que se desencadeie a inevitável recuperação económica, deverá ter uma perspectiva mais de longo prazo”, refere o relatório. “Desde a independência de Timor-Leste, a China estabeleceu-se como um importante actor nos assuntos diplomáticos e políticos do país. Mas o seu papel tem sido ampliado, sobretudo quando comparado com os da Austrália, Portugal, Indonésia e Estados Unidos”, refere o relatório do “think tank” norte-americano.


A China foi o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas com Timor-Leste, em 2002.


A ajuda oficial tem vindo a crescer continuamente, embora esteja ainda aquém da prestada pelos parceiros tradicionais e pelas Nações Unidas.Tem sido empregue sobretudo na construção de edifícios públicos, nomeadamente os que albergam o Ministério dos Negócios Estrangeiros (entregue no início de 2008 com um custo de sete milhões de dólares), mas também o Palácio Presidencial e o Quartel-General das Forças Armadas timorenses (seis milhões de dólares cada), em construção.


Ao nível dos recursos humanos, nos últimos sete anos mais de 400 funcionários públicos e técnicos timorenses receberam formação na China, nas áreas de administração pública, planeamento económico, turismo, saúde, construção e tecnologia.“Duas áreas de apoio chinês que têm sido particularmente úteis são a Saúde Pública e a Agricultura”, através, respectivamente, do envio de médicos e de um plano de plantio de arroz híbrido, sublinha a Fundação Jamestown.


A comunidade chinesa no país está estimada em até 3 mil pessoas.


O “think tank” norte-americano salienta ainda a continuidade da ajuda e a “manifestação de confiança nas perspectivas económicas”, mesmo nos períodos de instabilidade que o país tem vivido, o que tem contribuído para cativar o governo.


As trocas comerciais expandiram-se de 1,7 milhões de dólares em 2005 para 9,4 milhões, tornando a China no quarto maior parceiro comercial timorense.


Perspectiva-se este ano o lançamento de importantes projectos de infra-estruturas, como a construção do aeroporto, novas estradas, barragens e instalações portuárias, e espera-se a participação de construtoras chinesas, embora com “forte concorrência” de congéneres coreanas, indonésias e malaias (Fonte: Macauhub, 2009-03-31).